Crossfunding

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O termo Crossfunding [1]foi criado para representar um modelo de captação de fundos para projetos culturais que cruza a captação tradicional com empresas e o modelo de crowdfunding, ou financiamento coletivo. O modelo é usado para a arrecadação de verba para projetos pequenos e médios, ainda em estágios embrionários, e busca unir as qualidades e vantagens de cada um dos dois modelos de capação e trazer vantagens às três partes envolvidas: proponentes de projetos, empresas e público.

Origem[editar | editar código-fonte]

O financiamento coletivo de projetos[2] e causas é uma tipo de iniciativa antiga, que pode ser vista em ações filantrópicas e até em organizações como cooperativas, ONG’s e associações. Essas iniciativas ganharam força quando entraram no universo da internet, aumentando drasticamente o alcance e impacto desse tipo de campanha. O crowdfunding então, se tornou uma alternativa que excluía a necessidade de empresas financiarem produtores.

O modelo foi entendido como algo funcional, e a opção se provou viável. Entretanto, alguns grupos observaram que os dois modelos de captação não necessariamente devem ser excludentes, e que é possível que um projeto conte com apoios de Pessoa Física e Jurídica para ser financiado. Dessa maneira surgiu o Crossfunding, que busca viabilizar projetos unindo os pontos positivos de cada um dos modelos.

Vantagens e pontos positivos[editar | editar código-fonte]

As duas maneiras de captação atuam de forma complementar no modelo de Crossfunding, e trazem benefícios ao projeto que vão além da parte financeira.[3] O financiamento coletivo movimenta menos dinheiro, e traz investimentos individuais menores do que empresas, entretanto ele cria uma validação social para o projeto em questão, uma vez que um grupo de pessoas se mobilizou em prol dessa causa. Essa validação torna-se um argumento quando o projeto é apresentado para uma empresa, que já pode analisar uma ideia conhecendo seu público, tanto em perfil como em tamanho. É uma maneira de empresas identificarem em projetos públicos de interesse compartilhados, e assim realizarem investimentos mais pontuais.

Leis de Incentivo[editar | editar código-fonte]

No Brasil existem leis de incentivo fiscal, tais como a Lei Rouanet, ou a Lei do Audiovisual, que permitem que pessoas e empresas destinem parte do seu imposto para projetos de diversos tipos, como culturais, esportivos e ligados a criança e ao adolescente. Alguns sites de crowdfunding, como por exemplo o Partio[4], adaptaram as ferramentas usadas pelas plataformas de financiamento coletivo para aceitarem apoios por esse tipo de lei. Isso facilitou o processo para a Pessoa Física, e foi um dos primeiros passos para a evolução do conceito de financiamento coletivo para o Crossfunding.

Referências

  1. «Quanto vale sua idéia». Consultado em 15 de maio de 2014. Arquivado do original em 17 de maio de 2014 /
  2. «Financiamento Coletivo». Consultado em 15 de maio de 2014 
  3. «Partio - Entenda». Consultado em 15 de maio de 2014. Arquivado do original em 17 de maio de 2014 
  4. «Partio». Consultado em 15 de maio de 2014