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Caravela-portuguesa: diferenças entre revisões

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== Características gerais ==
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A caravela-portuguesa não tem [[movimento]] próprio - flutua à superfície das águas, empurrada pelo [[vento]]<ref name=ADW>{{citar web |url=http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Physalia_physalis.html |titulo=Physalia physalis |autor=(em inglês) University of Michigan Museu of Zoology - Animal Diversity Web}}</ref>, com os seus tentáculos por baixo, sempre prontos a envolver um peixe para a sua alimentação. Os seus tentáculos podem chegar a alguns metros mas ela mesma mede em media 30 cm.
A caravela-portuguesa não tem [[movimento]] próprio - flutua à superfície das águas, empurrada pelo [[vento]]<ref name=ADW>{{citar web |url=http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Physalia_physalis.html |titulo=Physalia physalis |autor=(em inglês) University of Michigan Museu of Zoology - Animal Diversity Web}}</ref>, com os seus tentáculos por baixo, sempre prontos a envolver um peixe. Os seus tentáculos podem chegar a alguns metros mas ela mesma mede em media 30 cm.


A caravela portuguesa é comummente identificada como uma [[Medusa (animal)|água-viva]], mas na verdade é uma colónia de quatro tipos de [[pólipo]]s. São eles:
o caravelo macho portugues é comummente identificada como uma [[Medusa (animal)|água-viva]], mas na verdade é uma colónia de quatro tipos de [[pólipo]]s. São eles:
* Um '''[[pneumatóforo]]''' transformado numa vesícula cheia de ar;
* Um '''[[pneumatóforo]]''' transformado numa vesícula cheia de ar;
* Os '''[[dactilozoóide]]s''' que formam os [[tentáculo]]s;
* Os '''[[dactilozoóide]]s''' que formam os [[tentáculo]]s;
* Os '''[[gastrozoóide]]s''' que formam os "[[estômago]]s" da colónia; e
* Os '''[[gastrozoóide]]s''' que formam os "[[estômago]]s" da colónia; e
* Os '''[[gonozoóide]]s''' que produzem os [[gâmeta]]s para a [[reprodução]].<ref name=ADW/>
* Os '''[[gonozoóide]]s''' que produzem os [[gâmetaS]]s para a [[reprodução]].<ref name=ADW/>


Os [[cnidócito]]s, que são as células urticantes, portadoras dos [[nematocisto]]s, encontram-se nos tentáculos e são accionados pela "rede nervosa". A caravela-portuguesa tem dois tipos de nematocistos: pequenos e grandes; estes "[[órgão]]s" conservam as suas propriedades por muito tempo, mesmo que o indivíduo tenha ficado várias horas a seco na praia. A sua acção é baseada nas suas pressões osmótica e hidrostática individuais. Existem numerosas células sensoriais localizadas na epiderme dos tentáculos e na região próxima da boca.
Os [[cnidócito]]s, que são as células urticantes, portadoras dos [[nematocisto]]s, encontram-se nos tentáculos e são accionados pela "rede nervosa". A caravela-portuguesa tem dois tipos de nematocistos: pequenos e grandes; estes "[[órgão]]s" conservam as suas propriedades por muito tempo, mesmo que o indivíduo tenha ficado várias horas a seco na praia. A sua acção é baseada nas suas pressões osmótica e hidrostática individuais. Existem numerosas células sensoriais localizadas na epiderme dos tentáculos e na região próxima da boca.

Revisão das 21h54min de 26 de outubro de 2011

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCaravela-portuguesa

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Cnidaria
Classe: Hydrozoa
Ordem: Siphonophora
Família: Physaliidae
Género: Physalia
Espécie: P. physalis
Nome binomial
'''Physalia physalis'''
Lineu, 1758

A caravela-portuguesa (Physalia physalis), também conhecida como garrafa-azul, é uma colónia de animais do grupo dos cnidários. Tem cor azul e tentáculos cheios de células urticantes, e aparece nas águas de todas as regiões tropicais dos oceanos.

Características gerais

A caravela-portuguesa não tem movimento próprio - flutua à superfície das águas, empurrada pelo vento[1], com os seus tentáculos por baixo, sempre prontos a envolver um peixe. Os seus tentáculos podem chegar a alguns metros mas ela mesma mede em media 30 cm.

o caravelo macho portugues é comummente identificada como uma água-viva, mas na verdade é uma colónia de quatro tipos de pólipos. São eles:

Os cnidócitos, que são as células urticantes, portadoras dos nematocistos, encontram-se nos tentáculos e são accionados pela "rede nervosa". A caravela-portuguesa tem dois tipos de nematocistos: pequenos e grandes; estes "órgãos" conservam as suas propriedades por muito tempo, mesmo que o indivíduo tenha ficado várias horas a seco na praia. A sua acção é baseada nas suas pressões osmótica e hidrostática individuais. Existem numerosas células sensoriais localizadas na epiderme dos tentáculos e na região próxima da boca.

A caravela-portuguesa é importante para a alimentação das tartarugas-marinhas, que são imunes ao veneno.[carece de fontes?]

Um animal semelhante é a Vellela. O flutuador da caravela é simétrico bilateralmente com os tentáculos no final, enquanto a velella é simétrica radialmente com a vela em ângulo. Além disso, a caravela tem um sifão, e a velella não.

Reprodução

Um exemplar de caravela-portuguesa é na verdade uma colónia de organismos unissexuais. Cada indivíduo tem gonozoóides específicos (órgãos sexuais ou partes, do sexo masculino ou feminino, destinadas à reprodução). Cada gonozoóide é formado por gonóforos, que são pequenas bolsas contendo exclusivamente ovários ou testículos. Por isso esses animais são classificados como dioécios, ou seja, os sexos são sempre separados entre exemplares macho e fêmea.[1]

Acredita-se que a fertilização da P. physalis ocorra em alto mar, pois os gâmetas dos gonozoóides são expelidos na água. Isso acontece porque os gnozoóides propriamente ditos destacam-se da estrutura principal e são lançados para fora da colónia. Esse facto pode ser uma resposta química que acontece quando grupos de caravelas-portuguesas estão presentes em uma mesma região. Uma densidade populacional mínima de caravelas-portuguesas é necessária para que ocorra a fertilização. Boa parte da reprodução acontece no período do outono, produzindo a grande quantidade de exemplares jovens que são comummente avistados durante o inverno e a primavera. O facto específico que desencadeia esse ciclo reprodutivo nessa época do ano ainda é desconhecido, mas começa provavelmente no Oceano Atlântico. A fertilização pode acontecer próximo à superfície. As suas larvas desenvolvem-se muito rapidamente, e transformam-se em pequenas criaturas flutuantes.[1]

Referências

  1. a b c d (em inglês) University of Michigan Museu of Zoology - Animal Diversity Web. «Physalia physalis» 
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