Discussão:Nobreza rural

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Último comentário: 20 de agosto de 2013 de 161.24.19.112 no tópico Gentry = Nobreza Rural ?

Gentry = Nobreza Rural ?[editar código-fonte]

Acho que é preciso esclarecer a nomenclatura.

Na Grã-Bretanha, a "nobreza" no sentido estrito é um sinônimo do pariato, i.e. apenas aquelas pessoas que detêm títulos hereditários de duque, marquês, conde (Earl), visconde ou barão, e não são simultaneamente príncipes do Reino Unido (esses últimos pertencem tecnicamente à realeza e não à nobreza). Mais amplamente, costuma-se incluir também na nobreza as esposas (e viúvas) dos detentores dos títulos supracitados (que, por cortesia, usam os títulos dos maridos) e os filhos/filhas deles, que usam também títulos de cortesia ou prefixos honoríficos como Lord/Lady, ou simplesmente The Honourable, conforme a regra que se aplique.

Ao contrário da Alemanha e da França, a condição de nobreza na Inglaterra era originalmente caracterizada na Idade Média não pela administração soberana e responsabilidade pela defesa de um território, mas sim pela convocação (writ) para a participação em Conselhos do Rei (núcleo original do Parlamento). A partir do século XIV entretanto, quando a nobreza inglesa se tornou titular como no sentido do primeiro parágrafo, a admissão a essa classe só é possível por uma carta-patente do monarca criando um título e especificando a regra de sucessão do mesmo (normalmente por primogenitura agnática). Como a concessão de títulos era um favor real muitas vezes ligado à riqueza material do beneficiário, havia uma sobreposição grande entre a nobreza e a classe dos grandes proprietários de terras, mas essa conexão não era automática , nem necessária. A partir do século XVIII, principalmente, tornou-se comum por exemplo elevar à nobreza políticos com senioridade ou chefes militares em reconhecimento por serviços prestados à Coroa e sem vínculo necessário com a aristocracia rural.

Do ponto de vista jurídico, ao contrário também de outros países europeus, o regime feudal de posse de terra começou a entrar em declínio na Inglaterra já a partir do fim da Baixa Idade Média e, em meados do século XVII, seus últimos resquícios já tinham sido totalmente abolidos por lei. Às vésperas portanto da Revolução Inglesa de 1688, os donos de terras na Inglaterra já eram proprietários das mesmas no sentido capitalista do termo, sem nenhuma obrigação feudal associada, e normalmente as arrendavam para pequenos fazendeiros em troca exclusivamente de "rental income". A "Gentry" era uma classe de pessoas abastadas, normalmente também grandes proprietários de terras, mas que, tecnicamente, não pertenciam à nobreza por não possuírem um dos títulos citados no primeiro parágrafo, embora muitos membros da Gentry possuíssem alternativamente títulos honoríficos como baronete ou cavaleiro (que conferia o direito ao uso do prefixo Sir) ou, mesmo não sendo titulados, tivessem algum antepassado na sua árvore genealógica que foi nobre.


No sentido explicado acima, a Gentry na Inglaterra, tem algumas características que se assemelham à nobreza não titulada ou à "baixa nobreza" de outros países europeus, p.ex. um Jonkheer ou Ridder na Holanda/Bélgica, mas com uma conexão histórica particular à classe dos proprietários de terras, e, ao contrário dos exemplos neerlandeses acima (ver Nobreza neerlandesa), sem reconhecimento legal como "nobreza" (entendida na Inglaterra como pariato). 161.24.19.112 (discussão) 20h55min de 20 de agosto de 2013 (UTC)Responder

161.24.19.112 (discussão) 20h55min de 20 de agosto de 2013 (UTC)Responder