Mostrar código-fonte de Demografia da América do Sul

A '''demografia da América do Sul''' descreve as características [[demografia|demográficas]] do território [[América do Sul|sul-americano]].

A América do Sul tem 427 milhões de [[habitante]]s<ref>{{Citar web|titulo=Pirâmides Populacionais do Mundo desde 1950 até 2100|url=https://www.populationpyramid.net/%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20pt/américa-do-sul/2019/|obra=PopulationPyramid.net|acessodata=2020-01-09|lingua=pt}}</ref>. Há vázios demográficos como as [[floresta tropical|florestas tropicais]], o [[deserto de Atacama]] e as porções geladas da [[Patagônia]]. Por outro lado, o continente apresenta regiões de alta [[densidade populacional]], como os centros urbanos de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Buenos Aires]], [[Lima]], [[Santiago (Chile)|Santiago]] e as áreas entre as capitais da [[zona da mata]] nordestina.

A população é formada por descendentes de [[Europa|europeus]] (principalmente [[Espanha|espanhóis]] e [[Portugal|portugueses]]), [[África|africanos]] e [[povo indígena|indígenas]]. Há alta porcentagem de [[mestiço]]s que variam muito na sua composição de acordo com cada lugar.

As duas principais [[línguas]] são de longe o [[língua espanhola|espanhol]] e o [[língua portuguesa|português]], seguido do [[língua francesa|francês]], [[língua inglesa|inglês]] e [[língua neerlandesa|holandês]] em menor quantidade.

== Índices demográficos ==
=== Distribuição e densidade demográficas ===
[[Imagem:Amazonia-vegetacao01.jpg|180px|thumb|esquerda|[[Manguezal]] em região próxima a [[Macapá]] ([[Brasil]])]]

A [[população]] da América do Sul não se distribui uniformemente, havendo áreas rarefeitas, ao lado de outras de densidade relativamente elevada. Alguns fatores de ordem física e humana contribuem para isso. Entre as causas de rarefação demográfica, salientam-se:

* A existência de regiões desérticas, como a [[Patagônia]], o [[pampa]] seco, o [[Atacama]] e a Sechura;
* As zonas de [[floresta tropical|florestas equatoriais]], como a [[Amazônia]];
* As áreas de campos, onde a criação extensiva de [[gado]] contribui para a escassez demográfica.

Quanto aos fatores que têm determinado maiores concentrações de população destacam-se:

* As faixas [[litoral|litorâneas]] bem abrigadas e dotadas de portos naturais;
* As costas de [[clima]] relativamente benigno;
* Os vales de alguns rios navegáveis, como o [[rio Amazonas|Amazonas]], [[rio Orinoco|Orinoco]], Cauca, [[rio Paraná|Paraná]];
* E as regiões naturalmente férteis, onde se desenvolveu uma atividade agrícola apropriada, como o eixo [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio]]-[[São Paulo (cidade)|São Paulo]], no [[Brasil]], a [[província de Buenos Aires]], na [[Argentina]], e o vale central do [[Chile]].

[[Imagem:Cuernos del Paine from Lake Pehoé.jpg|thumb|180px|[[Torres del Paine]], [[Chile]]]]

=== Crescimento demográfico ===
A população da América do Sul teve o maior índice de crescimento no mundo entre [[1920]] e [[1960]]: um incremento de 126,3%. O declínio da [[mortalidade]], determinado em grande parte pela elevação dos padrões de [[higiene]] pública, foi a causa fundamental dessa expansão demográfica.

Outro fator que contribuiu para esse aumento foi a [[imigração]]. Desde [[1800]], cerca de 12 milhões de imigrantes chegaram à região. Desse total, cerca de 4 milhões vieram da [[Espanha]], 4 milhões da [[Itália]], 2 milhões de [[Portugal]] e o restante da [[Alemanha]], [[Polônia]], [[Síria]], [[Japão]], [[China]] e outros países.

Em [[anos]] recentes o [[Crescimento populacional|índice médio de crescimento]] é estimado em 2,64%.

== População urbana ==
As áreas mais densamente povoadas da América do Sul tendem a aumentar sua população mais rapidamente do que as regiões escassamente habitadas. Existem, naturalmente, algumas zonas de ocupação pioneira onde se faz a incorporação de terras virgens, porém, a maior parte das correntes migratórias internas dirige-se para os centros urbanos, os quais apresentaram, especialmente após a [[Segunda Guerra Mundial]], extraordinários índices de crescimento.

As cidades não somente cresceram em tamanho, mas a proporção da população em cada país tem-se expandido de modo apreciável. Algumas cidades sul-americanas como [[Buenos Aires]], [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], estão entre as maiores metrópoles do mundo. Outras cidades incluem [[Lima]], [[Bogotá]], [[Caracas]] e [[Santiago (Chile)|Santiago]]; [[Montevidéu]], [[La Paz]], [[Recife]], [[Belo Horizonte]], [[Salvador (Bahia)|Salvador]], [[Curitiba]], [[Medelhim]] e [[Cali]]; [[Região de Valparaíso|Valparaíso]], [[Concepción (Chile)|Concepción]],  [[Brasília]], [[Porto Alegre]], [[Córdova (Argentina)|Córdoba]] e [[Rosário (Argentina)|Rosário]]. A urbanização acelerada parece geral e irresistível em toda a [[América Latina]], com todas as suas consequências, como a marginalidade urbana.

== Grupos étnicos ==
{| cellpadding="0" cellspacing="1" style="width:100px; float:right;"
|-
| [[Imagem:Gisele Bundchen3.jpg|border|80x100px|centro|Gisele Bündchen]]
| [[Imagem:Bra-Cos (1) (cropped).jpg|border|80x100px|centro|Neymar]]
|-
| [[Imagem:Pelé 23092007.jpg|border|80x100px|centro|Pelé]]
| 
|-
| [[Imagem:Luiz Onmura.jpg|border|80x100px|centro|Luiz Onmura]]
| [[Imagem:ShakiraRipoll cropped 2.jpg|border|80x100px|centro|Shakira]]
|-
| colspan="2" style="text-align:right;"| <small>Sul-americanos</small>
|}

Para a formação étnica da população sul-americana contribuíram três [[etnia]]s: índios, brancos e negros. Em muitos países predominam os mestiços de [[espanhóis]] com [[indígena]]s, como é o caso do [[Colômbia]], [[Equador]], [[Paraguai]] e [[Venezuela]]. Em apenas dois países os povos indígenas são maioria: no [[Peru]] e na [[Bolívia]]. Grandes populações de ascendência [[África|africana]] são encontradas no [[Brasil]] (principalmente na [[Bahia]], [[Maranhão]], [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[Minas Gerais]] e [[Pernambuco]]), e na Colômbia.

Os países de forte [[Branco (raça)|ascendência europeia]] são a [[Argentina]], o [[Uruguai]] e o Brasil.<ref name="Garcia">{{Citar periódico|ultimo=Maurel|primeiro=Joaquín Bosque|data=2002-01-01|titulo=La península Ibérica, el Atlántico y América. ¿Una etapa en el pasado de la globalización?|jornal=Anales de Geografía de la Universidad Complutense|volume=22|numero=0|issn=1988-2378|doi=10.5209/AGUC.32340|url=http://revistas.ucm.es/ghi/02119803/articulos/AGUC0202110079A.PDF|idioma=es}}</ref><ref name="Marta">{{Citar web |url=http://www.umng.edu.co/www/resources/idsocial.doc |titulo=SOCIAL IDENTITY  Marta Fierro Social Psychologist. |acessodata=2009-03-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090225203250/http://www.umng.edu.co/www/resources/idsocial.doc |arquivodata=2009-02-25 |urlmorta=yes }}</ref><ref name="Criollos">{{Citar web |url=http://www.iidh.ed.cr/comunidades/diversidades/docs/div_docpublicaciones/Derecho%20Indigena/Cap.%202.%20Pensar%20a%20los%20indios,%20tarea%20de%20criollos.pdf |titulo=massive immigration of European Argentina Uruguay Chile Brazil |acessodata=2009-03-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090225190038/http://www.iidh.ed.cr/comunidades/diversidades/docs/div_docpublicaciones/Derecho%20Indigena/Cap.%202.%20Pensar%20a%20los%20indios,%20tarea%20de%20criollos.pdf |arquivodata=2009-02-25 |urlmorta=yes }}</ref><ref name="Latinoamerica">{{Citar periódico|ultimo=Waiss|primeiro=Óscar|data=1983-01-01|titulo=La literatura hispanoamericana y el exilio.|jornal=Anales de Literatura Hispanoamericana|volume=12|issn=1988-2351|doi=10.5209/rev_ALHI.1983.v12.25472|url=http://revistas.ucm.es/fll/02104547/articulos/ALHI8383110228A.PDF|idioma=es}}</ref> Os dois primeiros países tem sua população derivada de [[imigrante]]s espanhóis e [[italianos]] e, no caso do Sul e sudeste meridional do [[Brasil]] (principalmente [[São Paulo (estado)|São Paulo]]), derivada de imigrantes [[portugueses]], italianos, [[alemães]], [[espanhóis]] e [[japoneses]].<ref name="Imigrantes na América do Sul">{{Citar web|url=http://www.diasmarques.adv.br/pt/historico_imigracao_brasil.htm|titulo=Advocacia Especializado em Imigração e Negócios Internacionais &#124; Dias Marques e Pereira Viana Advogados|acessodata=2017-01-03|obra=Dias Marques Advocacia|arquivourl=https://web.archive.org/web/20041010184011/http://www.diasmarques.adv.br/pt/historico_imigracao_brasil.htm|arquivodata=2004-10-10|urlmorta=yes}}</ref>

[[Imagem:18 02 2022 Cerimônia de Abertura da Festa da Uva 2022 (51890505075).jpg|thumb|Membros da comunidade [[Ítalo-brasileiro|ítalo-brasileira]] durante a [[Festa da Uva]], em [[Caxias do Sul]], 2022.]]

A [[imigração alemã no Brasil]] foi o movimento migratório ocorrido nos [[século XIX|séculos XIX]] e [[século XX|XX]] de alemães para várias regiões do Brasil. As causas deste processo podem ser encontradas nos frequentes problemas sociais que ocorriam na [[Europa]] e a fartura de terras no Brasil. Atualmente, estima-se que dezoito milhões ou 10% dos brasileiros têm ao menos um antepassado alemão.<ref>"Brasil alemão" comemora 180 anos, <http://www.dw-world.de/popups/popup_printcontent/0,,1274817,00.html {{Wayback|url=http://www.dw-world.de/popups/popup_printcontent/0,,1274817,00.html |date=20090210092949 }}>. Acesso em: 20 de outubro de 2007</ref> O Brasil abriga hoje a maior comunidade [[ucranianos|ucraniana]] da [[América Latina]], contando com 1 milhão de pessoas.<ref>[http://www.parana.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=7 Imigração alemã no Brasil]</ref>

Minorias étnicas incluem os [[árabes]] e [[japoneses]] no [[Brasil]], [[chineses]] (cantoneses) no [[Peru]] e [[índia|indianos]] na [[Guiana]].

=== Chile: uma amostra da demografia sul-americana ===
O [[Demografia do Chile|Chile]] recebeu uma grande onda de imigrantes europeus, principalmente no norte, sul e costa. Ao longo do [[século XVIII]] e início do [[século XX]]. Os imigrantes europeus que chegaram no Chile são maioritariamente espanhóis, alemães, britânicos, [[italianos]], [[franceses]], [[austríacos]], [[Holanda|holandeses]], [[suíços]], [[escandinavos]], [[Portugal|portugueses]], [[gregos]] e [[croatas]].

O maior grupo étnico que compõe a [[Chile|população chilena]] veio da [[Espanha]] e do [[País Basco]], ao sul da [[França]]. As estimativas de [[Bascos|descendentes de bascos no Chile]] variam de 10% (1.600.000) até 27% (4.500.000).<ref name="Diariovasco">{{Citar web|url=http://www.diariovasco.com/pg060724/prensa/noticias/AlDia/200607/24/DVA-ALD-003.html|titulo=Diariovasco.com &#124; EDICIÓN IMPRESA - Los jóvenes vasco-chilenos están al dia de todo lo que está pasando en Euskadi|acessodata=2017-01-03|obra=www.diariovasco.com|ultimo=Vasco|primeiro=Diario}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.euskonews.com/0072zbk/gaia7204es.html|titulo=De los vascos en Chile y sus instituciones|acessodata=2017-01-03|obra=www.euskonews.com}}</ref> [[1848]] foi um ano de grande imigração de alemães e franceses, a imigração de alemães foi patrocinada pelo governo chileno para fins de colonização para as regiões meridionais do país. Esses alemães (também [[Suíça|suíços]] e [[Áustria|austríacos]]), significativamente atraídos pela composição natural das províncias do [[Valdivia (província)|Valdivia]], [[Osorno]] e [[Llanquihue (província)|Llanquihue]] foram colocados em terras dadas pelo governo chileno para povoar a região. Porque o sul do Chile era praticamente desabitado, a influência desta imigração [[Alemanha|alemã]] foi muito forte, comparável à [[América Latina]] apenas com a imigração [[Imigração alemã no Brasil|alemã do sul do Brasil]]. Há também um grande número de alemães que chegaram ao Chile, após a [[Primeira Guerra Mundial|Primeira]] e [[Segunda Guerra Mundial]], especialmente no sul ([[Punta Arenas]], [[Puerto Varas]], [[Frutillar]], [[Puerto Montt]], [[Temuco]], etc.) A embaixada alemã no Chile estimada que entre 500,000 a 600,000 chilenos são de [[Alemães|origem alemã]].<ref>{{Citar web|url=http://www.embajadaconsuladoschile.de/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=60&lang=de|titulo=Embajada de Chile en Alemania|acessodata=2017-01-03|obra=www.embajadaconsuladoschile.de}}</ref>

Além disso, estima-se que cerca de 5% da [[Demografia do Chile|população chilena]] é descendente de imigrantes de [[Oriente Médio|origem asiática]], principalmente do Oriente Médio (ou seja, [[palestinos]], [[sírios]], [[libaneses]] e [[armênios]]), são cerca de 800.000 pessoas.<ref name="blog-v.com">{{Citar web|url=http://www.blog-v.com/arabesenchile/|titulo=Arabes en Chile|acessodata=2017-01-03|obra=www.blog-v.com|ultimo=http://www.blog-v.com/|primeiro=BLOGG /}}</ref> É importante ressaltar que os israelitas, tanto judeus como não-cidadãos judeus da nação de [[Israel]] podem ser incluídos. Chile abriga uma grande população de imigrantes, principalmente [[cristã]], do Oriente Médio.<ref name="blog-v.com"/> Acredita-se que cerca de 500.000 descendentes de palestinos residem no Chile.<ref>{{Citar web|url=http://www.adnkronos.com/AKI/English/CultureAndMedia/?id=1.0.2050534508|titulo=Chile: Palestinian refugees arrive to warm welcome -  Adnkronos Culture And Media|acessodata=2017-01-03|obra=www.adnkronos.com}}</ref> Outros grupos de imigrantes historicamente significativos são: os [[croatas]], cujo número de descendentes é estimado em 380.000 pessoas, o equivalente a 2,4% da população. No entanto, outras fontes dizem que 4,6% da população do [[Chile]] podem ter alguma ascendência croata. Além disso, mais de 700.000 chilenos de [[Reino Unido|origem britânica]] (Inglaterra, País de Gales e Escócia), o que corresponde a 4,5% da população. Os chilenos de [[Gregos|ascendência grega]] são estimados entre 90.000 e 120.000 pessoas,<ref>{{Citar web|url=http://viajerosgriegos.ar.vg/|titulo=ar.vg – Desde Argentina para el mundo|acessodata=2017-01-03|obra=viajerosgriegos.ar.vg|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151016224632/http://viajerosgriegos.ar.vg/|arquivodata=2015-10-16|urlmorta=yes}}</ref> a maioria deles vive no [[Santiago (Chile)|Santiago]] ou [[Antofagasta]], Chile é um dos 5 países com mais descendentes de gregos no mundo. Os descendentes de [[suíços]] somam o número 90.000, também estimo-se que cerca de 5% da população chilena tem alguma [[Francia|ascendência francesa]]. Os descendentes de [[italianos]] estão entre 600.000 e 800.000 pessoas.

=== Distribuição étnica ===
A população [[Brancos|branca]] predomina na região, mas é considerável a porcentagem de mestiços, enquanto os indígenas constituem minoria.

'''{{BRA}}:''' a [[brasileiros|população brasileira]] é formada principalmente por descendentes de [[Povos indígenas do Brasil|povos indígenas]], [[Brasil Colônia|colonos]] [[portugueses]], [[Escravidão no Brasil|escravos]] [[África|africanos]] e de [[Imigração|imigrantes]] [[Europa|europeus]]. Os brasileiros ("brancos", "pardos" e "negros"), no geral, possuem ancestralidades europeia, africana e indígena. A europeia sendo importante sobretudo nos "brancos" e "pardos". A ancestralidade "africana" é maior entre os "negros". A ancestralidade indígena encontra-se presente em todas as regiões, em "brancos", "pardos" e "negros" brasileiros, embora tendendo a um grau menor. De acordo com um estudo de DNA autossômico de 2008, conduzido pela [[Universidade de Brasília]] (UnB), com "brancos", "pardos" e "negros", a ancestralidade europeia é a predominante em todas as regiões do Brasil, respondendo por 65,90% da herança da população, seguida de uma grande contribuição africana (24,80%) e de uma contribuição indígena menor (9,3%).<ref>{{Citar web |url=http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3873 |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2011-08-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706000000/http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3873 |arquivodata=2011-07-06 |urlmorta=yes }}</ref> De acordo com o estudo autossômico de 2011, com aproximadamente 1000 amostras de brasileiros "brancos", "pardos" e "negros", levado a cabo pelo geneticista brasileiro Sérgio Pena, o componente europeu é o predominante na população do Brasil, em todas as regiões nacionais, com contribuições africanas e indígenas. De acordo com esse estudo, a ancestralidade europeia responde por 70% da herança da população brasileira.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Pena|primeiro=Sérgio D. J.|ultimo2=Pietro|primeiro2=Giuliano Di|ultimo3=Fuchshuber-Moraes|primeiro3=Mateus|ultimo4=Genro|primeiro4=Julia Pasqualini|ultimo5=Hutz|primeiro5=Mara H.|ultimo6=Kehdy|primeiro6=Fernanda de Souza Gomes|ultimo7=Kohlrausch|primeiro7=Fabiana|ultimo8=Magno|primeiro8=Luiz Alexandre Viana|ultimo9=Montenegro|primeiro9=Raquel Carvalho|data=2011-02-16|titulo=The Genomic Ancestry of Individuals from Different Geographical Regions of Brazil Is More Uniform Than Expected|jornal=PLOS ONE|volume=6|numero=2|paginas=e17063|issn=1932-6203|pmid=21359226|doi=10.1371/journal.pone.0017063|url=http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0017063}}</ref> Esse estudo foi realizado com base em doadores de sangue, sendo que a maior parte dos doadores de sangue no Brasil vêm das classes mais baixas (além de enfermeiros e demais pessoas que laboram em entidades de saúde pública, representando bem, assim, a população brasileira).<ref>{{Citar web |url=http://www.amigodoador.com.br/estatisticas.html |titulo=Profile of the Brazilian blood donor |acessodata=2011-08-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111028205753/http://www.amigodoador.com.br/estatisticas.html |arquivodata=2011-10-28 |urlmorta=yes }}</ref> Esse estudo constatou que os brasileiros de diferentes regiões são geneticamente muito mais homogêneos do que se esperava, como consequência do predomínio europeu (o que já havia sido mostrado por vários outros estudos genéticos autossômicos, como se pode ver abaixo). “Pelos critérios de cor e raça até hoje usados no censo, tínhamos a visão do Brasil como um mosaico heterogêneo, como se o Sul e o Norte abrigassem dois povos diferentes”, comenta o geneticista. “O estudo vem mostrar que o Brasil é um país muito mais integrado do que pensávamos.” A homogeneidade brasileira é, portanto, muito maior entre as regiões do que dentro delas, o que valoriza a heterogeneidade individual. Essa conclusão do trabalho indica que características como cor da pele são, na verdade, arbitrárias para categorizar a população.<ref>{{Citar web |url=http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/02/nossa-heranca-europeia/?searchterm=Pena |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2011-08-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110927160218/http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/02/nossa-heranca-europeia/?searchterm=Pena |arquivodata=2011-09-27 |urlmorta=yes }}</ref> Já de acordo com um estudo genético autossômico feito em 2010 pela [[Universidade Católica de Brasília]], publicado no [[American Journal of Human Biology]], a herança genética europeia é a predominante no Brasil, respondendo por entre 75% e 80% total, "brancos", "pardos" e "negros" incluídos.<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u633465.shtml|data=|acessodata=|título=folha.uol.com.br}}</ref> Os resultados também mostravam que, no Brasil, indicadores de aparência física, como cor da pele, dos olhos e dos cabelos, têm relativamente pouca relação com a ascendência de cada pessoa (ou seja, o [[fenótipo]] de uma pessoa não indica claramente o seu [[genótipo]]).<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u633465.shtml|titulo=www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u633465.shtml|acessodata=2017-01-03|obra=www1.folha.uol.com.br}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Lins|primeiro=Tulio C.|ultimo2=Vieira|primeiro2=Rodrigo G.|ultimo3=Abreu|primeiro3=Breno S.|ultimo4=Grattapaglia|primeiro4=Dario|ultimo5=Pereira|primeiro5=Rinaldo W.|data=2017-01-03|titulo=Genetic composition of Brazilian population samples based on a set of twenty-eight ancestry informative SNPs|jornal=American Journal of Human Biology: The Official Journal of the Human Biology Council|volume=22|numero=2|paginas=187–192|issn=1520-6300|pmid=19639555|doi=10.1002/ajhb.20976|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19639555}}</ref><ref name="onlinelibrary.wiley.com">{{Citar periódico|ultimo=Lins|primeiro=Tulio C.|ultimo2=Vieira|primeiro2=Rodrigo G.|ultimo3=Abreu|primeiro3=Breno S.|ultimo4=Grattapaglia|primeiro4=Dario|ultimo5=Pereira|primeiro5=Rinaldo W.|data=2010-03-01|titulo=Genetic composition of Brazilian population samples based on a set of twenty-eight ancestry informative SNPs|jornal=American Journal of Human Biology|volume=22|numero=2|paginas=187–192|issn=1520-6300|doi=10.1002/ajhb.20976|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajhb.20976/abstract|idioma=en}}</ref> Esse estudo foi realizado com base em amostras de testes de paternidade gratuitos, conforme exposto pelos pesquisadores: "os teste de paternidade foram gratuitos, as amostras da população envolvem pessoas de variável perfil socioeconômico, embora provavelmente com um viés em direção ao grupo dos 'pardos'".<ref name="onlinelibrary.wiley.com" /> De acordo com outro estudo, de 2009, os [[brasileiros]], como um todo, e de todas as [[Regiões do Brasil|regiões]], e independentemente de aparência ou classificação pelo censo, estão bem mais perto dos [[europeus]] do que dos [[mestiços]] do [[México]], e dos [[africanos]], do ponto de vista genético.<ref>{{Citar web |url=http://www.alvaro.com.br/pdf/trabalhoCientifico/ARTIGO_BRASIL_LILIAN.pdf |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2011-08-19 |arquivourl=https://www.webcitation.org/5xmleMZgv?url=http://www.alvaro.com.br/pdf/trabalhoCientifico/ARTIGO_BRASIL_LILIAN.pdf |arquivodata=2011-04-08 |urlmorta=yes }}</ref>

'''{{BOL}}:''' 75% da população correspondem a [[mestiço]]s e [[ameríndio]]s, enquanto 15% são brancos.<ref name=paises>{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/bl.html|titulo=The World Factbook — Central Intelligence Agency|acessodata=2017-01-03|obra=www.cia.gov}}</ref> A população da [[Bolívia]] é composta de [[quíchua]]s 30%, [[aimará]]s 25%, eurameríndios 15%, europeus ibéricos 15% e outros 15% ([[1996]]). De acordo com um estudo genético autossômico de 2012, a contribuição europeia gira em torno de 12%, com variações individuais de 0% a 48%.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Watkins|primeiro=W. Scott|ultimo2=Xing|primeiro2=Jinchuan|ultimo3=Huff|primeiro3=Chad|ultimo4=Witherspoon|primeiro4=David J.|ultimo5=Zhang|primeiro5=Yuhua|ultimo6=Perego|primeiro6=Ugo A.|ultimo7=Woodward|primeiro7=Scott R.|ultimo8=Jorde|primeiro8=Lynn B.|data=2012-05-20|titulo=Genetic analysis of ancestry, admixture and selection in Bolivian and Totonac populations of the New World|jornal=BMC genetics|volume=13|paginas=39|issn=1471-2156|pmid=22606979|doi=10.1186/1471-2156-13-39|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22606979}}</ref> Uma contribuição europeia média de 25% foi estimada em um estudo genético autossômico de 2013, e com um pequeno grau de contribuição africana<ref>{{Citar periódico|ultimo=Taboada-Echalar|primeiro=Patricia|ultimo2=Alvarez-Iglesias|primeiro2=Vanesa|ultimo3=Heinz|primeiro3=Tanja|ultimo4=Vidal-Bralo|primeiro4=Laura|ultimo5=Gómez-Carballa|primeiro5=Alberto|ultimo6=Catelli|primeiro6=Laura|ultimo7=Pardo-Seco|primeiro7=Jacobo|ultimo8=Pastoriza|primeiro8=Ana|ultimo9=Carracedo|primeiro9=Angel|data=2013-01-01|titulo=The genetic legacy of the pre-colonial period in contemporary Bolivians|jornal=PloS One|volume=8|numero=3|paginas=e58980|issn=1932-6203|pmid=23527064|doi=10.1371/journal.pone.0058980|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23527064}}</ref>

'''{{PRY}}:''' 95% do contingente populacional compõem-se de [[mestiço]]s e [[índio]]s.<ref>{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/pa.html#People|titulo=The World Factbook — Central Intelligence Agency|acessodata=2017-01-03|obra=www.cia.gov}}</ref>

'''{{VEN}}:''' 2% dos habitantes são [[povo indígena|ameríndios]], 43.6% [[caucasiano|europeus ibéricos]], 2.9% [[Negros|afro-americanos]] e 51.6% [[mestiços]].

'''{{ARG}}:''' Na Argentina, a herança europeia é a predominante, mas com significativa herança indígena, e presença de contribuição africana também. Um estudo genético autossômico realizado em 2009, revelou que a composição da Argentina é 78,50% europeia, 17,30% indígena, e 4,20% africana.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Corach|primeiro=Daniel|ultimo2=Lao|primeiro2=Oscar|ultimo3=Bobillo|primeiro3=Cecilia|ultimo4=Van Der Gaag|primeiro4=Kristiaan|ultimo5=Zuniga|primeiro5=Sofia|ultimo6=Vermeulen|primeiro6=Mark|ultimo7=Van Duijn|primeiro7=Kate|ultimo8=Goedbloed|primeiro8=Miriam|ultimo9=Vallone|primeiro9=Peter M.|data=2010-01-01|titulo=Inferring Continental Ancestry of Argentineans from Autosomal, Y-Chromosomal and Mitochondrial DNA|jornal=Annals of Human Genetics|volume=74|numero=1|paginas=65–76|issn=1469-1809|doi=10.1111/j.1469-1809.2009.00556.x|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1469-1809.2009.00556.x/abstract|idioma=en}}</ref> Em [[Buenos Aires]], um estudo genético autossômico encontrou contribuição Indígena de 15,80% e africana de 4,30%.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Avena|primeiro=Sergio A.|ultimo2=Goicoechea|primeiro2=Alicia S.|ultimo3=Rey|primeiro3=Jorge|ultimo4=Dugoujon|primeiro4=Jean M.|ultimo5=Dejean|primeiro5=Cristina B.|ultimo6=Carnese|primeiro6=Francisco R.|data=2006-01-01|titulo=[Gene mixture in a population sample from Buenos Aires City]|jornal=Medicina|volume=66|numero=2|paginas=113–118|issn=0025-7680|pmid=16715758|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16715758}}</ref> Na região de [[La Plata]], as contribuições europeia, indígena e africana foram, respectivamente, 67.55% (+/-2.7), 25.9% (+/-4.3), e 6.5% (+/-6.4).<ref>{{Citar periódico|ultimo=Martínez Marignac|primeiro=Veronica L.|ultimo2=Bertoni|primeiro2=Bernardo|ultimo3=Parra|primeiro3=Esteban J.|ultimo4=Bianchi|primeiro4=Néstor O.|data=2004-08-01|titulo=Characterization of admixture in an urban sample from Buenos Aires, Argentina, using uniparentally and biparentally inherited genetic markers|jornal=Human Biology|volume=76|numero=4|paginas=543–557|issn=0018-7143|pmid=15754971|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15754971}}</ref> 56% da população da Argentina possui DNA mitocondrial ameríndio.<ref>{{es}} [http://www.clarin.com/diario/2005/01/16/sociedad/s-03415.htm Corach, Daniel (2004), UBA)]</ref>

'''{{CHL}}:''' a população [[chile]]na é principalmente [[Brancos|Branca]] de [[Europa|origem europeia]] 64% da população.<ref name="Garcia" /><ref name="Marta" /><ref name="Criollos" /><ref name="Latinoamerica" /><ref>{{Citar web|url=http://www.condortravel.com/chile.php?p_idioma=eng|titulo=Chile Tours and Travel Packages - Condor Travel [en] &#124; Cóndor Travel|acessodata=2017-01-03|obra=www.condortravel.com}}</ref> De acordo com um estudo genético de 2014, a composição do Chile é 24.34% (± 3.9%) indígena, 71.85% (± 5.44%) europeia e 3.81% (± 0.45%) africana<ref>{{Citar periódico|ultimo=Fuentes|primeiro=Macarena|ultimo2=Pulgar|primeiro2=Iván|ultimo3=Gallo|primeiro3=Carla|ultimo4=Bortolini|primeiro4=María-Cátira|ultimo5=Canizales-Quinteros|primeiro5=Samuel|ultimo6=Bedoya|primeiro6=Gabriel|ultimo7=González-José|primeiro7=Rolando|ultimo8=Ruiz-Linares|primeiro8=Andrés|ultimo9=Rothhammer|primeiro9=Francisco|data=2014-03-01|titulo=[Gene geography of Chile: regional distribution of American, European and African genetic contributions]|jornal=Revista Medica De Chile|volume=142|numero=3|paginas=281–289|issn=0717-6163|pmid=25052264|doi=10.4067/S0034-98872014000300001|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25052264}}</ref><ref>[http://www.scielo.cl/pdf/rmc/v142n3/art01.pdf]</ref>

'''{{URY}}:''' Um estudo genético de 2009, publicado no [[American Journal of Human Biology]], revelou que a composição genética do [[Uruguai]] é principalmente europeia, mas com contribuição indígena (que varia de 1% a 20% em diferentes partes do país) e significativa contribuição africana (7% a 15% em diferentes partes do país).<ref>{{Citar periódico|ultimo=Bonilla|primeiro=Carolina|ultimo2=Bertoni|primeiro2=Bernardo|ultimo3=González|primeiro3=Susana|ultimo4=Cardoso|primeiro4=Horacio|ultimo5=Brum-Zorrilla|primeiro5=Nadir|ultimo6=Sans|primeiro6=Mónica|data=2004-05-01|titulo=Substantial native American female contribution to the population of Tacuarembó, Uruguay, reveals past episodes of sex-biased gene flow|jornal=American Journal of Human Biology|volume=16|numero=3|paginas=289–297|issn=1520-6300|doi=10.1002/ajhb.20025|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajhb.20025/abstract|idioma=en}}</ref> A contribuição indígena no Uruguai foi estimada em 10%, em média, para a população inteira. Esse número sobe a 20% no departamento de [[Tacuarembó (departamento)|Tacuarembó]], e desce a 2% em [[Montevidéu]]. O DNA mitocondrial indígena chega a 62% em Tacuarembó.<ref>[http://www.elpais.com.uy/07/04/12/pciuda_274562.asp ''"El discutido legado indígena en la sangre de los uruguayos"'' de Caterina Notargiovanni. Diario El País. Fecha: 12-04-2007.]</ref> Um estudo genético de 2006 encontrou os seguintes resultados para a população de [[Cerro Largo (Rio Grande do Sul)|Cerro Largo]]: contribuição europeia de 82%, contribuição indígena de 8% e contribuição africana de 10%. Esse foi o resultado para o DNA autossômico, o que se herda tanto do pai quanto da mãe e permite inferir toda a ancestralidade de um indivíduo. Na linhagem materna, DNA mitocondrial, os resultados encontrados para Cerro Largo foram: contribuição europeia de 49%, contribuição indígena de 30%, e contribuição africana de 21%.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Sans|primeiro=Mónica|ultimo2=Merriwether|primeiro2=D. Andrew|ultimo3=Hidalgo|primeiro3=Pedro C.|ultimo4=Bentancor|primeiro4=Nilo|ultimo5=Weimer|primeiro5=Tania A.|ultimo6=Franco|primeiro6=Maria Helena L. P.|ultimo7=Alvarez|primeiro7=Inés|ultimo8=Kemp|primeiro8=Brian M.|ultimo9=Salzano|primeiro9=Francisco M.|data=2016-08-01|titulo=Population structure and admixture in Cerro Largo, Uruguay, based on blood markers and mitochondrial DNA polymorphisms|jornal=American Journal of Human Biology: The Official Journal of the Human Biology Council|volume=18|numero=4|paginas=513–524|issn=1042-0533|pmid=16788895|doi=10.1002/ajhb.20520|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16788895}}</ref>
{| class="wikitable"
<caption>'''Distribuição étnica na América Latina em [[2005]]<ref name="books.google.cl">{{Citar livro|url=http://books.google.cl/books?id=LcabJ98-t1wC&pg=PA93&lpg=PA93&dq=chile+60%25+blancos+Esteva-Fabregat&source=bl&ots=AMUjY09aVi&sig=3PCwfKDokrZYem3dcZ2gkToFIoE&hl=es&ei=k8WjSYT3HJaitgfGncnOBA&sa=X&oi=book_result&resnum=9&ct=result#PPA110,M1|titulo=Iberoamérica. Un área cultural heterogénea|data=2007-01-01|editora=Universidad Autónoma del Estado de México|lingua=es|isbn=9789707570528}}</ref>'''</caption>
|- style="background:#e8e8e8;"
| style="width:190px;" |País
| style="width:100px;" |População
| style="width:110px;" |[[Ameríndio]]s
| style="width:100px;" |[[Brancos]]
| style="width:100px;" |[[Mestiço]]s
| style="width:100px;" |[[Mulato]]s
| style="width:100px;" |[[Negros]]
| style="width:100px;" |[[Zambo]]s
| style="width:100px;" |[[Asiáticos]]
|-
| style="text-align:left;" |Mestiços-Ameríndios
|58,022.000 ||46.9% ||10.4% ||35.4% ||5.7% ||1.1%  ||0.0%  ||0.5%
|-
| style="text-align:left;" |{{ECU}}
| 13.700.000  || 39.0% || 9.9% || 41.0% || 5.0% || 5.0% || 0.0% || 0.1%
|-
| style="text-align:left;" |{{GTM}}
| 14.202.000<ref name="paises" /> || 53.0% || 4.0% || 42.0% || 0.0% || 0.0% || 0.2% || 0.8%
|-
| style="text-align:left;" |{{PER}}
| 29.331.000<ref name="paises" /> || 45.5% || 12.0% || 32.0% || 9.7% || 0.0% || 0.0% || 0.8%
|-
| style="text-align:left;" |{{BOL}}
| 9.947.000<ref name="paises" />
| style="background:#E8E8E8" | 55.0% || 15.0% || 28.0% || 2.0% || 0.1% || 0.5% || 0.0%
|- style="text-align:right; background:#f2f2f2;"
| style="text-align:left;" |Mestiços-Africanos
|69,131.000 ||2.4% ||18.5% ||46.9% ||27.1% ||3.6% ||0.6% ||0.9%
|-
| style="text-align:left;" |{{PAN}}
| 3.481.000<ref name="paises" /> || 8.0% || 10.0% || 32.0% || 27.0% || 5.0% || 14.0% || 4.0%
|-
| style="text-align:left;" |{{COL}}
| 45.980.000<ref name="paises" /> || 1.8% || 20.0% || 53.2% || 21.0% || 3.9% || 0.1% || 0.0%
|-
| style="text-align:left;" |{{VEN}}
| 28.814.000<ref name="paises" /> || 2.7% || 43.6% || 51.6%
| style="background:#E8E8E8" | 0.7% || 2.9% || 0.0% || 2.2%
|- style="text-align:right; background:#f2f2f2;"
| style="text-align:left;" |Afro-Brancos
|193,893.000 ||0.4% ||51.6% ||0.0% ||40.8% ||6.7% ||0.1% ||0.4%
|-
| align="left" |{{HTI}}
| 10.111.000<ref name="paises" /> || 0.0% || 0.8% || 0.0% || 9.0% || 90.0% || 0.0% || 0.2%
|-
| style="text-align:left;" |{{CUB}}
| 11.204.000<ref name="paises" /> || 0.0% || 37.0% || 0.0% || 51.0% || 11.0% || 0.0% || 1.0%
|-
| style="text-align:left;" |{{PRI}}
| 3.990.000<ref name="paises" /> || 0.0% || 74.8% || 0.0% || 10.0% || 15.0% || 0.0% || 0.2%
|-
| style="text-align:left;" |{{BRA}}*
| 211,049,518<ref>{{Citar web|titulo=Pirâmides Populacionais do Mundo desde 1950 até 2100|url=https://www.populationpyramid.net/%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20pt/brasil/2019/|obra=PopulationPyramid.net|acessodata=2020-01-09|lingua=pt}}</ref>|| 0.4% || 53.8% || 39.1%* || 39.1%* || 6.2% || 0.0% || 0.5%
|-
| style="text-align:left;" |{{DOM}}
| 10.158.000<ref name="paises" /> || 0.0% || 7.7% || 0.0%
| style="background:#E8E8E8" | 14.6% || 75.0% || 2.3% || 0.4%
|- style="text-align:right; background:#f2f2f2;"
| style="text-align:left;" |Mestiços
|122,134.000 ||12.5% ||13.7% ||72.4% ||0.7% ||0.0% ||0.2% ||0.5%
|-
| style="text-align:left;" |{{SLV}}
| 6.179.000<ref name="paises" /> || 8.0% || 1.0%
| style="background:#E8E8E8" | 91.0% || 0.0% || 0.0% || 0.0% || 0.0%
|-
| style="text-align:left;" |{{HND}}
| 7.541.000<ref name="paises" /> || 7.7% || 1.0% || 85.6% || 1.7% || 0.0% || 3.3% || 0.7%
|-
| style="text-align:left;" |{{MEX}}
| 110.128.000<ref name="paises" /> || 14.0% || 15.0% || 70.0% || 0.5% || 0.0% || 0.0% || 0.5%
|-
| style="text-align:left;" |{{NIC}}
| 5.783.000<ref name="paises" /> || 6.9% || 14.0% || 78.3% || 0.0% || 0.0% || 0.6% || 0.2%
|-
| style="text-align:left;" |{{PRY}}
| 6.405.000<ref name="paises" /> || 1.5% || 20.0% || 74.5% || 3.5% || 0.0% || 0.0% || 0.5%
|- style="text-align:right; background:#f2f2f2;"
| style="text-align:left;" |Brancos
|59,604.000 || 2.7% || 76.7% || 18.4% || 0.2% || 0.0% || 0.1% || 1.8%
|-
| style="text-align:left;" |{{ARG}}
| 40.471.000<ref name="paises" /> || 1.0% || 85.0% || 11.1% || 0.0% || 0.0%  || 0.0%  || 2.9%
|-
| style="text-align:left;" |{{CHL}}
| 17.053.000<ref name="paises" /> || 3.2% || 52.7% || 44.0% || 0.0% || 0.0% || 0.0% || 0.0%
|-
| style="text-align:left;" |{{CRI}}
| 4.610.000<ref name="paises" /> || 0.8% || 82.0% || 15.0% || 0.0% || 0% || 2.0% || 0.2%
|-
| style="text-align:left;" |{{URY}}
| 3.367.000<ref name="paises" /> || 0.0%
| style="background:#E8E8E8" | 88.0% || 8.0% || 4.0% || 0.0% || 0.0% || 0.0%
|- style="text-align:right; background:#f2f2f2;"
| style="text-align:left;" |Total
|502,784.000 || 9.2% || 36.1% || 30.3% || 20.3% || 3.2% || 0.2% || 0.7%
|}

=== Evolução étnica ===
[[Imagem:Guarani Family.JPG|thumb|200px|Índios [[guaranis]].]]
As populações originais da [[América do Sul]], os [[ameríndio]]s consistiam em grupos como destacavam-se os [[chibchas]], na [[Colômbia]], [[jês]], [[tupis]], [[aruaques]], [[caraíbas]], [[tucanos]], e [[nhambiquaras]], no [[Brasil]]; [[quíchua]], e [[aimarás]], de civilização bastante avançada, nas regiões andinas do [[Peru]] e [[Bolívia]]; [[Araucano|araucânios]], no [[Chile]] e [[Argentina]]; ''chaquenhos'', ''patagões'' e ''fueginos'', na Argentina.

Os [[Colonização|conquistadores europeus]] encontraram esses nativos em diversas formas de [[civilização]], o que determinou diversos tipos de reação, que contribuíram, de uma ou de outra forma, para sua conservação ou eliminação.

Os métodos de redução e conquista, por isso mesmo, variaram. Na região andina, dominada pelos espanhóis, logo que a [[povo indígena|população ameríndia]] tornou-se [[sedentarismo|sedentária]], aplicou o regime semifeudal da ''[[encomienda]]'', com a divisão da propriedade entre os conquistadores, através de doação real (''[[merced]]''), sob o nome de ''haciendas'', ''fincas'' ou ''estancias''. A evolução do sistema, que permitiu a introdução de trabalhadores livres nas terras doadas, fez surgir uma escala socioeconômica, representada pelo colono arrendatário que repartia o produto de seu trabalho com o seu proprietário. Organizou-se, além disso, o trabalho forçado nas minas, que recebeu o nome de ''repartimientos mitas''.[[Imagem:Street in Liberdade, São Paulo.jpg|thumb|200px|Bairro da [[Liberdade (bairro de São Paulo)|Liberdade]], no [[centro de São Paulo]]. É o maior reduto da comunidade [[japonesa]] fora do [[Japão]].]]Na região dominada pelos [[Portugal|portugueses]], os colonizadores arrebanharam os índios espalhados pelo interior, levando às terras propícias para fundar colonização.

Com esse objetivo, foram organizadas expedições de busca aos escravos índios, através de comandos oficiais ou mesmo particulares, que tomaram diversas denominações, como [[entradas e bandeiras|bandeiras]], entradas, descidas ou correrias. Essa obra de conquista, tanto de espanhóis como de portugueses, foi acompanhada pelas missões religiosas, principalmente de [[franciscanos]] e [[jesuítas]], que também procuravam "reduzir" os gentios e fazê-los produzir, mas através de outros métodos e com o objetivo de [[cristianização]].

Com essa obra de conquista veio juntar-se ao indígena um outro contingente, o branco ibérico, ajudando assim compor o quadro étnico. Na primeira fase, o conquistador interessou pelo ameríndio, sobretudo como mão-de-obra. Não tardou, porém, que os [[Europa|europeus]], especialmente os portugueses, se desiludissem quanto à eficiência do [[ameríndio]] escravizado. E como não tivessem encontrado, de início, os metais preciosos que buscavam, ao contrário do que ocorrera na área de [[colonização espanhola]], fundaram sua colonização em bases agrícolas, incrementando em primeiro lugar a cultura de [[cana-de-açúcar]]. Como o indígena não se adaptasse bem a esse tipo de [[agricultura]], os colonizadores começaram a importação, como os escravos, de negros africanos, que vieram a constituir o terceiro elemento importante na formação étnica das populações sul-americanas.

É a partir do final do [[século XIX]], todavia, que se assiste a entrada em massa de [[imigrante]]s europeus em diversos países latino-americanos. É notável, porém, que essa imigração se concentrou sobretudo na [[Argentina]], no [[Chile]], no [[Uruguai]] e no [[Brasil]]. São os [[italianos]] que chegam em maior número, superando inclusive espanhóis e portugueses.<ref>[http://www1.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/tabelas/imigracao_nacionalidade_84a33.htm Imigração]</ref>

== Idiomas ==
* O número total de línguas faladas na América do Sul vai muito além do [[Língua espanhola|espanhol]], [[Língua portuguesa|português]], [[Língua francesa|francês]], [[Língua neerlandesa|neerlandês]] e [[Língua inglesa|inglês]]. Uma classificação básica dos idiomas utilizados regularmente por toda a América do Sul pode ser a sua divisão entre [[idioma oficial|idiomas oficiais]] e idiomas não oficiais. Quanto à origem linguística podem-se classificar as línguas presentes na América do Sul em dois grandes grupos: os idiomas autóctones ([[indígenas]]) e os idiomas trazidos por colonizadores, escravos e imigrantes.

As línguas não nativas podem ser classificadas nas seguintes categorias principais (3):
* '''idiomas colonizadores''', i.e. [[Língua portuguesa|português]] e [[Língua espanhola|espanhol]] ([[Língua castelhana|castelhano]]),  mas também [[Língua francesa|francês]], [[Língua neerlandesa|neerlandês]] e [[Língua inglesa|inglês]], embora em menor escala.
* '''Idiomas de escravidão africana''', i.e. [[Língua iorubá|iorubá]], [[bantu]] e outras, intrínsecos na forte cultuação dos ritos religiosos afro-brasileiros, etc.
* '''Idiomas de imigração''', como o [[Língua alemã|alemão]] (com seus [[dialeto]]s [[Riograndenser Hunsrückisch]], [[Katarinensisch]], [[Baixo-alemão]], [[pomerano]] e [[Schwizerdütsch]]), neerlandês, [[Língua italiana|italiano]] ([[interlíngua]]: [[talian]]), [[Língua japonesa|japonês]] ([[Nihongo]]), [[romanês]], [[Língua árabe|árabe]], [[Língua russa|russo]], [[hindustani]], espanhol (interlíngua: [[portunhol]]), inglês (interlíngua: [[Língua portuguesa|português]] ou [[spanglish]]), [[Língua turca|turco]], [[Língua chinesa|chinês]] [[Língua mandarim|mandarim]] e [[cantonês]], [[indiano]], [[Língua galesa|galês]] (ou ''Welsh'' em inglês, falado no sul da [[Argentina]]), [[Língua polonesa|polonês]], [[Língua coreana|coreano]], [[romani]], [[Língua ucraniana|ucraniano]], [[iídiche]], [[Língua lituana|lituano]], [[Língua galega|galego]], [[Língua grega|grego]], etc.

O Português ainda é língua majoritária. Em 1950, o português era falado por em torno de {{formatnum:53443000}} de pessoas (quase todos brasileiros) contra {{formatnum:51716000}} de pessoas que falavam o espanhol, {{formatnum:427971}} o inglês, {{formatnum:208068}} o neerlandês e apenas 25.516 o francês. O Brasil é o único país a ter o português como oficial no continente, onde também há nove outros países de [[língua espanhola]] e outros dois que falam o [[língua inglesa|inglês]] e o [[língua holandesa|holandês]], além do francês da [[Guiana Francesa]], território ultramarino da França. Em 2007, estima-se que cerca de 50,1% dos [[sul-americanos]] falem o português, correspondendo a {{formatnum:190011861}} de pessoas, depois o espanhol, com {{formatnum:189295750}}, o inglês, com {{formatnum:769065}}, o neerlandês, com {{formatnum:470784}} e por fim o francês, com {{formatnum:203320}}. Portanto, o português é ainda o idioma mais falado na América do Sul.

'''Línguas Indígenas'''
Além do [[língua portuguesa|português]] e [[língua castelhana|espanhol]], línguas faladas pela maioria das populações sul-americanas, diversos grupos aborígenes ainda subsistem. Os mais importantes idiomas nativos falados pelos povos indígenas do continente pertencem às seguintes [[família linguística|famílias]]:
* '''[[família chibcha|Chibcha]]:''' falado por pequenas comunidades indígenas da [[Colômbia]], mas em via de desaparecimento;
* '''[[família caribe|Caribe]]:''' cujas línguas sobrevivem no [[norte do Brasil]], áreas interiores da [[Guiana]], [[Suriname]], [[Guiana Francesa]] e [[Venezuela]] e nas planícies da [[Colômbia]];
* '''[[língua aruaque|Aruaque]]:''' uma das maiores e mais difundidas famílias linguísticas da América do Sul, encontrada sobretudo na [[bacia Amazônica]]; mais de 200 línguas deste grupo ainda sobrevivem;
* '''[[macro-jê|Jê]]:''' com pelo menos 50 línguas ainda faladas em meados do [[século XX]], especialmente na região oriental do [[Brasil]];
* '''[[línguas tupi-guaranis|Tupi-guarani]]:''' a segunda maior família linguística da região, com duas divisões principais:
** '''[[língua tupi|Tupi]]:''' falado no [[Brasil]] oriental, desde o litoral [[uruguai]]o até a [[foz]] do [[rio Amazonas]];
** '''[[língua guarani|Guarani]]:''' falado no Paraguai e nas regiões vizinhas da Argentina;
* '''[[línguas quíchua|Quíchua]]:''', cujos principais idiomas ainda eram usados, em meados do século XX, por alguns milhões de pessoas, especialmente no [[Peru]] e nordeste da [[Argentina]] e na [[Bolívia]];
* '''[[língua aimará|Aimará]]:''' com quatorze línguas faladas nos planaltos meridionais e adjacentes da [[Bolívia]].

Muitas das línguas dos nativos sul-americanos agrupam-se em 45 famílias menores, entre as quais destacam-se: chiriana, cuíca-timote, guaíba, guarara e jirajara, [[Colômbia]]; arauá, borotuqué, carajá, cariri, catuquina, goitacá, huari, mura, nambiquara e pano no [[Brasil]]; canela, jivaro e omurano no [[Equador]]; aguano, cahupana, muniche e yunca-puruna no [[Peru]]; chapucara, chiquito, mosetena, tucano e yuracare na Bolívia, guaicuru, mascoi e matacomaca no [[Paraguai]]; araucano e no [[Chile]]; e tehuelche, comechingona, e lule-vilela na [[Argentina]].

Há ainda o [[rapa nui]], o idioma Polinésio da [[Ilha de Páscoa]], Chile.

=== Distribuição linguística ===
{| class="wikitable"
<caption>'''Distribuição Linguística na América Latina em [[2005]]<ref name="books.google.cl" /> '''</caption>

|- style="background:#e8e8e8;"
| style="width:120px;" |Idioma
| style="width:120px;" |População
| style="width:120px;" |Porcentagem
|-
| style="text-align:left;" |Espanhol
|298,095,592 ||59.29%
|-
| style="text-align:left;" |Português
|194,577,408 ||38.70%
|-
| style="text-align:left;" |Francês
|10,111,000 ||2.01%
|-
| style="text-align:left;" |Total
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== Ver também ==
* [[Sul-americanos]]
* [[Demografia da América Latina]]

{{Referências|col=2}}

== Ligações externas ==
* {{Link|pt|2=http://www.brasilescola.com/geografia/america-sul.htm|3=América do Sul}}
* {{Link|pt|2=http://www.suapesquisa.com/geografia/america_do_sul.htm|3=AMÉRICA DO SUL - mapa político, relevo, vegetação, países}}

{{Demografia por continente}}{{Geografia da América do Sul}}

[[Categoria:Demografia da América do Sul| ]]