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Egito: diferenças entre revisões

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{{Coor dms|display=title|26|2||N|29|13||E|tipo=country|escala=10000000}}
{{Info/País
|nome_nativo = <big> جمهورية مصر العربية</big><br /><small>''{{unicode|(Gumhūriyyat Miṣr al-ʿArabiyyah)}}''</small>
|nome_longo_convencional = República Árabe do Egito
|preposição = do
|nome_pt = República Árabe do Egito
|imagem_bandeira= Flag of Egypt.svg
|descrição_bandeira = Bandeira do Egito
|leg_bandeira = [[Bandeira do Egito|Bandeira]]
|imagem_brasão = Coat of arms of Egypt.svg
|descrição_brasão = Brasão de armas do Egito
|leg_brasão = [[Brasão de armas do Egito|Brasão de armas]]
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|hino = ''[[Bilady, Bilady, Bilady]]''
|gentílico = egípcio (a),<br/>egipciano (a),<br/>egipcíaco (a). <ref name="Egito">{{citar web|url=http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=gentilicos&act=list&search=Egito|título=Dicionário de Gentílicos e Topónimos (Egito)|autor=[[Instituto de Linguística Teórica e Computacional|ILTEC]]|data=|publicado=[[Portal da Língua Portuguesa]]|acessodata=[[11 de fevereiro]] de [[2011]]}}</ref>
|localização = Egypt (orthographic projection).svg
|localização_legenda = Localização do Egito (em verde) no [[continente]] [[África|africano]]
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|capital = [[Cairo]]
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|tipo_governo = República [[Semipresidencialismo|Semipresidencialista]]
|título_líder1 = [[Exército Egípcio|Presidente do Conselho Supremo das Forças Armadas]]
|nome_líder1 = [[Mohamed Hussein Tantawi]]
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|título_líder3 = [[Primeiro-ministro]]
|nome_líder3 = [[Essam Sharaf]]
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|título_líder5 = Presidente do Supremo Tribunal Constitucional
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|evento_tipo = [[História do Egito|Formação]]
|evento1 = [[I dinastia egípcia|Primeira dinastia]]
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|área_total = 1 002 450
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|IDH_categoria = {{médio}}<!-- Nova Metodologia no cálculo do IDH --><ref>{{citar web|url=http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3600&lay=pde|titulo=Ranking do IDH 2010|acessodata=4 de novembro de 2010|publicado=PNUD}}</ref>
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O {{PBPE-AO|Egito|Egipto'''<ref>{{citar web|url=http://www.flip.pt/tabid/325/Default.aspx?DID=4851|título=Dúvida Línguística — Egipto / Egito|autor=Pedro Mendes|data=[[1 de Fevereiro]] de [[2011]]|publicado=[[FLiP]] — [[Priberam]] Informática, S.A.|acessodata=[[11 de Fevereiro]] de [[2011]]}}</ref>''' |Egito}}<ref name="Egito"/> (em [[Língua egípcia|egípcio]]: ''Kemet''; em [[Língua copta|copta]] Ⲭⲏⲙⲓ, [[Transliteração|transl.]] ''Kīmi''; em {{lang-ar|مصر}}, transl. ‎''Miṣr'', nome oficial: '''República Árabe do Egito''' transl. ''Jumhuriyah Misr al-'Arabiyah''<ref name = gdm>[http://www.guiadelmundo.org.uy/cd/ Guia del Mundo 2007], acessado em 07 de fevereiro de 2011</ref>) é um país do norte da [[África]] que inclui também a [[Sinai|península do Sinai]], na [[Ásia]], o que o torna um [[nação transcontinental|estado transcontinental]].

Com uma área de cerca de {{fmtn|1001450|km²}}, o Egito limita a oeste com a [[Líbia]], a sul com o [[Sudão]] e a leste com a [[Faixa de Gaza]] e [[Israel]]. O litoral norte é banhado pelo [[mar Mediterrâneo]] e o litoral oriental pelo [[mar Vermelho]]. A península do Sinai é banhada pelos [[golfo]]s de [[golfo de Suez|Suez]] e [[golfo de Aqaba|de Acaba]]. A sua [[capital]] é a [[cidade]] do [[Cairo]].

O Egito é um dos países mais populosos de África. A grande maioria da população, estimada em 80 milhões de habitantes (2007), vive nas margens do [[rio Nilo]], praticamente a única área não desértica do país, com cerca de {{fmtn|40000|kmª}}; O [[deserto da Líbia|da Líbia]], a oeste, o [[Deserto Arábico|Arábico ou Oriental]], a leste, ambos parte do [[deserto do Saara|Saara]], e o [[Deserto do Sinai|do Sinai]], têm muito pouca população. Cerca de metade da população egípcia vive nos centros urbanos, em especial no Cairo, em [[Alexandria]] e nas outras grandes cidades do [[Delta do Nilo]], de maior [[densidade populacional|densidade demográfica]].

O país é conhecido pela sua [[Antigo Egito|antiga civilização]] e por alguns dos monumentos mais famosos do mundo, como as [[pirâmides de Gizé]] e a [[Esfinge de Guizé|Grande Esfinge]]. A sul, a cidade de [[Luxor]] abriga diversos sítios antigos, como o [[templo de Karnak]] e o [[vale dos Reis]]. O Egito é reconhecido como um país politica e culturalmente importante do [[Médio Oriente]] e do [[Norte de África]].

Os [[gentílico]]s para o país são "egípcio", "egipciano" e "egipcíaco" <ref name="Egito"/>, embora as últimas formas raramente sejam usadas.

== Etimologia ==
{{mais informações|[[Antigo Egito#Os nomes do Egito|Os nomes do Egito]]}}
{|align="left"
|{{Hiero|''km.t'' (''Kemet'') |<hiero>km-m-t:niwt</hiero> |align=left |era=default}}
|}

Um dos antigos nomes egípcios para o país, ''Kemet'' (''kṃt''), ou "terra negra" (de ''kem'', "negro"), advém do solo fértil negro depositado pelas cheias do Nilo, distinto da "terra vermelha" (''dechret'', ''dšṛt'') do [[deserto]]. O nome passou às formas ''kīmi'' e ''kīmə'' na fase copta da língua egípcia e aparece no [[Língua grega antiga|grego]] primitivo como ''Χημία'' (''Khēmía''). Outro nome era ''t3-mry'' ("terra da ribeira"). Os nomes do [[Alto Egito|Alto]] e do [[Baixo Egito|Baixo]] Egito eram ''Ta-Sheme'aw'' (''t3-šmˁw''), "terra da [[Cyperaceae|junça]]", e ''Ta-Mehew'' (''t3 mḥw'') "terra do norte", respetivamente.

''Miṣr'', o nome {{ling|ar}} moderno e oficial para o país, é de origem [[Línguas semíticas|semita]], diretamente relacionado com outros termos semíticos para o Egito, como o [[língua hebraica|hebraico]] מִצְרַיִם (''Mizraim''), literalmente "os dois estreitos" (referência ao Alto e Baixo Egitos).<ref name="hebrewname">[http://www.ancient-hebrew.org/emagazine/011.html Biblical Hebrew E-Magazine. Janeiro de 2005]</ref> A palavra possuía originalmente a conotação de "metrópole" ou "civilização" e também significa "país" ou "terra de fronteira".

O termo {{ling|pt}} "Egito" deriva do grego antigo ''Αίγυπτος'' (''Aígyptos''), por meio do {{ling|la}} ''Aegyptus'', e já era registado no [[vernáculo]] no [[século XIII]].<ref>[[Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa]].</ref>{{verificar fontes}} A forma grega, por sua vez, advém do egípcio ''Ha-K-Phtah'', "morada de [[Ptah|Ptá]]", denominação de [[Mênfis]], capital do [[História do Antigo Egito#Antigo Império|Antigo Império]].<ref>[[Enciclopédia Mirador|Enciclopédia Mirador Internacional]], verbete "Egito".</ref>

== História ==
{{artigos principais|[[História do Antigo Egito]], [[História do Egito]]}}

[[Ficheiro:All Gizah Pyramids.jpg|thumb|esquerda|[[Pirâmides de Gizé|Pirâmides de Guiza]] (ou Gizé),<ref>Este artigo tem como referência, em relação aos nomes de lugares e de pessoas, a grafia adoptada na obra ''Dicionário do Antigo Egito'', dir. Luís Manuel de Araújo. Lisboa: Editorial Caminho, 1999. {{ISBN|972-21-1447-6}}.</ref> um dos monumentos mais emblemáticos do [[Antigo Egito]].]]

Os vestígios de ocupação humana no vale do Nilo desde o [[Paleolítico]] assumem a forma de artefatos e [[petróglifo]]s em formações rochosas ao longo do rio e nos [[oásis]]. No {{AC|décimo milénio}}, uma cultura de [[caçador-coletor|caçadores-recoletores]] e de pescadores substituiu outra, de moagem de grãos. Em torno de {{AC|8000}}, [[mudança do clima|mudanças climáticas]] ou o abuso de pastagens começou a ressequir as terras pastoris do Egito, de modo a formar o Saara. Povos tribais migraram para o Vale do Nilo, onde desenvolveram uma [[economia]] [[agricultura|agrícola]] sedentária e uma [[sociedade]] mais centralizada.<ref>Midant-Reynes, Béatrix. ''The Prehistory of Egypt: From the First Egyptians to the First Kings''. Oxford: Blackwell Publishers.</ref>

Por volta de {{AC|6000}}, a agricultura organizada e a construção de grandes edifícios havia surgido no Vale do Nilo. Durante o [[Neolítico]], diversas culturas pré-dinásticas desenvolveram-se de maneira independente no Alto e no Baixo Egito. A [[cultura badariense]] e a sua sucessora, a [[cultura nagadiense|nagadiense]], são consideradas as precursoras da [[Antigo Egito|civilização egípcia dinástica]]. O sítio mais antigo conhecido no Baixo Egito, Merimda, antecede os badarienses em cerca de setecentos anos. As comunidades do Baixo e do Alto Egitos coexistiram por mais de dois mil anos, mantendo-se como culturas separadas, mas com contatos comerciais frequentes. Os primeiros exemplos de inscrições [[hieróglifo|hieroglíficas]] egípcias apareceram no período pré-dinástico, em artefatos de [[cerâmica]] de Nagada III datados de cerca de {{AC|3200|x}}<ref>Bard, Kathryn A. Ian Shaw, ed. ''The Oxford Illustrated History of Ancient Egypt''. Oxford: Oxford University Press, 2000. p. 69.</ref>

{|align="left"
|{{Hiero|''tAwy'' ('Duas Terras') |<hiero>N16:N16</hiero> |align=right |era=default}}
|}

Cerca de {{AC|3150|x}}, o [[Menés|Rei Mena]] (ou Menés) fundou um reino unificado e estabeleceu a primeira de uma sequência de dinastias que governaria o Egito pelos três milênios seguintes. Posteriormente, os egípcios passaram a referir-se a seu país unificado com o termo ''tawy'', "duas terras" e, em seguida, ''kemet'' (''kīmi'', em copta), "terra negra". A cultura egípcia floresceu durante este longo período e manteve traços distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egito unificado seguiram-se o período do [[Império Antigo]] (c. {{AC|2700-2200|x}}), famoso pelas pirâmides, em especial a [[pirâmide de Djoser]] ([[III dinastia egípcia|III Dinastia]]) e as [[pirâmides de Gizé]] ([[IV dinastia egípcia|IV Dinastia]]).

[[Ficheiro:Egypt.Giza.Sphinx.02.jpg|thumb|esquerda|A [[Esfinge de Guizé|Grande Esfinge]] e as [[pirâmides de Gizé]], erguidas durante o [[Império Antigo]], são hoje ícones nacionais no centro da indústria egípcia do turismo.]]

O [[História do Antigo Egito#Primeiro Per.C3.ADodo Interm.C3.A9dio|Primeiro Período Intermédio]] foi uma época de distúrbios que durou cerca de 150 anos. Mas as cheias mais vigorosas do Nilo e a estabilização do governo trouxeram prosperidade ao país no [[Império Médio]] (c. {{AC|2040|x}}), que atingiu o zénite durante o reinado do [[Faraó]] [[Amenemhat III]]. Um segundo período de desunião prenunciou a chegada da primeira dinastia estrangeira a governar o Egito, a dos [[hicsos]] [[semitas]]. Estes invasores tomaram grande parte do Baixo Egito por volta de {{AC|1650}} e fundaram uma nova capital, em [[Aváris]]. Foram expulsos por uma força do Alto Egito chefiada por [[Ahmés|Amósis I]], quem fundou a [[XVIII dinastia egípcia|XVIII Dinastia]] e transferiu a capital de [[Mênfis]] para [[Tebas (Egito)|Tebas]], a atual [[Luxor]].

O [[Império Novo]] (c. {{AC|1550-1070|x}}) teve início com a XVIII Dinastia e marcou a ascensão do Egito como potência internacional que, no seu auge, se expandiu para o sul até Jebel Barkal, na [[Núbia]], e incluía partes do [[Levante (Mediterrâneo)|Levante]], no leste. Alguns dos faraós mais conhecidos pertencem a este período, como [[Hatchepsut]], [[Tutmés III]], [[Akhenaton]] e sua mulher [[Nefertiti]], [[Tutancâmon|Tutankhamon]] e [[Ramsés II]]. A primeira expressão do [[monoteísmo]] é desta época, com o [[aton]]ismo. O país foi posteriormente invadido por líbios, núbios e [[assíria|assírios]], mas terminou por expulsá-los a todos.

A [[XXX dinastia egípcia|XXX Dinastia]] foi a última de origem nativa a governar o país durante a era dos faraós. O último faraó nativo, [[Nectanebo II]], foi derrotado pelos [[Império Aquemênida|persas aqueménidas]] em {{AC|343}} Posteriormente, o Egito foi conquistado pelos [[Egito ptolemaico|gregos]] e, em seguida, pelos [[Egito (província romana)|romanos]], num total de mais de dois mil anos de controlo estrangeiro.
[[Ficheiro:Cairo, Old Cairo, Hanging Church, Egypt, Oct 2004.jpg|thumb|upright|Construída pela primeira vez no [[século III]] ou [[século IV|IV]], a [[Igreja Suspensa]] é a mais famosa [[igreja Ortodoxa Copta|igreja ortodoxa copta]] do Cairo.]]

O [[cristianismo]] foi trazido ao Egito por [[São Marcos]] no [[século I|primeiro século]] da era cristã. O reinado de [[Diocleciano]] marcou a transição entre os [[Império Romano|Impérios Romano]] e [[Império Bizantino|Bizantino]] no país, quando um grande número de cristãos foi perseguido. Naquela altura, o [[Novo Testamento]] foi traduzido para a língua egípcia. Após o [[Concílio de Calcedónia]], em [[451]], uma [[Igreja Ortodoxa Copta|Igreja Copta Egípcia]] foi firmemente estabelecida.<ref>Kamil, Jill. ''Coptic Egypt: History and Guide''. Cairo: Universidade Americana do Cairo, 1997. p. 39</ref>

Os bizantinos recuperaram o controlo do país após uma breve invasão persa no início do [[século VII]], mantendo-o até [[639]], quando o Egito foi tomado pelos [[árabes]] [[Islão|muçulmanos]] [[sunismo|sunitas]]. Os egípcios começaram então a misturar a sua nova fé com crenças e práticas locais que sobreviveram através do cristianismo copta, o que deu origem a diversas ordens [[sufismo|sufistas]] que existem até hoje.<ref>El-Daly, Okasha. ''Egyptology: The Missing Millennium''. London: UCL Press, [[2005]]. p. 140</ref> Os governantes muçulmanos eram nomeados pelo [[Califado]] islâmico e mantiveram o controlo do país pelos seis séculos seguintes, inclusive durante o período em que o Egito foi a sede do Califado [[fatímidas|fatímida]]. Com o fim da [[Aiúbidas|dinastia aiúbida]], a casta militar [[turcos|turco]]-[[Circassianos|circassiana]] dos [[mamelucos]] tomou o poder em [[1250]] e continuou a governar até mesmo após a conquista do Egito pelos [[Império Otomano|turcos otomanos]] em [[1517]].

A breve invasão [[França|francesa]] do Egito em [[1798]], chefiada por [[Napoleão Bonaparte]], resultou num grande impacto no país e em sua cultura. Os egípcios foram expostos aos princípios da [[Revolução Francesa]] e tiveram a oportunidade de exercitar o auto-governo.<ref>Vatikiotis, P.J. ''The History of Modern Egypt''. 4a. edição. Baltimore: Johns Hopkins University, 1992, p. 39</ref> À retirada francesa seguiu-se uma série de [[guerra civil|guerras civis]] entre os turcos otomanos, os mamelucos e [[mercenário]]s [[albaneses]], até que [[Mehmet Ali]], de origem albanesa, tomou o controlo do país e foi nomeado vice-rei do Egito pelos otomanos em [[1805]]. Ali promoveu uma campanha de obras públicas modernizadoras, como projetos de irrigação e reformas agrícolas, bem como uma maior industrialização do país, tarefa continuada e ampliada por seu neto e sucessor, [[Ismail Paxá]].
[[Ficheiro:SuezCanalKantara.jpg|thumb|esquerda|Gravura de 1869 mostrando os primeiros barcos que usaram o [[canal de Suez]] entre Kantara and El-Fedane.]]

A Assembleia dos Delegados foi fundada em [[1866]] com funções consultivas e veio a influenciar de maneira importante as decisões do governo.<ref>Jankowski, James. ''Egypt: A Short History.'' Oxford: Oneworld Publications, 2000. p. 83</ref> A abertura do [[canal de Suez]] pelo [[Quediva]] Ismail, em [[1869]], tornou o Egito um centro mundial de transporte e comércio, mas fez com que o país contraísse uma pesada dívida junto às [[potência]]s europeias. Como resultado, o [[Reino Unido]] tomou o controlo do governo egípcio em [[1882]] para proteger os seus interesses financeiros, em especial os relativos ao canal.

Logo após intervir no país, o Reino Unido enviou tropas para Alexandria e para a zona do canal, aproveitando-se da fraqueza das forças armadas egípcias. Com a derrota do exército egípcio na batalha de Tel el-Kebir, as tropas britânicas alcançaram o Cairo, eliminaram o governo nacionalista e dissolveram as forças armadas do país. Tecnicamente, o Egito permaneceu como uma província otomana até [[1914]], quando o Reino Unido derrubou [[Abbas II do Egito|Abbas II]], último quediva egípcio, e formalmente declarou o Egito um protetorado seu. [[Hussein Kamil]], tio de Abbas, foi então nomeado [[sultão]] do Egito.<ref>Jankowski, ''op cit''., p. 111</ref>

Entre 1882 e 1906, surgiu um movimento [[nacionalismo|nacionalista]] que propunha a independência. O Incidente de Dinshaway (em que soldados britânicos abriram fogo contra um grupo de egípcios) levou a oposição egípcia a adoptar uma posição mais forte contra a ocupação do país pelo Reino Unido. Fundaram-se os primeiros [[partido político|partidos políticos]] locais. Após a [[Primeira Guerra Mundial]], Saad Zaghlul e o Partido Wafd chefiaram o movimento nacionalista egípcio, ganhando a maioria da assembleia legislativa local. Quando os britânicos exilaram Zaghlul e seus correligionários para [[Malta]] em [[8 de Março]] de [[1919]], o país levantou-se na primeira revolta de sua história moderna. As constantes rebeliões por todo o país levaram o Reino Unido a proclamar, unilateralmente, a independência do Egito, em [[22 de Fevereiro]] de [[1922]].<ref>Jankowski, ''op cit''., p. 112</ref>
[[Ficheiro:Fatah-Nasser meeting.jpg|thumb|esquerda|upright=0.75|O presidente egípcio [[Gamal Abdel Nasser|Nasser]] recebe pela primeira vez uma delegação da [[Fatah]], oito meses depois de [[Yasser Arafat]] ter assumido a liderança daquela organização, em 1969.]]

O novo governo egípcio promulgou uma [[constituição]] em 1923, com base num [[Parlamentarismo|sistema parlamentarista]] representativo. Saad Zaghlul foi eleito para o cargo de [[primeiro-ministro]] pelo voto popular, em 1924. Em [[1936]], foi assinado o [[tratado]] anglo-egípcio, pelo qual o Reino Unido se comprometia a defender o Egito e recebia o direito de manter tropas no canal de Suez. A continuidade da ingerência britânica no país e o aumento do envolvimento do rei do Egito na política levaram à queda da [[monarquia]] e à dissolução do parlamento, por meio de um golpe militar conhecido como a Revolução de [[1952]]. Este "Movimento dos Oficiais Livres" forçou o [[Faruk do Egito|Rei Faruk]] a abdicar em favor do seu filho [[Fuad II do Egito|Fuad]].

A [[República]] do Egito foi proclamada em [[18 de Junho]] de [[1953]], presidida pelo General [[Muhammad Naguib]]. Em [[1954]], [[Gamal Abdel Nasser]] — o verdadeiro arquiteto do movimento de 1952 — forçou Naguib a renunciar, colocando-o em prisão domiciliária. Nasser assumiu a presidência e declarou a total independência do Egito com relação ao Reino Unido, em 18 de Junho de 1956, com a conclusão da retirada das tropas britânicas. Em [[26 de Julho]] daquele ano, nacionalizou o canal de Suez, deflagrando a chamada [[Guerra do Suez|Crise do Suez]].

[[Ficheiro:View from Cairo Tower 31march2007.jpg|thumb|Vista do [[Cairo]], a maior cidade da África e do [[Médio Oriente|Oriente Médio]].]]

Nasser faleceu em 1970, três anos após a [[Guerra dos Seis Dias]], na qual Israel invadiu e ocupou a peninsula do Sinai. Sucedeu-o [[Anwar Al Sadat]], que afastou o país da [[União das Repúblicas Socialistas Soviéticas|União Soviética]] e o aproximou dos [[Estados Unidos]], expulsando os conselheiros soviéticos em 1972. Promoveu uma reforma económica chamada "Infitá" e suprimiu de maneira violenta tanto a oposição política quanto a religiosa.

Em [[1973]], o Egito, juntamente com a [[Síria]], deflagrou a [[Guerra do Yom Kipur|Guerra de Outubro]] (ou do Yom Kippur), um ataque-surpresa contra as forças israelitas que ocupavam a península do Sinai e as [[colinas de Golã]]. Os EUA e a URSS intervieram e chegou-se a um cessar-fogo. Embora não tenha resultado num sucesso militar, a maioria dos historiadores concorda que o conflito representou uma vitória política que lhe permitiu posteriormente recuperar o Sinai em troca da paz com Israel.

A histórica visita de Sadat a Israel, em [[1977]], levou ao [[Acordos de Camp David|tratado de paz]] de [[1979]], que estipulava a retirada israelita completa do Sinai. A iniciativa de Sadat causou enorme controvérsia no [[árabes|mundo árabe]] e provocou a expulsão do Egito da [[Liga Árabe]], embora fosse apoiada pela grande maioria dos egípcios.<ref>Vatikiotis, p. 443</ref> Um soldado [[fundamentalismo islâmico|fundamentalista islâmico]] assassinou Sadat no Cairo, em [[1981]]. Sucedeu-o [[Hosni Mubarak]]. Em [[2003]], foi lançado o "Movimento Egípcio pela Mudança", que busca o retorno à [[democracia]] e a ampliação das [[direitos individuais|liberdades civis]]. A partir o dia [[25 de janeiro]] até [[11 de fevereiro]] de [[2011]], o país assistiu a [[Revolução no Egito em 2011|massivos protestos populares]] contra o governo de [[Hosni Mubarak]].

Em 11 de Fevereiro de 2011, Hosni Mubarak anuncia sua renúncia.

== Geografia ==
{{artigo principal|[[Geografia do Egito]]}}

[[Ficheiro:Egypt sat.png|thumb|esquerda|upright=0.85|[[Imagem de satélite]] do Egito, parte da ''[[The Map Library]]''.]]

Com uma área de {{fmtn|1001450|km²}},<ref>{{link|en|https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2147rank.html|Lista ordenada de países, CIA}}</ref> o Egito é o [[Anexo:Lista de países e territórios por área|29º maior do mundo]], um pouco maior do que o [[Unidades federativas do Brasil|estado brasileiro]] do [[Mato Grosso]] e duas vezes o território da [[França]]. Entretanto, devido à aridez do clima do país, os centros urbanos estão concentrados ao longo do estreito vale do [[rio Nilo]] e no [[Delta do Nilo]], razão pela qual 99% da [[população]] egípcia usam apenas 5,5% da área total.<ref>{{Citar web|url=http://www.oceandocs.org/bitstream/1834/383/1/Hamza.pdf|titulo=Land use and Coastal Management in the third Countries; Egypt as a case|primeiro=Waleed|ultimo=Hamza|acessodata=2010-07-03|obra=www.oceandocs.org|publicado=Departamento de Biologia da [[Universidade dos Emirados Árabes Unidos|Universidade]] dos [[Emirados Árabes Unidos]]|lingua2=en|arquivourl=http://www.oceandocs.org/bitstream/1834/383/1/Hamza.pdf|arquivodata=2010-07-03|formato=pdf}}</ref>

As inundações do [[Rio Nilo]] foram o fundamento da economia do país durante milênios. Tal fenômeno foi alterado pela construção da [[Represa de Assuã]], que apesar de controverso, e ter causado deslocamento massivo, trouxe se benefícios para a agricultura, pois permitiu o cultivo de novas culturas como algodão e cana-de-açucar, além de beneficiar as culturas tradicionais como trigo, arroz e milho, além disso a geração da energia hidrelétrica permitiu algum desenvolvimento industrial<ref name = emc>Enciclopédia do Mundo Contemporâneo, 3ª Ed. rev e atualizada - São Paulo Publifolha, Rio de Janeiro: Editora Terceiro Milênio, 2002, p 245</ref>.

O Egito faz fronteira com a [[Líbia]] a oeste, o [[Sudão]] a sul e [[Israel]] e a Faixa de Gaza a nordeste. O país controla o canal de Suez, que liga o [[Mar Mediterrâneo|Mediterrâneo]] ao [[Mar Vermelho]] e, por conseguinte, ao [[oceano Índico]].

Também pertence ao Egito a [[Sinai|península do Sinai]], na [[Ásia]], a qual, ligada ao restante do país pelo [[istmo]] de [[Suez]], caracteriza-o como um [[Nação transcontinental|Estado transcontinental]].

Fora do vale do Nilo, a maior parte do território egípcio é composto por [[deserto]]s sobretudo rochoso. Nas áreas de areia, os ventos criam [[duna]]s que podem ultrapassar 30&nbsp;m de altura. O país inclui uma parte considerável do [[Deserto da Líbia]], o qual faz parte do [[Deserto do Saara|Saara]], a "terra vermelha", como os chamavam os antigos egípcios, que protegia o reino dos [[faraó]]s de ameaças a oeste. Os outros desertos são o [[Deserto Oriental|Oriental ou Arábico]], que ocupa a faixa entre a margem direita do Nilo e o Mar Vermelho, e o [[Deserto do Sinai|do Sinai]], na península da [[Arábia]].

Além da capital, Cairo, as outras cidades importantes do Egito são [[Alexandria]], [[Almançora]], [[Assuão]], [[Assiut]], [[El-Mahalla El-Kubra]], [[Guizé|Gizé]], [[Hurghada]], [[Luxor]], [[Kom Ombo]], [[Safaga]], [[Porto Said]], [[Sharm el Sheikh]], [[Shubra El-Kheima]], [[Suez]] e [[Zagazig]]. Os principais oásis são [[Oásis de Bahariya|Bahariya]], [[Oásis de Dakhla|Dakhla]] (ou Dakhleh), [[Oásis de Farafra|Farafra]], [[Oásis de Kharga|Kharga]] e [[Oásis de Siuá|Siuá]] (ou Siwa).
[[Ficheiro:Nile N517266177 30554 627.jpg|thumb|O [[Rio Nilo]] em [[Assuão]].]]

=== Hidrografia ===
A grande bacia hidrográfica do país é a do Nilo, cujo curso total, com {{fmtn|6696|km}} de extensão, é único a atravessar os desertos do NE africano até atingir o Mediterrâneo. A região do vale do Nilo, situada ao sul de Assuão, é quase desértica. A partir de Assuão, onde se localizam a primeira catarata e a grande represa do mesmo nome, o rio corre num leito estreito (2 a 10&nbsp;km de largura), atingido sua largura máxima em Kom-Ombo (15Km). Nessa região, o vale é ladeado por uma cadeia de colinas rochosas com altitude média de 300&nbsp;m. A 5&nbsp;km ao norte do Cairo, o rio divide-se em dois braços principais, formando um dos delta mais férteis do mundo.

=== Clima ===
A [[precipitação (meteorologia)|precipitação]] é baixa no Egito, excepto nos meses de [[inverno]] nas regiões mais a norte.<ref>Soliman, KH. ''Rainfall over Egypt''. Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society, vol. 80, issue 343, pp. 104-104.</ref> Ao sul do Cairo, a precipitação média é de apenas cerca de 2 a 5&nbsp;mm ao ano, em intervalos de muitos anos. Numa faixa estreita do litoral norte, chega a 410&nbsp;mm,<ref>{{Citar web|url=http://www.weatherbase.com/weather/weather.php3?s=60326|titulo=Marsa Matruh, Egypt|acessodata=2010-07-03|obra=www.weatherbase.com|publicado=Weatherbase|lingua2=en|arquivourl=http://www.webcitation.org/5qxCPVtw9|arquivodata=2010-07-03}}</ref> concentrada principalmente entre Outubro e Março. As montanhas do Sinai e algumas cidades litorâneas ao norte, como [[Damieta]], Baltim, Sidi Barrany e, mais raramente, Alexandria, vêem neve.

As [[temperatura]]s médias situam-se entre 27 e {{nowrap|32&nbsp;°C}} no [[verão]], chegando a {{nowrap|43&nbsp;°C}} no litoral do mar Vermelho, e entre 13 e {{nowrap|21&nbsp;°C}} no inverno. Um vento constante de noroeste ajuda a baixar a temperatura no litoral mediterrâneo. Outro vento, o ''Khamsin'', sopra do sul na primavera, trazendo areia e poeira, e pode elevar a temperatura no deserto para mais de {{nowrap|38&nbsp;°C}}.

== População ==
{{Artigo principal|[[Demografia do Egito]]}}

[[Ficheiro:Alexcoast.jpg|thumb|esquerda|[[Alexandria]], a segunda cidade mais populosa do Egito.<ref name=CIA-pop/>]]

A população egípcia é estimada em 81 milhões de habitantes (2008), e está quase toda (98%) concentrada no vale e no [[Delta do Nilo|delta]] do [[Rio Nilo]] (Nahr-an-Nil), que representa 30% do total do território daquele país<ref name = gdm/>, havendo entretanto um importante núcleo populacional na cidade de [[Suez]], situada junto ao [[Canal de Suez]]. É o segundo país mais populoso de [[África]].

A [[esperança de vida|esperança média de vida]] ao nascer é de {{fmtn|71.85}} anos (estimativa de 2008), distribuída em {{fmtn|69.3}} anos para os homens e {{fmtn|74.52}} anos para as mulheres.{{Carece de fontes|geo|data=julho de 2010}}

A população egípcia é composta por diversas etnias, a maioria tem suas origens em um povo [[semita|semítico]]-[[camitas|camítico]]; há uma minoria de [[beduínos]], que mantém uma organização e práticas [[tribalismo|tribais]] e [[nômade|nômades]] na área desértica do país; o terceiro maior grupo étnico são os [[núbios]], um povo [[africano]] estabelecido há milhares de anos no [[Alto Nilo]]. Há uma considerável herança étnica dos povos que passaram pelo território: [[romanos]], [[gregos]], [[turcos]], [[circassianos]], [[ingleses]] e [[franceses]].

O [[Língua_árabe|árabe]] é a língua oficial; [[Língua_inglesa|inglês]] e [[Língua_francesa|francês]] são utilizados por uma elite culta; o [[copta]] é utilizado pela minoria cristã em práticas religiosas; há minorias que falam idiomas [[Língua_siwi|bérberes]], [[núbia|núbio]]<ref name = gdm/> ou [[oromo]]<ref name = emc/>.

Cerca de 42% dos egípcios vivem em cidades. As mais populosas são o Cairo (a cidade mais populosa do continente africano com {{fmtn|6789000}} habitantes, segundo dados de 1998) e Alexandria ({{fmtn|3328000}} habitantes). Ao longo do século XX verificou-se uma migração das populações rurais para as cidades, o que se traduziu no surgimento nestas de problemas de [[saneamento básico]], [[poluição]] e falta de habitações condignas.{{Carece de fontes|geo|data=julho de 2010}}

Os [[núbios]] são um grupo minoritário do país, oriundo de uma região corresponde ao sul do Egito e ao norte do [[Sudão]]. Quando as suas terras foram submergidas pelo [[Lago Nasser]], tiveram que mudar-se para Kom Ombo.{{Carece de fontes|geo|data=julho de 2010}} No [[século XIX]] fixaram-se no Egito comunidades estrangeiras compostas por gregos, italianos, britânicos e franceses; desde que se deu a independência do país, estas populações têm diminuído. A outrora ativa e influente comunidade judaica egípcia praticamente desapareceu; alguns [[judeu]]s visitam o país em ocasiões religiosas.

{{Cidades mais populosas do Egito}}

=== Religião ===
[[Ficheiro:Cairo mosques.jpg|thumb|esquerda|Uma das numerosas [[mesquita]]s do [[Cairo]].]]

A religião maioritária do Egito é o [[islão|islã]] [[sunita]], aproximadamente 90% da população<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/eg.html|titulo=Egypt from “The World Factbook”|autor=|data=4 de setembro de 2008|publicado=American Central Intelligence Agency (CIA)|acessodata=4 de setembro de 2008}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/5309.htm|título= Egypt from “U.S. Department of State/Bureau of Near Eastern Affairs”|titulo=|autor=United States Department of State|data=30 de setembro de 2008|publicado=|acessodata=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.fco.gov.uk/en/about-the-fco/country-profiles/middle-east-north-africa/egypt|titulo=Egypt from “Foreign and Commonwealth Office”|autor=|data=15 de agosto de 2008|publicado=Foreign and Commonwealth Office -UK Ministry of Foreign Affairs|acessodata=}}</ref>. A maior minoria religiosa são os [[coptas]] (9% da população). Outras minorias religiosas são os [[Igreja Ortodoxa Grega|ortodoxos gregos]] e [[Igreja Apostólica Armênia|armênios]], tanto [[Catolicismo|católicos]] quanto [[Protestantismo|protestantes]].

Nesta zona viviam os [[judeu]]s, ainda que em pequeno número de importância econômica. Eles abandonaram o país em [[1956]], quando forças armadas de [[Israel]], [[França]] e [[Grã-Bretanha]] atacaram o Egito.

Em [[1992]] começou uma campanha de [[violência]] armada, concentrado em [[Cairo]] e no [[Alto Egito]], cujo principal objetivo era estabelecer um governo baseado em uma lei islâmica escrita. As principais vítimas da violência foram [[funcionário]]s governamentais e [[turista]]s. A Organização de Direitos Humanos determinou que o governo egípcio parasse a discriminação contra as vítimas. As leis relativas à construção das [[igreja]]s e a prática aberta da religião têm recentemente diminuído, mas o importante trabalho de construção nas igrejas ainda requerem a permissão do governo.

== Política ==
{{artigo principal|[[Política do Egito]]}}

O Egito é uma [[república]] desde [[18 de Junho]] de [[1953]].
[[Ficheiro:Hosni Mubarak - World Economic Forum on the Middle East 2008 edit1.jpg|thumb|direita|upright|[[Hosni Mubarak|Mohamed Hosni Mubarak]], ex- [[presidente do Egito]], durante o [[Fórum Econômico Mundial]] de 2008.]]

[[Hosni Mubarak|Mohamed Hosni Mubarak]] assumiu a [[presidente|presidência]] do país em [[14 de Outubro]] de [[1981]], após o assassinato de [[Anwar Sadat]], e, em 2008, estava no seu quinto mandato. Renunciou ao cargo em [[11 de fevereiro]] de [[2011]], após uma série de atos da população contra seu governo. Mubarak é o chefe do Partido Democrático Nacional, no poder.

Embora o país seja formalmente uma república [[semipresidencialismo|semipresidencialista]] [[Pluripartidarismo|multipartidária]], na qual o [[poder executivo]] é compartilhado entre o presidente e o primeiro-ministro, na prática o presidente controla o governo e tem sido eleito como candidato único há mais de cinquenta anos. A última eleição presidencial ocorreu em Setembro de 2005.

Em Fevereiro de 2005, Mubarak anunciou uma reforma na lei eleitoral, de modo a permitir uma eleição presidencial multipartidária. Entretanto, a nova lei instituiu restrições draconianas para as candidaturas a presidente, impedindo que políticos conhecidos se candidatassem e permitindo a reeleição de Mubarak em Setembro daquele ano.<ref>{{Citar web|url=http://www.weeklystandard.com/Content/Public/Articles/000/000/012/034kggwf.asp|titulo=Democracy on the Nile|primeiro=Abigail|ultimo=Lavin|acessodata=2010-07-03|data=2006-03-27|obra=www.weeklystandard.com|publicado=[[The Weekly Standard]]|lingua2=en|arquivourl=http://www.webcitation.org/5qxDIS8N4|arquivodata=2010-07-03}}</ref> O pleito foi criticado por alegadas acusações de interferência governamental, fraude e violência policial contra manifestantes da oposição.<ref>Murphy, Dan. {{link|en|http://www.csmonitor.com/2005/0526/p06s01-wome.html|''Egyptian vote marred by violence''}}. [[The Christian Science Monitor|Christian Science Monitor]]. 26 de maio de 2005.</ref> Como resultado, muitos egípcios parecem cépticos quanto ao processo de redemocratização, já que menos de 25% dos 32 milhões de eleitores compareceram às urnas em 2005.

Em [[19 de Março]] de [[2007]], o parlamento aprovou 34 [[emenda Constitucional|emendas constitucionais]] que proíbem os partidos de usar a religião como base para atividades políticas, autorizam o presidente a dissolver o parlamento e impedem a supervisão judicial das eleições.<ref>{{Link|en|http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/6472031.stm|''Anger over Egypt vote timetable''}}. [[British Broadcasting Corporation|BBC]] News.</ref>

O [[poder legislativo]] é exercido pela Assembleia Popular, um parlamento unicameral composto por 454 membros. Destes, 444 são eleitos por voto popular para um mandato de cinco anos; os restantes 10 são nomeados pelo presidente da República. Entre as funções da Assembleia Popular estão aprovar o [[orçamento]], fixar os [[imposto]]s e aprovar os programas de governo. Para além da Assembleia, existe um Conselho Consultivo composto por 264 membros, dos quais 176 são eleitos através de voto popular e 88 nomeados pelo presidente.

Diversas organizações locais e internacionais de [[direitos humanos]], como a [[Anistia Internacional|Amnistia Internacional]] e a [[Human Rights Watch]], criticam o histórico egípcio referente aos direitos humanos. As violações mais sérias incluem [[tortura]], detenções arbitrárias e julgamentos perante tribunais militares e de segurança do Estado.<ref name="HRW">Human Rights Watch. {{link|en|http://hrw.org/english/docs/2006/01/18/egypt12212.htm|''Egypt: Overview of human rights issues in Egypt''}}. 2005</ref> Também há críticas relativas ao estatuto da mulher e das minorias religiosas.

[[Ficheiro:Diplomatic missions of Egypt.PNG|thumb|esquerda|370px|Missões diplomáticas do Egito.]]

=== Política externa ===
{{Anexo|[[Anexo:Missões diplomáticas do Egito|Missões diplomáticas do Egito]]}}

O Egito exerce uma grande influência política na [[África]] e no [[Médio Oriente]]{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}} e as suas instituições intelectuais e islâmicas estão no centro do desenvolvimento social e cultural da região. A sede da [[Liga Árabe]] encontra-se no Cairo; tradicionalmente, o secretário-geral da organização é egípcio.

O Egito foi o primeiro país árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel depois da assinatura dos [[acordos de Camp David]], em 1978.

O ex-vice-primeiro-ministro [[Boutros Boutros-Ghali]] foi secretário-geral das Nações Unidas entre 1991 e 1996.

=== Símbolos nacionais ===
{{Artigos principais|[[Bandeira do Egito]], [[Brasão de armas do Egito]], [[Bilady, Bilady, Bilady|Hino nacional do Egito]]}}

A [[bandeira nacional]] é composta por 3 faixas horizontais de mesmo tamanho. As faixas são vermelha, branca e preta. A origem dos elementos desta bandeira está no [[Império Otomano|Império Turco-Otomano]].

O [[brasão|brasão de armas]] ({{lang-ar|شعار مصر}}) é composto por uma águia dourada a olhar para a esquerda (dexter). A "[[águia de Saladino|águia]] de [[Saladino]]" ostenta uma inscrição nas suas garras em que o nome do estado aparece escrito em árabe, ''Jumhuriyat Misr al-Arabiya'' ("República Árabe do Egito"). A águia carrega no seu peito um escudo com as cores da bandeira - mas com uma vertical, em vez de uma configuração horizontal.

''"Bilady, Bilady, Bilady"'' (Minha Pátria, Minha Pátria, Minha Pátria) é o [[hino nacional]] do Egito, composto por [[Sayed Darwish]].

== Subdivisões ==
{{Artigo principal|[[Subdivisões do Egito]]}}

O Egito divide-se administrativamente em 27 províncias (''[[mohafazah|mohafazat]]'', em {{ling|ar}}); administradas por governadores nomeados pelo presidente:
[[Ficheiro:Egypt governorates alphabetical.png|thumb|250px|Províncias do Egito.]]
[[Ficheiro:Weisse Wüste.jpg|thumb|250px|O "Deserto Branco", na região de [[Oásis de Farafra|Farafra]], [[Deserto da Líbia]], a cerca de {{fmtn|300|km}} a ocidente de [[Assuão]].]]
[[Ficheiro:Hikers in wadi on Sinai.jpg|thumb|250px|Um [[uádi]] no deserto do [[Sinai]].]]
{| class="wikitable sortable"
! No.
! Nome
! Área (km²)
! População (2006)
! Capital
|-
| 1
| [[Dakahlia]]
| align="right" | 3 471
| align="right" | 4 985 187
| [[Almançora]]<ref>Forma vernácula para o {{ling|ar}} المنصورة ''al-manṣūrah'' ({{lang-en|''El Mansoura''}}), que o [[Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa]] (DOELP), de [[José Pedro Machado]], registra como topônimo. Este vocábulo árabe é a forma feminina de منصور ''manṣūr'' ("vencedor").</ref>
|-
| 2
| [[Mar Vermelho (província)|Mar Vermelho]]<ref>O nome da província é, literalmente, "Mar Vermelho", ou البحر الأحمر ''El Bahr El Ahmar''.</ref>
| align="right" | 203 685
| align="right" | 288 233
| [[Hurghada]]
|-
| 3
| [[Al-Buhaira]]<ref>Do árabe البحيرة al-buhairâ, "lago", "lagoa". Segundo o DOELP, em {{ling|pt}}, o termo árabe deu origem ao substantivo masculino "albufeira" (isto é, laguna ou lago artificial) e a pelo menos cinco topônimos em Portugal chamados Albufeira ([[Albufeira|Algarve]], Borba, Elvas, Mourão e [[Praia da Lagoa de Albufeira|Sesimbra]]).</ref>
| align="right" | 10 130
| align="right" | 4 737 129
| [[Damanhur]]
|-
| 4
| [[Faium (província)|Faium]]<ref>Forma vernácula para o topônimo preconizada pelo DOELP.</ref>
| align="right" | 1 827
| align="right" | 2 512 792
| [[Faium]]
|-
| 5
| [[Garbia]]<ref>Forma vernácula para o árabe الغربية ''al-garbia'' ("ocidental"), registrada pelo DOELP como topônimo. O nome completo da província, محافظة الغربية‎ ''Muhāfazat al-Gharbiyya'', significa "província ocidental".</ref>
| align="right" | 1 942
| align="right" | 4 010 298
| [[Tanta]]
|-
| 6
| [[Alexandria (província egípcia)|Alexandria]]
| align="right" | 2 679
| align="right" | 4 110 015
| [[Alexandria]]
|-
| 7
| [[Ismaília (província)|Ismaília]]<ref>Forma vernácula preconizada pelo DOELP. A língua portuguesa recebeu-a por intermédio do [[língua francesa|francês]] ''Ismaïlia''. Trata-se de homenagem a [[Ismail Paxá]], [[quediva]] do Egito.</ref>
| align="right" | 1 442
| align="right" | 942 832
| [[Ismaília]]
|-
| 8
| [[Guizé (província)|Guizé]]<ref>Segundo o DOELP, forma vernácula do árabe الجيزة ''al-jizâ'', pronunciado ''guizé'' no Egito. A língua portuguesa recebeu-a por intermédio do francês ''Guizé''. Também são comuns em português a grafia e a pronúncia Gizé.</ref>
| align="right" | 85 153
| align="right" | 6 272 571
| [[Guizé]]
|-
| 9
| [[Monufia]]
| align="right" | 1 532
| align="right" | 3 270 404
| [[Xibin El Kom]]
|-
| 10
| [[Minya (província)|Minya]]
| align="right" | 32 279
| align="right" | 4 179 309
| [[Minya]]
|-
| 11
| [[Cairo (província)|Cairo]]
| align="right" | 214
| align="right" | 7 786 640
| [[Cairo]]
|-
| 12
| [[Qaliubia (província)|Qaliubia]]
| align="right" | 1 001
| align="right" | 4 237 003
| [[Banha (Egito)|Banha]]
|-
| 13
| [[Luxor (província)|Luxor]]
| align="right" | 55
| align="right" | 451 318
| [[Luxor]]
|-
| 14
| [[Vale Novo (província egípcia)|Vale Novo]]<ref>O nome da província é, literalmente, "Vale Novo", ou البالوادى الجديد ''al-Wādī al-djadīd''.</ref>
| align="right" | 376 505
| align="right" | 187 256
| [[Kharga]]
|-
| 15
| [[Xarqia (província)|Xarqia]]<ref>O nome completo da província, محافظة الشرقية‎ ''Muhāfaza a-Xarqiia'', significa "província oriental". O DOELP (verbete "sarracenos") translitera como "xarqii" o termo para "oriental" em árabe.</ref>
| align="right" | 4 180
| align="right" | 5 340 058
| [[Zagazig]]
|-
| 16
| [[Suez (província)|Suez]]
| align="right" | 17 840
| align="right" | 510 935
| [[Suez]]
|-
| 17
| [[Assuão (província)|Assuão]]<ref>Ou "Assuã", em [[português brasileiro|português do Brasil]].</ref>
| align="right" | 679
| align="right" | 1 184 432
| [[Assuão]]
|-
| 18
| [[Assiut (província)|Assiut]]<ref>Única forma vernácula registrada pela [[Enciclopédia Mirador Internacional|Mirador]].</ref>
| align="right" | 25 926
| align="right" | 3 441 597
| [[Assiut]]
|-
| 19
| [[Beni Suef (província)|Beni Suef]]
| align="right" | 1 322
| align="right" | 2 290 527
| [[Beni Suef]]
|-
| 20
| [[Porto Said (província)|Porto Said]]<ref>Forma registrada pela Mirador. O DOELP registra apenas a alternativa Porto Saíde. A língua portuguesa recebeu esta forma por intermédio do [[língua francesa|francês]] ''Port-Saïd''. Trata-se de homenagem a [[Said Paxá]], filho de [[Mehmet Ali]].</ref>
| align="right" | 72
| align="right" | 570 768
| [[Porto Said]]
|-
| 21
| [[Damieta (província)|Damieta]]
| align="right" | 589
| align="right" | 1 092 316
| [[Damieta]]
|-
| 22
| [[Sinai do Sul]]
| align="right" | 33 140
| align="right" | 149 335
| [[El-Tor]]
|-
| 23
| [[Kafr el-Sheikh (província)|Kafr el-Sheikh]]
| align="right" | 3 437
| align="right" | 2 618 111
| [[Kafr el-Sheikh]]
|-
| 24
| [[Matruh]]
| align="right" | 212 112
| align="right" | 322 341
| [[Marsa Matruh]]
|-
| 25
| [[Qina (província)|Qina]]
| align="right" | 1 851
| align="right" | 3 001 494
| [[Qina]]
|-
| 26
| [[Sinai do Norte]]
| align="right" | 27 574
| align="right" | 339 752
| [[Alarixe]]<ref>Forma vernácula para o {{ling|ar}} العريش ''al-ʿArīx'' ("vinha"), segundo o DOELP.</ref>
|-
| 27
| [[Sohag (província)|Sohag]]
| align="right" | 1 547
| align="right" | 3 746 377
| [[Sohag]]
|}

== Economia ==
{{artigo principal|[[Economia do Egito]]}}

[[Ficheiro:Cairo by night.jpg|thumb|esquerda|Centro da cidade do Cairo à noite, o mais importante polo econômico do país.]]

A economia do Egito baseia-se principalmente na [[agricultura]], ''[[media]]'', exportações de [[petróleo]]{{Carece de fontes|geo|data=julho de 2010}} e [[turismo]]. Mais de três milhões de egípcios trabalham no exterior, em especial na [[Arábia Saudita]], no [[golfo Pérsico]] e na [[Europa]]. A construção da [[Represa de Assuã|barragem de Assuão]] e do [[lago Nasser]], em 1971, alterou a influência histórica do [[rio Nilo]] sobre a agricultura e a [[ecologia]] do país. O rápido crescimento populacional, a quantidade limitada de terra cultivável e a dependência do rio Nilo continuam a sobrecarregar os recursos e a economia.

O governo tem lutado para preparar a economia para o novo milênio, por meio de reformas económicas e investimentos maciços em comunicações e infra-estrutura física. Desde 1979, o Egito recebe em média {{fmtn|2.2|mil}} milhões de dólares em ajuda dos [[Estados Unidos]]. Sua principal fonte de renda, porém, é o turismo, bem como o tráfego do [[canal de Suez]].

[[Ficheiro:A Boat in the Nile River.JPG|thumb|upright|O [[turismo]] é uma grande fonte de renda para o Egito. Na imagem, um barco tradicional do Nilo, na zona de [[Zamalek]], Cairo.]]

O país dispõe de um mercado de energia desenvolvido e que se baseia no [[carvão mineral|carvão]], petróleo, [[gás natural]] e [[Hidroeletricidade|hidroelétricas]]. O nordeste do Sinai possui depósitos de carvão consideráveis, que são explorados à taxa de cerca de {{fmtn|600000}} toneladas ao ano. Produzem-se petróleo e gás na [[Península do Sinai]]<ref name = gdm/> <ref name = emc/>, nas regiões desérticas a oeste, no [[golfo de Suez]] e no [[delta do Nilo]]. As reservas egípcias de gás são enormes, estimadas em mais de {{fmtn|1100000}} metros cúbicos nos [[Década de 1990|anos 1990]], e o país exporta [[gás de petróleo liquefeito|GLP]].

Após um período de estagnação, a economia começou a melhorar, com a adopção de políticas económicas mais liberais, que se juntaram ao aumento das receitas turísticas e a um [[Bolsa de valores|mercado de acções]] em alta. No seu relatório anual, o [[Fundo Monetário Internacional|FMI]] avaliou o Egito como um dos principais países do mundo a empreender reformas económicas, que incluem um corte dramático das [[tarifa alfandegária|tarifas de importação]]. Um novo [[Política fiscal|código tributário]], promulgado em 2005, reduziu de 40% para 20% o [[imposto de renda]] das pessoas jurídicas e permitiu aumentar a arrecadação em 100% em 2006.

A captação de [[investimento estrangeiro direto]] (IED) aumentou consideravelmente nos últimos anos, chegando a mais de 6&nbsp;mil milhões de dólares em 2006, devido às medidas de liberalização económica. Espera-se que o Egito ultrapasse a [[África do Sul]] como maior captador africano de IED em 2007.

Um dos principais obstáculos com que se defronta a economia é a [[distribuição de renda]]. Muitos egípcios criticam o governo pelos altos preços de produtos básicos, já que seu padrão de vida e [[poder aquisitivo]] permanecem relativamente estagnados.

O [[Produto interno bruto|PIB]] do Egito alcançou {{fmtn|107484|mil}} milhões de dólares em 2006.<ref>[[Banco Mundial]], {{link|en|http://siteresources.worldbank.org/DATASTATISTICS/Resources/GDP.pdf|''World Development Indicators database''}}, 11 de abril de 2008.</ref> Os principais parceiros comerciais do Egipto são os [[Estados Unidos]], a [[Itália]], o [[Reino Unido]] e a [[Alemanha]].

O Egito está listado entre as economias dos "[[Próximos Onze]]".

== Cultura ==
{{Artigo principal|[[Cultura do Egito]]}}

=== Feriados nacionais ===
{| class=wikitable
!Data
!Nome em português
!Nome local
|-
|13 de abril
|Festa da Águia
|''Aguy Misr Pap''
|}

== {{Ver também}} ==
*[[África]]
*[[Anexo:Lista de países|Lista de países]]
*[[Protestos no Egito em 2011]]

{{Referências|col=3}}

== {{Ligações externas}} ==
{{Portal|Egito}}
{{correlatos
|wikcionário=Egito
|commonscat=Egypt
}}
{{Wikitravel}}
{{link fotopedia|Egypt|do}}
* {{Link|en|2=http://www.egyptsites.com/|3=EgyptSites}}

{{Egito/Tópicos}}
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Revisão das 12h58min de 26 de março de 2011

Você é um idiota