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Du côté de chez Swann

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Du côté de chez Swann
Um amor de Swann [PT]
No caminho de Swann [BR]
Autor(es) Marcel Proust
Idioma Francês
País  França
Gênero Romance
Série Em Busca do Tempo Perdido
Editora Bernard Grasset
Lançamento 1913
Edição portuguesa
Tradução Álvaro Simões
Editora Livros do Brasil
Lançamento 1945?
Páginas 180
Edição brasileira
Tradução Mario Quintana
Editora Globo
Lançamento 1948
Páginas 349
Cronologia
À l'ombre des jeunes filles en fleurs

Du côté de chez Swann é o primeiro volume do romance de Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido. Compõe-se de três partes, cujos títulos são:

  • Combray
  • Um amor de Swann
  • Nome de terras: o nome.[1]

Proust começa a redigir « Combray » ininterruptamente na virada de maio para junho de 1909. Uma pré-publicação de fragmentos de « Combray » apareceu em Le Figaro entre março de 1912 e março de 1913. O primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido foi recusado por diversas editoras, entre elas a Gallimard, tendo sido publicado pela Grasset por conta do autor em 14 de novembro de 1913.

Combray (nome literário dado por Proust à sua aldeia de infância, Illiers, rebatizada após sua morte como Illiers-Combray) é conjunto de reminiscências que abre Em Busca do Tempo Perdido. O narrador, adulto, sonha com os diferentes quartos onde dormiu no decorrer de sua vida, em particular aquele de Combray, onde passava as férias quando criança. Aquele quarto encontrava-se na casa de sua tia-avó.

O narrador recorda como a hora de dormir era uma tortura para ele, significando que passaria uma noite inteira longe de sua mãe, o que o angustiava ao extremo. Durante muito tempo, este era o único episódio de que se lembrava das estadias na casa da tia-avó. Até que um dia a mãe oferece uma xícara de chá com madalenas, que ele de início recusa mas acaba aceitando. Foi assim que, anos após sua infância, o chá e a madalena nele mergulhada o fizeram recordar toda a parte de sua vida passada em Combray:

… e toda a Combray e seus arredores, tudo isso que toma forma e solidez, saiu, cidade e jardins, de minha taça de chá.

Essa parte da vida do narrador não é marcada apenas pelo drama de ir dormir. Foi a época em que despertou para os sentidos (o cheiro dos pilriteiros, a vista da natureza ao redor de Combray, durante os passeios com a família), para a leitura (os romances de Bergotte, autor fictício que será também personagem do romance). O narrador passeia de uma parte à outra de Combray com a família: do lado de Méseglise, ou do lado de Guermantes se o tempo permite. Ele adora sua mãe e avó, mas mais globalmente sua família aparece como um casulo dentro do qual o narrador criança se sente feliz, protegido e mimado.

Um amor de Swann é um parêntese na vida do narrador. Relata a grande paixão sentida por Charles Swann (que encontramos na primeira parte como vizinho e amigo da família) por uma cortesã, Odette de Crécy. Nesta parte, vemos um Swann apaixonado mas torturado pelos ciúmes e desconfiança em relação a Odette. Os dois amantes vivem cada um em sua casa, e quando Swann está distante da amada, é assolado pela inquietude e se pergunta o que estará fazendo Odette, se não estaria em via de o trair. Odette frequenta o salão dos Verdurin, casal de ricos burgueses que recebem todas as noites um círculo de amigos para jantarem, conversarem e ouvirem música. Num primeiro momento, Swann junta-se a Odette nesse meio, mas certa noite comete o erro de desagradar a Verdurin e se afasta dos saraus organizados em sua casa. Agora tem cada vez menos oportunidades de ver Odette e sofre terrivelmente, depois pouco a pouco se recupera de seu drama e se surpreende:

E dizer que eu estraguei anos inteiros de minha vida, que desejei a morte, que tive o meu maior amor, por uma mulher que não me agradava, que não era o meu tipo!

Este parêntese não é casual. Ele prepara a parte de “A Busca do Tempo Perdido” em que o herói conhecerá sofrimentos semelhantes aos de Swann.

“Nome de terras: o nome” começa por um devaneio sobre os quartos de Combray e aquele do grande hotel de Balbec (era assim que Proust chamava a aldeia de Cabourg). Adulto, o narrador compara, diferencia esses quartos. Recorda que, quando jovem, sonhava com os nomes de diferentes lugares, como Balbec, mas também Veneza, Parma ou Florença. Ele adoraria descobrir a realidade que se ocultava por trás desses nomes, mas o médico da família desaconselha qualquer projeto de viagem devido a uma febre contraída pelo jovem narrador. Ele deveria então permanecer em seu quarto parisiense (seus pais moravam perto da Champs-Élysées) e só podia fazer passeios em Paris com sua avó ou sozinho. Foi lá que travou conhecimento com Gilberte Swann, que já havia avistado em Combray. Tornou-se amigo dela e se apaixonou por ela. Sua grande ocupação a esta altura era brincar com ela e suas amigas num jardim próximo da Champs-Élysées. Ele observa os trajes de uma senhora elegante que não passa de Odette Swann, que se tornou esposa de Swann e mãe de Gilberte.

Referências

  1. Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido, Volume I, tradução Mario Quintana, 3a edição revista, 2006.