Discussão:Estrogonofe

Sem querer colocar em causa as versões aqui expostas, quero dizer que conheço uma outra versão segundo a qual uma portuguesa terá tido um papel importante nesta história. Deixo esse contributo:

Refiro-me a D. Juliana Maria Luísa Carolina Sofia de Oyenhausen e Almeida, filha da grande escritora Marquesa de Alorna e do Conde Oyenhausen, austríaco. Juliana era casada com o 2.º conde da Ega, Aires José Maria de Saldanha Albuquerque Coutinho Matos e Noronha. Terá conhecido Gregório Alexandre Ironwisch, conde de Strogonoff, em Madrid, onde o marido era Embaixador. Quando Napoleão invadiu a Península Ibérica, Juliana e o marido, espíritos livres e apoiantes dos ideais da Revolução Francesa, apesar de nobres, acompanharam o General Junot até Lisboa. Junot e Juliana terão sido amantes. Quando a 1ª Invasão termina, vão para Paris com Junot, passando a receber uma generosa pensão de Napoleão. Juliana homenageava os generais franceses com jantares que mandava cozinhar com receitas levadas de Portugal, retirados de uma cópia do livro de receitas da Prioresa do Convento de Alcântara, de quem era amiga. Terá sido desse livro que retirou e confeccionou a famosa receita da Perdiz à Convento de Alcântara, prato cimeiro da "cozinha francesa" desde então. Terá sido num jantar em que estava Junot, que Juliana serviu uma sopa que foi muito apreciada. Como não sabia o nome desse prato, um general de Napoleão propôs que se passasse a chamar "Soupe à la Julienne", nome que ficou para sempre (bem como os legumes "cortados à juliana"). Com a queda de Napoleão e a morte do Conde da Ega, Juliana, impedida de regressar a Portugal, fica em Paris, onde retoma as relações com o Conde de Strogonoff. Este estava em Paris com sérios problemas dentários que o impediam de comer o seu prato de carne preferido, com o molho que é referido no texto. Juliana corta a carne em finas e tenras tiras para que o Conde possa comer o seu prato preferido. Juliana e Gregório Ironwisch casam e regressam à terra de origem do Conde de Strogonoff, na zona de S. Petersburgo. Juliana nunca mais regressou, nem a França nem a Portugal, tendo morrido na Rússia. —o comentário precedente deveria ter sido assinado por Manuel de Azevedo (discussão • contrib)