Cerco de Catifa (1551)

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Cerco de Catifa
Conflitos Luso-Turcos

Mapa português do Golfo Pérsico.
Data Julho de 1551
Local Catifa
Desfecho Vitória Portuguesa
Beligerantes
Império Português Império Otomano
Comandantes
D. António de Noronha
  • Rax Xarafo
  • Mirmaxet
Desconhecido
Forças
1200 soldados portugueses
3000 auxiliares persas ou ormuzinos
7 galeões
12 navios de remo
400 homens.[1]
Baixas
Poucas Poucas

O cerco de Catifa deu-se em 1551 entre o Império Português e o Império Otomano em Catifa, no Golfo Pérsico. Os portugueses, juntamente com os seus vassalos ormuzinos sitiaram, capturaram e demoliram o forte otomano.

Contexto[editar | editar código-fonte]

Em 1550, o governador otomano de Baçorá capturou o forte Catifa após ter subornado parte da guarnição e, ao chegar com uma frota, o forte rendeu-se, ao passo que o seu governador ormuzino recuou para Ormuz, a este tempo controlado pelos portugueses. Quando o governador Afonso de Noronha recebeu a notícia em Goa de que os otomanos haviam capturado Catifa e estavam a invadir o Golfo Pérsico, despachou Dom António de Noronha para a região com 1200 homens e uma frota de 7 galeões e 12 navios a remo, encarregue de expulsar os turcos.[2][3]

Ao chegar a Ormuz, o rei forneceu a D. António uma força de 3000 auxiliares persas e ormuzinos, comandados pelo seu vizir, Rax Xarafo, e Mirmaxet, vizir do Mogostão. [4]

O cerco[editar | editar código-fonte]

De Ormuz, D. António enviou Manuel de Vasconcelos com os navios a remos para explorar Catifa e cortar as comunicações marítimas com Baçorá. D. António chegou em fins de Julho com o resto da frota. Os portugueses desembarcaram e, embora os cavaleiros turcos tenham atacado os portugueses, foram rechaçados e procuraram refúgio na fortaleza.[5] Pouco depois, os portugueses cavaram trincheiras, instalaram baterias de artilharia e começaram a bombardear as paredes do forte. Não dispondo de meios para resistir, ao cabo de oito dias a guarnição fugiu na escuridão da noite, sendo o último soldado a fugir detectado pelos portugueses e morto.[6] O forte foi então arrasado.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Frederick Charles Denvers: The Portuguese in India p. 492.
  2. Frederick Charles Denvers: The Portuguese in India p. 492.
  3. Diogo do Couto: Da Ásia Década Sexta part II, book IX, chapter IV, p.246.
  4. Diogo do Couto: part II, book IX, chapter IV, p.326.
  5. Diogo do Couto: Da Ásia Década Sexta part II, book IX, chapter IV, p.327.
  6. Manuel de Faria e Sousa: Ásia Portuguesa part II, tome II, chapter IX, p. 253.
  7. Denvers, 1894, p.492.