Conselho Interprovincial de Santander, Palência e Burgos

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O Conselho Interprovincial de Santander, Palência e Burgos foi um órgão governamental estabelecido em 8 de fevereiro de 1937 para coordenar as áreas republicanas na Cantábria (então chamada oficialmente de Província de Santander), Palência e Burgos durante a Guerra Civil Espanhola. O conselho foi dissolvido em agosto de 1937 após a ocupação da região pelas forças nacionalistas..[1]

Criação do Conselho Interprovincial[editar | editar código-fonte]

Com a eclosão da guerra em julho de 1936, a Cantábria e as partes do norte de Palência e Burgos permaneceram sob controle republicano, assim como as vizinhas Astúrias e Biscaia, enquanto a maior parte de Castela se sente sob o domínio nacionalista. Em 27 de julho, um "Comitê de Guerra" foi formado para dirigir o esforço de guerra, enquanto o "Conselho de Defesa do Santander" estava encarregado de dirigir o governo regional.[1]

Em 23 de dezembro, o governo da República Espanhola decidiu criar três Conselhos Interprovinciais para substituir os Conselhos de Defesa nas Astúrias e Leão, Santander, Palência e Burgos e Aragão. Seguindo esta ordem do governo central, o Conselho Interprovincial de Santander, Palencia e Burgos foi oficialmente constituído em 8 de fevereiro de 1937.[1]

O Governo da República delegou no Conselho todas as funções exceto as de aplicação da lei, censura à imprensa e à rádio, bem como reuniões e manifestações públicas. Entre outras funções, o Conselho auxiliou refugiados de províncias vizinhas, evacuou crianças e refugiados, forneceu alimentos e armas e cunhou sua própria moeda.[1]

Fim do Concílio[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Batalha de Santander

O fim do Conselho Interprovincial veio com os reveses militares das forças republicanas no verão de 1937. Os últimos acordos feitos naqueles dias corresponderam a um pedido de armas para a defesa da região e alimentos para aliviar a situação da população,  agravada pela chegada de refugiados das áreas ocupadas pelos nacionalistas.[2]

Com a queda de Santander em 26 de agosto de 1937 e a evacuação das autoridades para as Astúrias, o município foi dissolvido.[2]

Referências

  1. a b c d Solla Gutiérrez, Miguel Ángel (2011). Una efímera autonomía (Consejo Interprovincial de Santander, Palencia y Burgos) (em espanhol). Santander: Centro de Estudios Montañeses. pág. 111. ISBN 978-84-938671-3-3
  2. a b Libro de Actas de 1937 (em espanhol). [S.l.]: Diputación de Cantabria