Cerco de Málaga

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Emirado de Granada em 1462 (verde escuro), com datas de conquistas posteriores

O cerco de Málaga (1487) foi uma ação durante a Reconquista da Espanha em que os Reis Católicos da Espanha conquistaram a cidade de Málaqa do Emirado de Granada. O cerco durou cerca de quatro meses.[1] Foi o primeiro conflito em que foram utilizadas ambulâncias, ou veículos dedicados ao transporte de feridos.[2] Geopoliticamente, a perda da segunda maior cidade do emirado - depois da própria Granada - e seu porto mais importante foi uma grande perda para Emirado de Granada.[3] A maior parte da população sobrevivente da cidade foi escravizada ou morta pelos conquistadores.[4]

Resultado[editar | editar código-fonte]

A conquista de Málaga foi um duro golpe para o reino nasrida de Granada, que perdeu seu principal porto marítimo. O rei Fernando II de Aragão tentou várias vezes negociar a rendição da cidade durante o cerco, mas as forças de defesa recusaram. Com isso, os conquistadores impuseram uma dura pena ao lado derrotado: a população foi condenada à escravidão ou à morte, exceto o grupo liderado por Ali Dordux. Hamet el Zegri foi executado. Os sobreviventes, numerando de 11 000 a 15 000 excluindo os mercenários estrangeiros, foram escravizados e suas propriedades confiscadas. Alguns foram enviados para o norte da África em troca de cativos, alguns foram vendidos para custear as despesas da campanha e alguns foram distribuídos como presentes.[5]

A tarefa de reorganizar o território coube a García Fernández Manrique, que havia conquistado a fortaleza, e a Juan de la Fuente, dois experientes administradores. Manrique contou com a ajuda de Ali Dordux.[6]

Referências

  1. Bernáldez & Gabriel y Ruíz de Apodaca 1870, p. 224.
  2. Kuehl 2002, p. 81.
  3. Prescott 1854, p. 212, 223.
  4. Prescott 1854, p. 221–222.
  5. Prescott 1854, pp. 222–223.
  6. Lunenfeld 1987, p. 142.

Fontes[editar | editar código-fonte]