Difamação (documentário)

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Difamação (Hebraico: השמצה; translit. Hashmatsa) é um documentário de 2009 do cineasta Yoav Shamir. Examina o antissemitismo e, em particular, a forma como as percepções de antissemitismo afectam a política israelita e norte-americana. Um dos principais focos do filme é a Liga Antidifamação. O documentário ganhou o prémio de Melhor Longa-Metragem Documental nos Asia Pacific Screen Awards no ano de 2009.

O título do filme é uma alusão à Liga Antidifamação, uma organização sediada em Manhattan, nos Estados Unidos, cuja principal atividade é identificar e denunciar ocorrências de antissemitismo onde quer que aconteçam. Por tratar-se de um cineasta israelense, a Liga Antidifamação concordou em prestar toda a colaboração na realização do documentário, mas depois de pronto acusou-o de antissemitismo. Yoav Shamir viajou para lugares como Auschwitz e Brooklyn para explorar relatos de violência contra os judeus.[carece de fontes?]

Conteúdo[editar | editar código-fonte]

O filme examina se o anti-semitismo se tornou um rótulo abrangente para qualquer um que critique Israel e a possibilidade de que a preocupação de alguns judeus com o passado - isto é, o Holocausto - esteja hoje em dia a impedir o progresso. Shamir decidiu fazer Difamação depois de um crítico de um seu filme anterior o ter acusado de antissemitismo.[1][2]

O realizador Yoav Shamir afirma no início do filme que, como israelita, nunca experimentou antissemitismo e quer aprender mais sobre ele, uma vez que as referências ao antissemitismo em países de todo o mundo são comuns nos meios de comunicação israelitas.[3]

O documentário inclui entrevistas com Abraham Foxman, o chefe da Liga Anti-Defamação, John J. Mearsheimer, co-autor do best seller The Israel Lobby e U.S. Foreign Policy, Norman Finkelstein, um crítico da política do governo israelita, bem como muitos outros indivíduos. O realizador acompanha um grupo de estudantes israelitas, numa viagem de turma à Polónia, onde percorrem Auschwitz, bem como uma série de outros locais notáveis do Holocausto.[3]

Jennifer Dworkin acha-o um híbrido casual de estilos documentais - em parte viagem pessoal, em parte ensaio político, em parte cinema-vérité. Começa em tom ligeiro. Shamir anda à volta de Israel, dos EUA, e da Europa de Leste, entrevistando também a sua avó de noventa e poucos anos (judia, contudo autora de um comentário antissemita no próprio filme), habitantes afro-americanos de Crown Heights, rabinos, e académicos controversos.[3]

Referências

  1. Genzlinger, Neil (19 de novembro de 2009). «The Past in the Present». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331 
  2. Curiel, Jonathan (15 de novembro de 2009). «Yoav Shamir draws flak for film 'Defamation'» (em inglês). SFGate 
  3. a b c Dworkin, Jennifer (Outubro de 2009). «Review: Defamation» (em inglês). Film Comment 
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