Discussão:Curuá (Pará)

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HISTÓRICO DA VILA CURUÁ

A história da Missão Baré ou Abaré é quase desconhecida por falta de fontes históricas e pesquisadores que se dedicassem a origem histórica da Missão o que se sabe é que Alenquer tem seus fundamentos na Missão que os frades, conhecidos por Capucho da piedade estabeleceram entre os Índios Baré ou Abaré na Fós do Rio Curuá, onde hoje situa-se a Vila Curuá. “Os Capuchos da Piedade chegaram a Amazônia em novembro de 1693, e receberam como campo para suas atividades pastorais e desobriga a parte norte do Rio Amazonas do Xingu até o Trombetas era uma região ainda não atingida pelos Jesuítas, pois aos mesmos coube a parte Sul do Rio Amazonas. O ano de 1964 marca o início dos trabalhos Franciscanos, Capuchos da Piedade entre os Índios Bares quando ocorreu a fundação da Missão Baré segundo o Frei Protázio Frichel, a Missão Baré ou Abaré era uma extensão da Missão Pauxis, que havia sido instalada próxima da Fortaleza Pauxis. Frei Protásio ainda descreve que ali numa pequena serra aproxima-se da beira do rio e na chapada da terra firme, no alto desta serra, construíram os missionários, a Missão. Infelismente esta obra não perdurou. Mesmo antes de 1720. A Missão foi transferida para Surubiú. Não sabemos ao certo quando aconteceu a transferência da Missão Baré para o Paraná – Miri(Alenquer).Segundo alguns historiadores foi em 1729, porém no relatório das Missões de 1720, já figura o nome da Missão Surubiú, tendo como padroeiro Santo Antonio. Em 1758, por ocasião de sua visita no Baixo – Amazonas, o governador Francisco Xavier de Medonça Furtado, irmão do Marquês de pombal, passando pela Missão Baré, extinguiu-a e deu-lhe o título de lugar com o nome de Arcozel. Em 1787 toda a população de Arcozelo foi transplantada para a vila de Óbidos porque essa Vila estava se extinguindo por falta de habitantes ficou então o lugar Arcozelo abandonado, sendo local de esconderijo dos negros escravos fugitivos e outros grupos aventureiros. Apesar do curto período da Missão, os índios Bares ou Abares deixaram sua marca, pois os padres não se preocuparam apenas em salvar almas, mas também com melhores condições de vida dos índios, marcas essas que tem servido até hoje para a navegação, pois os índios cavaram os dois canais “Furo do Baré e o Furo do Pajé”. O Furo do Baré facilitava a comunicação com a Vila Pauxis Óbidos e o Furo do Pajé servia naturalmente para a navegação com as malocas do alto Curuá e com a Missão Manema. Devido ao grande investimento feito é de supor que essas Missões fossem bem habitadas. Segundo Frei Protásio em suas visitas ao longo do Rio Curuá ele encontrou vestígios de aldeamentos indígenas. Segundo o historiador Capriscano de Abreu, existiu a Missão Curuá (Baré) e a Missão Manema, que ficaria um pouco acima, no lugar chamado Campo da Igrejinha. Podemos aceitar a existência destas duas Missões no Curuá, devido as diferencias entre as tribos, as línguas e as culturas. Pois no Baixo Curuá habitavam os Bares que falavam provavelmente o Dialeto Tupi ou Língua Geral, e as cerâmicas são mais finais e melhor trabalhadas aproximando-se no estilo dos índios Tapajônicos, como atesta os vestígios encontrados ainda hoje. No alto Curuá, provavelmente habitavam os Caraibas, devido os nomes como Macupixi e outros e suas Cerâmicas mostram formas rudimentares. Devido a difícil comunicação durante a seca, pois seu lago seca, determino-se a mudança da sede dos Capuchos da Piedade paras outro lugar sadio e farto, como relara o historiador Teodoro Braga, onde com auxílio dos índios do Rio Trombetas fundaram a Missão Surubiú.Como citamos acima a transferência para a Vila de Óbidos dos habitantes de Arcozelos ocorreu em 1787, ficando a região abandonada, sendo refugio de criminosos e de escravos fugitivos que já tinham formado seu quilombo nos Campos Gerais. Os índios que permaneceram na antiga Missão Baré retiraram-se para o alto Rio Curuá e para os Centros indo habitar os rio Cuminã e Maicurú. Durante o tempo da Missão Baré a padroeira da Missão foi Santa Barbosa, segundo relatório das Missões não havendo nenhuma referência a Santo Antônio como Padroeiro da Missão Baré. A atual povoação da Vila Curuá, como diz o historiador Ferreira Penna “ data de 1849, quando morador de Alenquer Sr. Raimundo Simões, que negociava no Rio Curuá, construiu ali uma barraca que logo converteu em casa regular, outros a seu convite a exemplo fizeram o mesmo e em 1853 formou-se a povoação”. O mesmo Ferreira Penna diz:” É na chapada de terra firme em cima da atual povoação, que existia até 1758, a velha aldeia Baré, e nesse ano foi graduada com o título de lugar de Arcozelos”. A exploração dos castanhais, cumaruzais e dos balatais construíram grandemente para o aumento da população da Vila Curuá.

O LUGAR ARCOZELOS TORNA-SE VILA CURUÁ

Com o desenvolvimento e crescimento do povoado, o senador Fulgêncio Simões apresentou o projeto der criação da Vila Curuá o que foi provado em março de 1900, sendo sancionado pelo governador do Estado do Pará na época o Dr. Augusto Montenegro.Instalação da Vila ocorreu em 15 de Agosto de 1900, sendo presidida pelo Intendente de Alenquer, Tenente Coronel Josino Cardoso Monteiro. A segurança da nova Vila, continuou sobre o comando do Major Constantino Pedro Marinho e seu auxiliar, o Capitão Ciriáco Leonardo de Jesus. Essa nova povoação tinha como padroeiro nossa Senhora do Carmo, e logo, pois foi escolhido São Raimundo Nonato como Padroeiro da Vila curuá, não podemos precisar ao certo a época em que se deu essa mudança, nem quais os motivos de tal mudança, por falta de fundamentos históricos. Desde o início do século, com a chegada do Cônego Segundo Bruzzo para Alenquer a Vila Curuá passou a receber regularmente a visita do Pároco com as instruções de Cataquese e desobriga(batizar, casamento, 1 eucaristia).Além da Vila Curuá o Padre também já visitava os povoados do Poção, Macurá , Apolinário e Pacoval, que estava surgindo com a expanção da população em busca de novas explorações de castanhais e balatais e a organização do Quilombo dos negros fugitivos devido as precárias condições da Igreja, uma comissão foi organizada, para a construção de uma nova Igreja de São Raimundo Nonato, tendo como presidente o professor e maestro José Cândido Chaves, a construção da nova Igreja durou vários anos e somente na festa de São Raimundo, em 31 de Agosto de 1917ocorreu a benção solene da nova Igreja que sofreu reformas na época do Frei Edmundo (1940-1944) quando visitava essa Vila. Em 1971, com o fechamento das janelas laterais e colocação de comungol e finalmente a reforma geral ocorrida no período de 1989 a 1991. Por falta de espaço físico no antigo cemitério, a intendência municipal mandou construir um novo lugar Santo, mais para o centro o qual foi inaugurado pelo Cônego Secundo Bruzzo, com Benção Solene no ano de 1919, com a denominação de São Mnoel .O antigo, localizado no morro da Colina continuou, até que em 1987,para a construção do posto telefônico foi totalmente Extinto. Nesse mesmo local, na época da Missão foi iniciado a construção do convento que não passou dos alicerces e permaneceram até a década de 40, segundo a testemunha de Frei Edmundo, que ainda viu os alicerces. Com a saída do Cônego Secundo Bruzzo de alenquer em 1924 somente em 1929 a região do Curuá voltará a ter visita regular de padre. Agora novamente com os Franciscanos da Província de santo Antonio, que permaneceram até 1987, quando passou a ser atendida por padres seculares. A Vila Curuá possui por volta de 4 mil habitantes e desde 1990 possui o Ensino Regular de 5ªa 8ª série,tendo concluída a primeira turma de 1993. Em 7deabrilde1994 foi comemorado o tricentenário da Fundação da Missão Baré.