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Cora Coralina: diferenças entre revisões

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Onça Pintada
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Nicho ecológico: Matas Densas e Florestas Tropicais.
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[[Ficheiro:coracoralina.jpg|280px|thumb|right|A Casa Velha da Ponte, onde viveu Cora Corallina na Cidade de Goiás]]
'''Cora Coralina''', [[pseudônimo]] de '''Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas''', ([[Goiás (Goiás)|Cidade de Goiás]], [[20 de agosto]] de [[1889]] — [[Goiânia]], [[10 de abril]] de [[1985]]) foi uma [[poesia|poetisa]] e contista [[brasil]]eira. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 ([[Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais]]),<ref>http://www.uesc.br/seminariomulher/anais/PDF/CLOVIS%20CARVALHO%20BRITTO.pdf</ref> quando já tinha quase 76 anos de idade.<ref>{{citar web|url=http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/viewFile/2680/1725 Revista Kairós}}</ref><ref>http://www.infoescola.com/escritores/cora-coralina/</ref>
Mulher simples, [[doce]]ira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos [[literatura|literários]], produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.


== Biografia ==
Filha de Francisco Paula Lins Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século XIX, quando seu avô ainda era uma criança. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiás.


Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos de idade, publicando-os nos jornais da cidade de Goiás, e nos jornais de outras cidades, como constitui exemplo o semanário "Folha do Sul" da cidade goiana de Bela Vista - desde a sua fundação a 20 de janeiro de [[1905]] -, e nos periódicos de outros rincões, assim a revista ''A Informação Goiana'' do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917, apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com a Mestra Silvina. Melhor, Mestre-Escola Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835 - 1920). Conforme Assis Brasil, na sua antologia "A Poesia Goiana no Século XX", Rio de Janeiro: IMAGO Editora, 1997, página 66, "a mais recuada indicação que se tem de sua vida literária data de 1907, através do semanário 'A Rosa', dirigido por ela própria e mais Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana." Todavia, constam trabalhos seus nos periódicos goianos antes dessa data. É o caso da crônica "A Tua Volta", dedicada 'Ao Luiz do Couto, o querido poeta gentil das mulheres goyanas', estampada no referido semanário "Folha do Sul", da cidade de Bela Vista, ano 2, n. 64, p.&nbsp;1, 10 de maio de 1906.
Ao tempo em que publica essa crônica, ou um pouco antes, Cora Coralina começa a frequentar as tertúlias do "Clube Literário Goiano", situado em um dos salões do sobrado de dona Virgínia da Luz Vieira. Que lhe inspira o poema evocativo "Velho Sobrado". Quando começa então a redigir para o jornal literário "A Rosa" (1907). Publicou, nessa fase, em [[1910]], o conto Tragédia na Roça.


Arara azul
Casou em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte (quando ele, Cantídio, exercia a Chefatura de Polícia, cargo equivalente ao de Secretário da Segurança, do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa - 1909 - 1912), para o interior de São Paulo, onde viveu durante 45 anos, inicialmente nos municípios de [[Avaré]] e [[Jaboticabal]] e depois em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] ([[1924]]). Ao chegar à capital, teve de permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à [[Estação da Luz]], uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade.
Vivia na bacia dos rios Paraná e Uruguai, em territórios da Argentina, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil.
Seu habitat: Na região do Pantanal, são encontradas em áreas abertas, nas matas que possuem palmeiras,
As causas de sua extinção foram a degradação de seu habitat e o comércio de animais
.Construía seus ninhos em ocos de árvores, nas barrancas do rio Paraguai ou nos paredões rochosos do rio Paraná.
Alimentava-se de frutas, sementes e insetos. Não se sabe quase nada de como vivia na Natureza. È protegida pelo IBAMA.


Em [[1930]], presenciou a chegada de [[Getúlio Vargas]] à esquina da [[Rua Direita (São Paulo)|rua Direita]] com a [[Praça do Patriarca]]. Um de seus filhos participou da [[Revolução Constitucionalista de 1932]].


Ararinha-Azul
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para [[Penápolis]], no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e [[banha]] de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em [[1956]], retornou para Goiás.
Considerada extinta na natureza. O último exemplar desapareceu em 2000,

Restando pouco mais de 60 indivíduos criados em cativeiro, sendo a maioria fora do Brasil.
Ao completar 50 anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nessa fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás.
Existe um grupo de estudo com esforços internacionais para recuperação da espécie, coordenado pelo IBAMA.
Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD.
. Habitava matas de galeria dominadas por caraibeiras associadas a riachos sazonais no extremo norte do estado da Bahia,
Cora Coralina faleceu em [[Goiânia]]. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.
ao sul do rio São Francisco.

com apenas relatos da presença da ave no estado de Pernambuco.
=== Primeiros passos literários ===
Construía seus ninhos em ocos de árvores, alimentava-se de frutas, sementes.
Os elementos [[folclore|folclóricos]] que faziam parte do cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse a dona de uma voz inigualável e sua [[poesia]] atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do [[Centro-Oeste]] [[brasileiro]].

Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da [[gramática]] contribuiu para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma. Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da [[Cidade de Goiás]], que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito.

=== Divulgação nacional ===
Foi ao ter a segunda edição (1978) de ''Poemas dos becos de Goiás e estórias mais'', composta e impressa pelas Oficinas Gráficas da Universidade Federal de Goiás, com capa (retratando um dos becos da cidade de Goiás) e ilustrações elaboradas pela consagrada artista Maria Guilhermina, orelha de J.B. Martins Ramos, e prefácio de Oswaldino Marques, saudada por [[Carlos Drummond de Andrade]] no Jornal do Brasil, a 27 de dezembro de 1980, que Aninha, já conhecida como Cora Coralina, ganhou a atenção e passou a ser admirada por todo o [[Brasil]]. "Não estou fazendo comercial de editora, em época de festas. A obra foi publicada pela Universidade Federal de Goiás. Se há livros comovedores, este é um deles." Manifesta-se, ao ensejo, o vate Drummond.

A primeira edição de ''Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais'', seu primeiro livro, foi publicado pela [[Editora José Olympio]] em [[1965]], quando a poetisa já contabilizava [[75]] [[anos]]. Reúne os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram em uma das maiores poetisas de [[Língua Portuguesa]] do [[século XX]]. Já a segunda edição, repetindo, saiu em 1978 pela imprensa da UFG. E a terceira, em 1980. Desta vez, pela recém implantada editora da UFG, dentro da ''Coleção Documentos Goianos''.

Onze anos depois da primeira edição de ''Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais'', compôs, em 1976, ''Meu Livro de Cordel''. Finalmente, em [[1983]] lançou ''Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha'' (Ed. Global).

Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita ''intelectual do ano'' e contemplada com o [[Prêmio Juca Pato]] da [[União Brasileira dos Escritores]]. Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, ''Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais'', foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica.

== Livros e outras obras ==
*''[[Estórias da Casa Velha da Ponte]]'' (contos)
*''[[Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais]]'' (poesia)
*''[[Meninos Verdes (livro)|Meninos Verdes]]'' (infantil)
*''[[Meu Livro de Cordel]]''
*''[[O Tesouro da Casa Velha]]''
*''[[A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu]]'' (infantil)
*''[[Vintém de Cobre]]''
*''[[As Cocadas]]'' (infantil)

{{Referências}}

=={{Bibliografia}}==
*TAHAN, Vicência Bretas. ''Cora Coragem, Cora Poesia''. Global Editora, 1989.
*TAHAN, Vicência Bretas. ''Villa Boa de Goyaz''. Global Editora, 2001.
*DENÓFRIO, Darcy França. ''Cora Coralina'' - Coleção Melhores Poemas - Global Editora, 2004. [[Darcy Franca Denofrio]]
*DENÓFRIO, Darcy França; CAMARGO, Goiandira Ortiz de. ''Cora Coralina: Celebração da Volta''. Cânone Editorial, 2006. [[Darcy Franca Denofrio]].
*BRITTO, Clóvis Carvalho; SEDA, Rita Elisa. '' Cora Coralina - Raízes de Aninha''. Editora Idéias & Letras, 2011, 1a. edição.

=={{Ligações externas}}==
{{Wikiquote|Cora Coralina}}
*[http://www.eravirtual.org/cora_br/ Visita virtual imersiva ao Museu Casa de Cora Coralina na Cidade de Goiás]
*[http://www.secrel.com.br/jpoesia/cora.html#destino Jornal de Poesia - Cora Coralina]
*[http://www.globaleditora.com.br/Loader.aspx?ucontrol=bWVudUhvbWUsYnVzY2FfYXV0b3I=&autorID=3532 Dados biográficos e foto de Cora Coralina]
*[http://www.flickr.com/photos/mcouto/137683914/ Casa de Cora Coralina, juntamente com o busto e o poema que se encontra do lado direito da porta principal.]
*[http://www.letraseletras.ileel.ufu.br/include/getdoc.php?id=321 Cora Coralina e o modernismo]
*[http://www.casadecoracoralina.com.br/museu.html Museu Casa de Cora Coralina]

[[Categoria:Cora Coralina| ]]
[[Categoria:Poetas de Goiás]]
[[Categoria:Contistas de Goiás]]
[[Categoria:Naturais de Goiás (município)]]
[[Categoria:Poetas do Modernismo]]

[[en:Cora Coralina]]
[[es:Ana Lins dos Guimaraes Peixoto "Cora Coralina"]]

Revisão das 17h21min de 13 de abril de 2012

Onça Pintada Seu habitat: preferencial são zonas florestais, mas a espécie também vive em planícies pantanosas, savanas e até desertos, Nicho ecológico: Matas Densas e Florestas Tropicais.

Encontrada no Pantanal, desaparece da região devido à caça indiscriminada. Sua pele tem cotação em dólares no mercado internacional.

Ela é protegida por ONG.


Arara azul Vivia na bacia dos rios Paraná e Uruguai, em territórios da Argentina, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil.

Seu habitat: Na região do Pantanal, são encontradas em áreas abertas, nas matas que possuem palmeiras,
As causas de sua extinção foram a degradação de seu habitat e o comércio de animais

.Construía seus ninhos em ocos de árvores, nas barrancas do rio Paraguai ou nos paredões rochosos do rio Paraná.

Alimentava-se de frutas, sementes e insetos. Não se sabe quase nada de como vivia na Natureza. È protegida pelo IBAMA.


Ararinha-Azul

Considerada extinta na natureza. O último exemplar desapareceu em 2000, Restando pouco mais de 60 indivíduos criados em cativeiro, sendo a maioria fora do Brasil. Existe um grupo de estudo com esforços internacionais para recuperação da espécie, coordenado pelo IBAMA. . Habitava matas de galeria dominadas por caraibeiras associadas a riachos sazonais no extremo norte do estado da Bahia, ao sul do rio São Francisco. com apenas relatos da presença da ave no estado de Pernambuco. Construía seus ninhos em ocos de árvores, alimentava-se de frutas, sementes.