Chimères

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Os chimères foram homens favoráveis ​​ao ex-presidente Jean-Bertrand Aristide organizados em bandos armados e que semearam o terror no Haiti no período de 2001 a 2005. Tratava-se de gangues haitianas que apoiaram o partido Fanmi Lavalas de Aristide e tomaram medidas violentas contra seus críticos e oponentes.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Os Chimères são bandos armados ligados ao clã de Aristide que operaram principalmente na cidade de Porto Príncipe. Estima-se que possuíram mais de uma centena de bases e mais de quinhentos membros.[2]

Os membros eram em sua maioria homens mais jovens de origem pobre, alguns dos quais já haviam atuado no exército ou em grupos paramilitares, eram bem organizados e tinham fácil acesso a armas. Os "chimères" roubaram e sequestraram pessoas, mas também apareceram em manifestações como partidários fanáticos de Aristide, rápidos em mobilizar e altamente violentos. Exigiam a saída do governo de transição e o retorno de Aristide. Seus membros promovem incursões contra escolas, tiroteios nas ruas comerciais e execuções sumárias. Também mantinham os transeuntes como reféns para pedir resgate e depois, num cenário imutável, desapareciam antes da chegada da polícia. São oriundos dos bairros operários de La Saline, Bel Air e Cité Soleil.[3]

Após a eleição de René Préval como presidente em 2006, os "chimères" não apareceram mais. Mesmo depois que Préval foi eleito presidente do Haiti, eles não foram processados, o que pode ser explicado pela falta de vontade ou incapacidade do governo de agir contra os grupos armados no país. Acredita-se também que muitos policiais temiam a vingança ou estavam envolvidos em atividades paramilitares ou criminosas e, portanto, não estavam dispostos a investigar esses grupos. A maioria dos "chimères" pode ter se tornado parte de gangues criminosas na Cité Soleil e em outros distritos de Porto Príncipe.[4][5]

Referências