Dawsonia (musgo)
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Espécies | |||||||||||||||
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Dawsonia é um género de musgos acrocárpicos da ordem Polytrichales que inclui as maiores espécies de musgos conhecidas, com esporófitos que apresentam tecido condutor (no caso hidroide) análogo ao das plantas vasculares. A maior das espécies, Dawsonia superba, tem distribuição natural na Nova Zelândia, Austrália e Nova Guiné.[2]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Dawsonia longifolia pode ser encontrada nas Filipinas, Indonésia, Malásia e Austrália.[3][4][5] Dawsonia superba e Dawsonia longifolia Talvez façam parte de uma mesma espécie.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O gênero recebeu o nome de Dawsonia em homenagem á Dawson Turner (1775–1858), que foi um Criptogamista distinto e amigo de Robert Brown.[1]
Altura
[editar | editar código-fonte]Os gametófitos de musgos não possuem tecidos de transporte interno, o que, juntamente com a ausência de cutículas, leva à perda de água característica das briófitas. Como as briófitas só podem crescer quando hidratadas, a falta de tecido condutor restringe a maioria dos musgos, mesmo em habitats relativamente úmidos, a uma baixa estatura.
De alguma forma, Dawsonia (e outros gêneros na ordem Polytrichales) Pode chegar a alturas comparáveis a de uma Planta vascular. Polytrichales são musgos acrocárpicos - eles têm caules verticais com estruturas reprodutivas terminais, com o esporófito crescendo verticalmente (ao longo do mesmo eixo que o gametófito).
O musgo conhecido mais alto é Dawsonia superba, que pode ter um caule de 50 centímetros de altura.[2]
Caules
[editar | editar código-fonte]Os caules da ordem Polytrichales mostram sistemas de condução que são análogos ao Xilema e do floema das plantas vasculares. O tecido condutor de água é o hidroma, que é feito de células alongadas chamadas de Hidroides. Ao contrário do xilema das plantas vasculares, não há espessamento secundário das paredes celulares, pois as briófitas não possuem lignina. O análogo do floema em Polytrichales é o leptoma, composto de leptóides, eles são semelhantes às células da peneira. Hydrome e leptome são bem desenvolvidos em Polytrichales e também aparecem em várias outras briófitas.
Folhas
[editar | editar código-fonte]As folhas de Polytrichum e Dawsonia (e musgos Taxonomicamente próximos) se diferem das folhas da maioria dos musgos, which are only one or two cells thick. Polytrichia tem lamela – cadeias de pequenas células na superfície superior das folhas análogas ao mesofilo das folhas de plantas vasculares. Este táxon aumentou a área de superfície da parede celular disponível provávelmente para a absorção de CO2, ao mesmo tempo em que mantêm camadas de ar úmido entre as lamelas, reduzindo a perda de água. As margens das lamelas têm uma camada superficial de cera que impede que a água inunde os espaços interlamelares.
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b B.O. van Zanten (2012). «Australian Mosses Online» (PDF). pp. 48. Polytrichaceae: Dawsonia.
- ↑ a b Taranaki Educational Resource: Research, Analysis and Information Network. «Dawsonia». Consultado em 7 de fevereiro de 2013
- ↑ Encyclopedia of Life. «Details for: Dawsonia longifolia». Encyclopedia of Life. Consultado em 23 de julho de 2013
- ↑ «Dawsonia longifolia». The New York Botanical Garden. Consultado em 23 de julho de 2013
- ↑ «Dawsonia longifolia». Tropicos. Consultado em 23 de julho de 2013
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Glime, Janice M. (2007). «Bryophyte Ecology: Water relations: conducting structures». Physiological Ecology. 1. [S.l.]: Michigan Technological University and International Association of Bryologists. Consultado em 9 de março de 2009
- Hébant, Charles (1 de dezembro de 1974). «Polarized accumulations of endoplasmic reticulum and other ultrastructural features of leptoids in Polytrichadelphus magellanicus gametophytes». Protoplasma. 81 (4): 373–382. doi:10.1007/BF01281050