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Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala

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A Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (espanhol: Comisión Internacional contra la Impunidad en Guatemala, CICIG) é uma entidade internacional encarregada de investigar e processar crimes graves na Guatemala. Foi criado em 12 de dezembro de 2006, quando as Nações Unidas e a Guatemala assinaram um acordo em nível de tratado estabelecendo a CICIG como um órgão independente para apoiar a Procuradoria Geral da Nação (Procuraduría General de la Nación), a Polícia Nacional Civil (Policía Nacional Civil) e outras instituições do Estado na investigação de casos sensíveis e difíceis. O objetivo final do trabalho da CICIG é fortalecer as instituições judiciais nacionais, para permitir que continuem a enfrentar grupos ilegais e o crime organizado no futuro. O comissário responsável durante o período 2014-2019 foi o procurador colombiano Iván Velásquez Goméz[1].

Em 7 de janeiro de 2019, o acordo entre a ONU e a Guatemala foi rescindido unilateralmente pelo presidente Jimmy Morales, aludindo a participação da CICIG em atos ilegais, abuso de poder e atos contrários à constituição do país.[2] A ONU rejeitou e condenou este procedimento,[2] enquanto a mais alta instância judicial do país pronunciou-se contra a decisão do presidente.[3] O mandato da CICIG estava programado para terminar em setembro de 2019. A decisão de Morales, aprovada pela elite empresarial do país,[4] desencadeou uma crise institucional, devido ao conflito entre o governo e a Corte Constitucional. Morales é investigado por irregularidades em sua campanha eleitoral.[5][6]

Referências

  1. ↑ «CICIG (International Commission against Impunity in Guatemala) | Department of Political Affairs». Organização das Nações Unidas (em inglês). ONU. Consultado em 5 de junho de 2018 
  2. ↑ a b «Guatemalan president condemned after ejecting UN anti-corruption group». The Guardian. 8 de janeiro de 2019 
  3. ↑ «Guatemala: court blocks president's expulsion of UN anti-corruption group». The Guardian. 9 de janeiro de 2019 
  4. ↑ Geovanni Contreras e William Oliva (8 de janeiro de 2019). «Cacif y sectores empresariales respaldan decisión de Gobierno de Jimmy Morales sobre término de convenio con Cicig» 
  5. ↑ «MP Y CICIG presentaron solicitudes de antejuicio contra Presidente de la República, Jimmy Morales y diputada Nineth Montenegro». 10 de agosto de 2018. Derivado de una nueva denuncia recibida en el Ministerio Público en febrero de 2018 en contra del partido político Frente de Convergencia Nacional FCN-NACIÓN, se estableció que el señor Jimmy Morales en su calidad de Secretario General no reportó al Tribunal Supremo Electoral –TSE-la aportación de recursos destinados directamente al pago de los fiscales electorales e impresión de material electoral. Los fiscales de esa organización política, participaron en su representación los días 6 de septiembre y 25 de octubre de 2015, durante la primera y segunda vuelta de las Elecciones Generales de ese mismo año, constituyéndose de esa forma en financiamiento anónimo. 
  6. ↑ «Jimmy Morales vs. Iván Velásquez: ¿de qué se trata la creciente tensión política en Guatemala por cuenta de la Cicig?». 6 de setembro de 2018. La Comisión contra la Impunidad y la Corrupción de Guatemala ha develado importantes casos de corrupción el país que salpican a cuatro expresidentes y ha señalado a Morales por financiamiento electoral ilícito. Hay dos incidentes que salpicaron a Morales con la corrupción. El primero fue en mayo de 2017 cuando el hijo y el hermano de Morales fueron acusados de corrupción. Ambos se declararon inocentes y el presidente dijo que respetaba la justicia. Pero meses después tanto la Cicig como el Ministerio Público solicitaron un antejuicio contra Jimmy Morales para que fuera investigado por presuntas transacciones ilegales en su partido .
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