Discussão:História da Nicarágua

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Cronologia da história da Nicarágua

1821 Independência da Federação da América Central, da qual a Nicarágua faz parte.

1843 Dissolução da Federação da América Central

1909 Tropas americanas invadem a Nicarágua para impedir que o presidente Zelaya construa um concorrente do Canal do Panamá com capitais alemão e japonês. A Nicarágua, devido a isso, se torna uma semicolônia dos EUA.

1912 Tropas americanas intervêm novamente para sufocar uma insurreição nacional dos Liberais, depois da qual uma força permanente de Marines se estabelece na Nicarágua.

1925 Os Marines se retiram da Nicarágua. Dois meses depois a guerra civil começa após os Conservadores quebrarem sua coalizão com os Liberais e darem um golpe. As tropas americanas imediatamente retornam.

1927 Os Liberais concordam em se render sob os termos dos EUA, mas um único líder Libera, General Sandino, se recusa e continua a luta com uma força de 300 homens, no norte.

1932 Com a promessa de que os Marines se retirarão (o que fazem em 1933), Sandino concorda em parar a luta, recebendo promessas de algumas cooperativas camponesas.

1934 Assassinato de Sandino quando ia a um encontro no Palácio Presidencial, em um golpe organizado por Somoza, então chefe da Guarda Nacional, e o embaixador americano.

1936 Somoza sobe ao poder e usa sua posição para se tornar a pessoa mais rica da América Central. Somoza é assassinado em 1956 e é sucedido por seu filho mais velho, que é substituído por seu irmão mais novo depois de sua morte em 1967. Por volta de 1979 a família Somoza tinha uma fortuna de $150 milhões na Nicarágua e mais milhões pelo mundo afora.

1958 Uma nova guerrilha sandinista sob o comando do General Raudeles começa no norte do país.

1962 Fundação da FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional), por Carlos Fonseca Amador, Silvio Mayorga e Tomas Borge. Fonseca era um antigo membro do PSN (o partido comunista pró-Moscou), que se encontrou com Che Guevara em Cuba depois de ser ferido em 1959 nas guerrilhas sandinistas.

1963 A FSLN começa a atividade guerrilheira.

1970 Depois de pesadas derrotas a FSLN suspende toda a atividade militar.

1972 Um terremoto destrói a capital nicaragüense, Manágua.

1974 A FSLN restabelece a atividade militar poucos dias após a formação da União Democrática de Liberação (UDEL), uma 'frente popular' de capitalistas liberais e organizações operárias.

1975 A maioria da FSLN expulsa a 'Tendência Proletária', de Jaime Wheelock, que se opunha a toda aventura militar e defendia que FSLN se insira primeiro no meio do proletariado.

1976 Nova divisão dentro da FSLN entre a majoritária Tendência Terceirista e a Tendência 'Guerra Popular Prolongada' (GPP). Os Terceiristas de Daniel Ortega favorecem ações de comandos, atividades guerrilheiras urbanas similares aos tupamaros uruguaios, uma orientação para uma insurreição antecipada e defendem alianças com seções da burguesia. A GPP de Tomas Borge, queria manter a estratégia de guerrilha rural.

1977 Somoza suspende o estado de emergência depois de aparentemente esmagar a FSLN, mas um mês depois a Tendência Terceirista lança novos ataques. Em novembro a UDEL publica um manifesto em favor da criação de uma alternativa democrática a Somoza que incluísse a FSLN.

1978 Assassinato do líder da UDEL por Somoza e o movimento de ‘La Prensa’ contra o regime. 120 mil vão ao funeral de Chamorro, patrões e sindicatos chamam a greve geral e a FSLN lança mais ataques.

Julho: Formação da FAO, um corpo de oposição que ia das forças do MDN, do industrial milionário Alfonso Robelo, aos Terceiristas da FSLN. Os Terceristas lançam ataques militares enquanto a GPP defende uma maior propagação do trabalho político. Insurreições e greves se espalham pelo país, embora o movimento de setembro em Leon e Esteli seja suprimido com a perda de 6 mil vidas.

Novembro: Os Terceiristas saem da FAO em protesto pela interferência americana nas negociações entre a FAO e Somoza.

1979 Fevereiro: Formação da Frente Patriótica Nacional (FPN), pelos sandinistas, sindicatos, MPU e pequenos grupos burgueses.

Março: Reunificação da FSLN e retomada da sua ofensiva militar no meio do continuado movimento de massas. Novos frontes são abertos.

Junho: Espontânea insurreição na capital, Manágua. Formação no exílio do governo provisório, composto de 3 Sandinistas e 2 capitalistas.

Julho: Entrada dos sandinistas em Manágua marca o fim da guerra civil que matou mais de 50 mil pessoas (2% da população na Nicarágua). Nesta época a FSLN não tinha mais do que 500 membros. Em 20 de julho o governo provisório se torna a Junta Governamental de Reconstrução Nacional (JGRN), com uma maioria de 3 a 2 para os sandinistas e a nacionalização dos bens da família Somoza. Hoje os dois membros capitalistas da junta apóiam os 'Contras'. texto a negrito