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Discussão:Álvaro Rodrigues de Lima

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Este artigo sobre Álvaro Rodrigues de Lima tem diversas e graves imprecisões, a saber:

As datas referidas estão erradas, por erro involuntário de citação, pois dizem respeito à era de César ou calendário juliano. O Rei Dom João I em 15 de Agosto de 1422 mandou substituir aquele antigo método de datação pela era do nascimento de Jesus Cristo, e por força dessa lei é preciso tirar 38 anos aquela data.

Álvaro Rodrigues de Lima perdeu todas as suas terras, propriedades e bens que tinha na Galiza em 1369 por ser partidário do rei D. Pedro I de Castela nas disputas com o seu meio-irmão D. Henrique de Trastâmara, entre 1367 – 1369.

Depois disso, passou a ser partidário do Rei Dom Fernando I de Portugal durante as chamadas Guerras Fernandinas, na campanha da primeira Guerra com Castela (1369 – 1370).

É nesse contexto que o Rei Dom Fernando I, estando em Santarém, lhe fez a mercê da doação das terras de Sande, das Terras de Entre Dona e Deva, do Castelo de Santa Cruz, da Terra de Sobaponte de Truselos, do Castelo e Terra de Selme, da Terra da Lobeira, do Castelo e Paço de Quintela, todas na Galiza, por carta régia de 3 de Julho de 1370. Mas, como se compreende, esta doação não surtiu qualquer efeito, pois Álvaro Rodrigues de Lima nunca chegou a tomar posse efectiva por estar exilado em Portugal e por o rei doador não ter soberania nenhuma na Galiza.

No mesmo 3 de Julho de 1370 o Rei Dom Fernando I fez-lhe a mercê de o fazer Senhor da vila de Milmanda, de juro e herdado. A carta tem a seguinte cota: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de Dom Fernando I, livro 1, fl. 65.

Em 2 de Julho de 1371 o mesmo monarca o nomeou alcaide-mor do castelo de Melgaço, a única mercê que foi efectiva, e que pode ser consultada na seguinte cota: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de Dom Fernando I, livro 4, fl. 5.

O seu filho primogénito e herdeiro, Fernão Eanes de Lima, nunca foi alcaide-mor do castelo de Ponte de Lima, pois o primeiro alcaide-mor de Ponte de Lima foi D. Leonel de Lima, filho deste Fernão Eanes de Lima e neto de Álvaro Rodrigues de Lima. Assim, D. Leonel de Lima foi 1.º alcaide-mor do castelo de Ponte de Lima, de juro e herdado, por carta dada em Elvas em 26 de Abril de 1464 (ANTT, Chancelaria de Dom Afonso V, livro 8, fl. 111).

João Fernandes de Lima, aqui tido como filho de Álvaro Rodrigues de Lima, nunca foi Senhor do Beiral de Lima, pois a sua primeira doação surge num alvará de mercê do infante Dom Pedro em nome do Rei Dom Afonso V datado de 3 de Setembro de 1443 pelo qual faz mercê da doação das terras e devesas de Beiral de Lima em duas vidas, para Leonel de Lima e, por sua morte, a seu filho, e que foi dada em Tentugal, como se vê nesta cota: Arquivo Nacional da Torre do Tombo Arquivo dos Viscondes de Vila Nova de Cerveira, cx 12, n.º 5.

Sobre João Fernandes de Lima diz Alão de Moraes o seguinte: «de quem não sabermos notícia», e é a única verdade. (Cristóvão Alão de Moraes, Pedatura Lusitana, volume I, tomo 1.º, Braga, 1997, p. 228).

Do meu trabalho, intitulado “FAMÍLIA LIMA: 670 Anos de Genealogia e História”, que está em vias de publicação, remeto o verbete sobre o presente biografado.

I – ÁLVARO RODRIGUES DE LIMA, nasceu na Galiza em 1340. Fidalgo galego; Senhor de Sande, das Terras de Entre Dona e Deva, do Castelo de Santa Cruz, da Terra de Sobaponte de Truselos, do Castelo e Terra de Selme, da Terra da Lobeira, do Castelo e Paço de Quintela; partidário do rei D. Pedro I de Castela nas disputas com o seu meio-irmão D. Henrique de Trastâmara (1367 – 1369); foi desapossado de todas as suas terras e propriedades na Galiza pelo rei Henrique II de Castela (1369); partidário do Rei D. Fernando de Portugal durante as chamadas Guerras Fernandinas, na campanha da primeira Guerra com Castela (1369 – 1370); Senhor da vila de Milmanda, de juro e herdado, por carta dada em Santarém (3 de Julho de 1370) ; «leal vassalo» d’El-Rei Dom Fernando de Portugal; passou ao serviço de Portugal; alcaide-mor do castelo de Melgaço (2 de Julho de 1371) . Faleceu «ajudado de peçonha» por ordem do rei Henrique II de Castela. Casou com D. Inês Fernandes de Sottomayor, filha de Fernán Yáñez de Sotomayor e de D. Maria Anes da Nóvoa.

Atenciosamente.

Jofre de Lima Monteiro Alves