Dislipidemia: diferenças entre revisões
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Revisão das 00h04min de 16 de agosto de 2013
Dislipidemia, hiperlipidemia ou hiperlipoproteinemia é a presença de níveis elevados ou anormais de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue. Os lipídios (moléculas gordurosas) são transportados numa cápsula de proteína, e a densidade dos lipídios e o tipo de proteína determinam o destino da partícula e sua influência no metabolismo.
As anormalidades nos lipídios e lipoproteínas são extremamente comuns na população geral, e são consideradas um factor de risco altamente modificável para doenças cardiovasculares, devido à influência do colesterol, uma das substâncias lipídicas clinicamente mais relevantes, na aterosclerose. Algumas formas de dislipidemia podem também predispor à pancreatite aguda.
Existem as dislipidemias primárias, de causa genética e as dislipidemias secundárias, provenientes de outros quadros patológicos, como por exemplo o diabetes mellitus.
Para o diagnóstico são medidos laboratorialmente os níveis plasmáticos de Colesterol total, LDL, HDL e Triglicerídeos.
Tratamento
A modificação na dieta é a abordagem inicial, contudo muitos pacientes necessitam de tratamento com estatinas (inibidores da HMG-CoA redutase) para reduzir o riscos cardiovascular. Se o nível de triglicerídios estiver muito elevado, os fibratos podem ser preferíveis, devido a seus efeitos benéficos nesse tipo de distúrbio. A combinação de estatinas com fibratos é altamente potente e efectiva, mas causa um risco bastante aumentado de dores musculares e rabdomiólise, sendo portanto prescrita em casos selecionados e sob supervisão rigorosa. Outros agentes comumente usados em conjunto com as estatinas são a ezetimiba, o ácido nicotínico e os sequestradores de sais biliares. Há algumas evidências a respeito do benefício de produtos naturais contendo esteróis e ácidos graxos ômega-3[1].
Medidas não Farmacológicas
As alterações na dieta incluem a diminuição da ingestão de gorduras saturadas e de colesterol, aumentando a ingestão de lípidos mono-insaturados, de fibra e de hidratos de carbono complexos. A consulta de um nutricionista costuma revelar-se útil, particularmente para pessoas mais idosas [2]. Como exemplos de comidas com colesterol elevado temos a maioria da comida de origem animal (como bife, ovos, bacon, natas…), gelados, bolos. É costume dizer que “se sabe bem é porque contem colesterol elevado”. O peixe também possui colesterol mas a presença de gorduras poli-insaturadas como os Omega 3 fazem com que seja menos prejudicial já que também aumentam o HDL [3]. O exercício físico causa a redução directa dos valores de LDL em alguns indivíduos, além disso é essencial para controlar o peso corporal e o índice de massa corporal. Como exemplos de exercícios recomendados temos a natação, corrida, marcha ou ténis. [4]
Referências
- ↑ Thompson GR. Management of dyslipidaemia. Heart 2004;90:949-55. PMID 15253984.
- ↑ MERK; Online Medical Library http://www.merck.com/mmpe/sec12/ch159/ch159b.html
- ↑ All About Lowering Cholesterol http://www.all-about-lowering-cholesterol.com/high-cholesterol-foods.html
- ↑ Reduce Cholesterol.com http://www.reducecholesterol.com/lowercholesterolnaturally.html
Ver também
Tratamento não comer carnes gordurosasAs anormalidades nos lipídios e lipoproteínas são extremamente comuns na população geral, e são consideradas um factor de risco altamente modificável para doenças cardiovasculares, devido à influência do colesterol, uma das substâncias lipídicas clinicamente mais relevantes, na