Domingos Faustino Correia

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Domingos Faustino Correa
Domingos Faustino Correia
Nascimento 4 de julho de 1790
Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
Morte 23 de junho de 1873
Taim Rio Grande do Sul, Brasil
Nacionalidade  Brasileiro
Fortuna O inventário mais longo da história do Brasil, 107 anos
Progenitores Mãe: Isabel de Brum da Silveira
Pai: Faustino Manuel Correia
Prêmios Comend. Ordem de Cristo, RS 10/10/1827
Página oficial
https://genealogiacorrea.com.br/

Comendador Domingos Faustino Correa, (Rio Grande, Rio Grande do Sul, 4 de julho de 1790[1]Taim, Rio Grande do Sul, 23 de junho de 1873) foi um nobre brasileiro.

Foi comendador da Ordem de Cristo, agraciado em 10 de outubro de 1827.[2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

O Comendador Domingos Faustino Correa, ou Domingos Faustino Correa de Almeida y Braganza nasceu e viveu no Brasil no século XIX. Deixou como herança o famoso "testamento do Comendador Correa" (de valor incalculável, de bilhões e bilhões de dólares), pelo qual seus pressupostos herdeiros (distribuídos por todo o mundo, mas principalmente no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile) disputaram sua herança frente aos governos sul-americanos.

Pouco antes de falecer, em situação caracterizada como extrema (por ter sofrido desordem mental ou propositalmente intencionado conturbar a situação de seus descendentes), deixou um testamento difícil de ser cumprido. De acordo com este, uma parte de seus bens é deixado a um grupo de pessoas de sua confiança para que o invistam por certo tempo, advertindo-os que após quatro gerações o capital deveria retornar a seus legítimos herdeiros (no caso não mais seus herdeiros, mas sim os herdeiros de seus irmãos).

Um grande combate por seu testamento ocorreu na década de 1970, quando surgiram diversos supostos descendentes, afirmando terem direitos a reclamar por seus bens. Devido porém ao testamento dúbio, os trâmites judiciários surgidos foram complicados. Confrontados por estas dificuldades e ignorantes em seu proceder, o juizo do Rio Grande do Sul decretou seu encerramento e arquivamento, situação em que se encontra desde muitos anos.

Aos 18 anos de idade transladou-se de Portugal ao Brasil, fixando-se em Minas Gerais, onde casou com Leonor María Correa Mirapalheta, com quem não teve filhos (há registros de filhos extraconjugais). Sua riqueza proveio da exploração de minas de ouro e pedras preciosas, por concessão e título de Comendador[2] e Conde de Porto Alegre recebidos de seu tio D. Pedro II. Diz-se também que reuniu tão grande fortuna em armas, pois seu exército (que apoiava o Império Português) era composto de cem mil soldados!

Mais tarde morou no Rio Grande do Sul, onde obteve enormes extensões de terra.

Sua herança foi destinada em usufruto a seus aos bisnetos de seus irmãos José, Juan, Vicente, Cipriana, Andrea, Isabel e Victoria, e aos descendentes dos mesmos. Dentre muitas, as terras por ele deixadas como herança abrangem Lagoa Formosa e Canudos em Arroio Grande, Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande, etc.

Os governos brasileiro e uruguaio apoderaram-se destas terras.

O inventário de Domingos Faustino Correa é considerado o inventário mais longo da história do Brasil.[4]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. do Brasil, Igreja Católica (1738–1952). «Registros de Bastimos da Igreja Católica da Paroquia de Sao Pedro, Rio Grande, RS, Brasil». FamilySearch. Consultado em 28 de maio de 2023 
  2. a b AN - Ordens Honoríficas – Ordem de Cristo – Caixa 787B – Pacote 7 – documento 62 - apud COMENDADOR Domingos Faustino Corrêa. Disponível em: . Acesso em: 07 jan. 2006. Antônio Soares de Paiva (Filho) recebera o hábito da Ordem em 10 de outubro de 1827. Pelos mesmos motivos fora concedida essa comenda a Domingos Faustino Correa, Francisco Xavier de Faria, José de Brum da Silveira, José Inácio da Silveira e José Martins Coelho.
  3. Miranda, Marcia E. (2006). A estalagem e o império: crise do antigo regime, fiscalidade e fronteira na Província de São Pedro (1808-1831) (PDF). Campinas, SP: Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas. Arquivado do original (PDF) em 28 de março de 2017 
  4. Virgilina Edi Gularte dos Santos Fidelis de Palma, Virgilina E. G. S. F. (2001). «O processo de inventário do comendador Domingos Faustino Correa». Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. v. 1, n. 1/2, p. 351–372, 2001. Porto Alegre: 4ª Vara Cível - Comarca de Rio Grande - Estado do Rio Grande do Sul. pp. 18 v. Consultado em 28 de maio de 2023. Arquivado do original em 27 de outubro de 2005. Resumo divulgativo