Dunga Rodrigues

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Maria Benedita Deschamps Rodrigues
Conhecido(a) por Dunga Rodrigues
Nascimento 15 de julho de 1908
Cuiabá
Morte 08 de janeiro de 2001
Santos

Maria Benedita Deschamps Rodrigues, também conhecida como Dunga Rodrigues, (Cuiabá, 15 de julho de 1908 - Santos, 08 de janeiro de 2001) foi professora, musicista, memorialista e escritora.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Desde de sua juventude empenhou-se a literatura e a música. Destacou-se, como historiadora e escritora em Mato Grosso no século passado, sendo uma importante contribuinte para a cultura e literatura mato-grossense onde chegou a ocupar uma cadeira na Academia Mato-grossense de Letras em um período predominantemente masculino.[1]

Dunga Rodrigues dava aulas de francês e música, realizou recitais, além de ter escrito vários livros sobre a cultura e história de Cuiabá e Mato Grosso. Outro ponto a se destacar sobre Dunga Rodrigues foi o fato de ela ser membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Era conhecida por ser contadora de histórias sobre a cultura e folclore da região cuiabana, [1] além de profunda conhecedora do rasqueado, patrimônio imaterial cuiabano.[2]

Dunga Rodrigues e o poeta Airton Reis compartilharam momentos em palcos recitando poesias e músicas juntos, além disso o poeta escreveu um livro sobre seus 90 anos. A artista plástica Maria Aparecida Acosta, também escreveu um livro sobre Dunga, destacando que ela era uma pessoa alegre e comunicativa, deixando um grande legado cultural através de seus livros e música.[1]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Filha de Firmo José Rodrigues e de Maria Rita Deschamps Rodrigues, o pai exercia carreira militar além de ser uma pessoa influente na cidade. Era escritor e professor militante, tendo ingressado posteriormente na carreira política. Dunga Rodrigues vinha de uma família com boa condição financeira, o que a possibilitou realizar várias viagens nacionais e internacionais. A admiração por seu pai foi uma grande influência em sua intelectualidade e sua sensibilidade humana.[3]

Dunga Rodrigues faleceu no dia 08 de janeiro de 2001, no Dia de Reis. Estava em Santos (SP), onde passava por um processo de recuperação de problemas cardíacos que fizeram com que ela fosse hospitalizada dias antes do falecimento. Após a alta do hospital, sua saúde piorou, levando à sua morte. Dunga Rodrigues teve seu corpo cremado e suas cinzas foram trazidas para Cuiabá onde foram sepultadas.[3]

Lista de obras[editar | editar código-fonte]

  • Uma aventura em Mato Grosso (1984),
  • Reminiscências de Cuiabá, em comemoração aos 250 anos de Cuiabá
  • Marphysa, romance folclórico cuiabano
  • Os Vizinhos, Cuiabá: roteiro de lendas
  • Memória Musical da Cuiabania (em 4 volumes)
  • Lendas de Mato Grosso
  • Cuiabá ao longo de cem anos, em coautoria com Maria de Arruda Müller
  • Colcha de Retalhos e Movimento musical em Cuiabá.[4]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  1. a b c Elizabeth Madureira Siqueira, Elizabeth. «Dunga Rodrigues». Consultado em 13 de setembro de 2023 
  2. MARQUES; OLIVEIRA, Ana Maria; Dorit (setembro, 2014). «DUNGA RODRIGUES: A MUSICISTA CUIABANA EM DOCUMENTÁRIO» (PDF). Universidade da Beira Interior. Doc. Online (16). Consultado em 24 outubro de 2023 
  3. a b BARRETO, NEILA. «Maria Benedita Deschamps Rodrigues- Dunga Rodrigues». Consultado em 23 de outubro de 2023 
  4. «Dunga Rodrigues [Professora, Musicista, Historiadora e Escritora Brasileira]». Junho 21, 2012. Consultado em 23 de outubro de 2023