Templo de Der

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de El-Derr)
Templo de Der
Templo de Der
Fachada do templo
Localização atual
Templo de Der está localizado em: Egito
Templo de Der
Coordenadas 22° 43' N 32° 15' E
País  Egito
Dados históricos
Fundação Reino Novo
Abandono Reino Novo

O Templo de Der (el-Derr) ou Der é um éspeo ou templo egípcio cortado na rocha na Baixa Núbia. Foi construído durante a XIX dinastia pelo faraó Ramessés II (r. 1279–1213 a.C.).[1] É o único templo cortado em rocha na Núbia que foi construído por este faraó na margem direita (ou leste) do Nilo e costumava ficar em Der. A posição única do templo "foi tavlez porque o rio em sua aproximação à curva de Corosco flui numa direção sudeste 'não natural'." A estrutura de Der foi conhecida na Antiguidade como "Templo de Riamsesse Meriamum [Ramessés II] no Domínio de Rá"[2] e foi dedicado ao deus Rá-Haraqueti.[3] Estudiosos discordam sobre a data precisa de construção: o egiptólogo francês Nicolas Grimal afirma que foi construído no trigésimo ano de Ramessés, presumivelmente para coincidir com seu primeiro jubileu real.[1]

Em contraste, John Baines e Jaromir Malek escrevem que o templo "foi construído na segunda metade do reinado do rei", provavelmente porque seu "plano e decoração se assemelha ao Grande Templo de Abul-Simbel (menos as colossais estátuas sentadas contra a fachada)."[2] Abul-Simbel foi construído entre o ano 24 e 31 do reinado de Ramessés.[4] De acordo com Joyce Tyldesley, o Templo de Der foi construído por Setau, que é conhecido por ter servido como vice-rei de Cuxe entre os anos 38 a 63 do reinado deste faraó.[5]

Decoração e arquitetura[editar | editar código-fonte]

O templo é mais elaborado que o éspeo de Beitel Uáli e consistia numa sequência de dois salões hipostilos (talvez precedidos por um pátio e um pilone) que levavam a um santuário triplo onde um foi celebrado um culto às estátuas de Ramessés, Amom-Rá, Rá-Haraqueti e Ptá".[1] Quando limpo e restaurado na modernidade, provou ter decorações de relevo excepcionalmente brilhantes e vivas que contrastaram nitidamente "com os tons de cores mais suaves" de outros templos egípcios.[2] Em 1964, foi desmontado e transferido, juntamente com o Templo de Amada, para um novo local.[6] Os primeiros viajantes visitaram o local original, e o próprio templo foi estudado e publicado pela primeira vez por Aylward Blackman em 1913.[3]

Galeria de fotos[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Grimal 1992, p. 259.
  2. a b c Baines 1982, p. 183.
  3. a b David 1993, p. 104.
  4. Grimal 1992, p. 260.
  5. Tyldesley 2001, p. 104; 167.
  6. Hobson 1993, p. 177.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Baines, John; Malek, Jaromir (1982). Atlas of Ancient Egypt. Nova Iorque: Facts on File Publications 
  • David, Rosalie (1993). Discovering Ancient Egypt. Nova Iorque: Facts on File Publications 
  • Hobson, Christine (1993). Exploring the World of the Pharaohs: A complete guide to Ancient Egypt. Londres: Thames & Hudson 
  • Tyldesley, Joyce (2001). Ramesses: Egypt's Greatest Pharaoh. Londres: Penguin Books