Discussão:Bardo

Olá a todos os que já participaram neste esboço e têm, eventualmente, ou não, o artigo vigiado. Fiz a alteração de 'história' para 'estória' porque o bardo não é um historiador e sim um contador de estórias. O melhor exemplo que se pode dar para compreender isto, é a diferença entre Homero e Heródoto. Homero foi um bardo ou aedo muito famoso da Grécia Antiga (todos o conhecem tido como autor da Ilíada e da Odisseia), antigo entre os antigos, que pertenceu à época da oralidade. Nessa altura não havia historiadores nem história. A história surge com o surgimento da escrita e Heródoto, muito posterior a Homero, já é um historiador, por sinal um dos primeiros historiadores senão uma das figuras mais importantes na formação da história. A diferença entre 'estória' e 'história' é que enquanto estória inclui qualquer narrativa, mítica ou lendária, história só diz respeito às narrativas corroboradas por factos e pretende ser uma descrição correcta do que aconteceu no passado. O bardo não é um historiador, é muito anterior ao próprio surgimento de história, uma vez que o bardo, ou aedo, pertence muito caracteristicamente à era da oralidade e não à era da escrita, embora ainda hoje se possam encontrar bardos, em algumas culturas mais tradicionais e antigas, como as dos povos subsaharianos. Sara©SF^msg

O principal encargo do bardo, naturalmente, era atrair a atenção das pessoas e seduzir o público, o que lhe garantia o sustento e a segurança. Para tanto, valia-se do material disponível: sua figura, sua voz e seu repertório, original ou apropriado, no qual não deveriam faltar mensagens laudatórias e estimulantes da cultura local.

O conceito de "bardo", conforme consta dessa página, na versão brasileira, deve ser deslocado, segundo sinto, do conteúdo, que é meramente instrumental, para o continente, que são o objetivo e os meios do agente. A divulgação cultural é acidental, mera consequência da necessidade do bardo atrair a atenção e simpatia do público.