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Elisabete Jacinto: diferenças entre revisões

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== Currículo desportivo ==
== Currículo desportivo ==
Em Outubro de 2013, ganhou o rally de Marrocos na categoria carros. MAMA TITA.
Elisabete Jacinto fez a sua estreia como piloto de [[todo-terreno]] em moto, em 1992, ao participar no Grândola 300 com uma Suzuki DR 350, que não terminou devido a uma queda. Ao longo desse ano participou em várias provas e foi a 9ª classificada da Classe 5 (Motos a 4 tempos até 350cc) no primeiro Troféu de Todo-o-Terreno. Em 1993 vence pela primeira vez a Taça de Senhoras do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno e é 11ª classificada da Classe 5.


Em 1994 participa no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, com uma Honda XR 250, ficando em 12º da classe 5. Nesse ano participa pela primeira vez numa prova do Campeonato de Todo-o-Terreno espanhol, a Baja de Alta Alcarria, obtendo o 5º lugar na Classificação Geral, e na Baja de Aragon, prova da Taça do Mundo com 650 km de extensão. Em 1995 participa no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno em Kawasaki KDX 200, vence a categoria de Senhoras e classifica-se em 18º da classe 4 (motos a 2 tempos com mais de 125cc). Nos anos seguintes continua a participar no Campeonato Nacional de Todo-o-Tereno e em provas espanholas, com Suzuki RMX250, e, em 1997 inicia-se em [[África]] ao participar no Rali da [[Tunísia]] com a Suzuki DR 350, onde obteve o 2º lugar da Classe Maratona até 400cc.

Entusiasmada com o seu resultado no Rali da Tunísia, Elisabete lança-se nas provas do deserto, participando pela primeira vez, em 1998, no rali “[[Rali Dakar|Paris-Dakar]]”, numa Suzuki DR 650, mas abandona a prova na 7ª etapa, devido a problemas mecânicos resultantes de uma preparação inexperiente.

Em 1999 volta a participar no “Dakar”, agora em KTM Rallye, mas também não consegue terminar o rali Granada Dakar, por ter partido o motor na travessia de um [[Duna|erg]] de areia fina na [[Mauritânia]]. Nesse ano ficou em 13º lugar na Taça do Mundo e foi a 1ª entre as senhoras.

Em 2000 obtém a grande vitória da sua carreira ao concluir o rali Dakar-Cairo, fazendo equipa com o piloto [[Mário Brás]], em KTM Rallye. Classificou-se em 49º lugar da geral e vence a Taça de Senhoras. Ainda nesse ano faz a sua primeira experiência numa prova ao volante de um automóvel de Todo-o-Terreno, na Baja TT Optiroc, tendo como co-piloto a apresentadora de televisão Cecília Carmo.

Em 2001 participa no rali Paris-Dakar, em equipa com [[Pedro Machado]], naquela que foi a prova mais dura da sua vida, após o seu carro de assistência, conduzido por [[José Ribeiro]], ter explodido sobre uma mina na fronteira de [[Marrocos]] com a [[Mauritânia]], Elisabete realiza ela própria todas as tarefas de assistência e terminou o rali em 56ª lugar da classificação geral. Ficou, nesse ano, em 13º lugar na Taça do Mundo e foi 1ª entre as senhoras. Ao longo desse ano, Elisabete participa na Copa Jimny, fazendo a sua iniciação à condução 4x4, com Teresa Correia como co-piloto, participa também de Jimny na Baja Esporão Vindimas, com a apresentadora de televisão Laura Santos como navegadora.

Em 2002 Elisabete não participa no "Dakar" e põe fim às suas corridas em moto. Continua, contudo, a participar na Copa Jimny e decide iniciar-se na condução de Todo-o-Terreno em camiões. Em 2003 participa pela primeira vez no rali Telefónica Dakar ao volante de um camião, tendo como navegador o belga Charly Gotlib e como mecânico o espanhol David Martin. Nesse mesmo ano participa no Rallye Aicha des Gazelles, um rali de navegação criado só para mulheres, no qual Elisabete Jacinto e Sofia Carvalhosa vencem a categoria SUV com um Renault Kangoo.

Em 2004 participa pela segunda vez de camião no Rali Paris-Dakar, num Renault Kerax 4x4, chegando em 26º lugar. Torna-se numa das primeiras mulheres do mundo a concluir este rali em camião. Participa em outras provas da Taça do Mundo e, no Rallye Optic Tunisie, torna-se na primeira mulher do Mundo a ganhar uma especial ao volante de um camião. Em 2005 volta a participar de camião no “Dakar”, com Olivier Jacmart e Rui Porêlo, classificando-se em 24º da geral. Participa pela primeira vez no Rali ASMV Shamrock e vence a categoria camião.

Em 2006 a partida do “Dakar” efectua-se em [[Lisboa]], Elisabete faz a prova a um bom ritmo de andamento mas desiste devido a uma rotura do eixo da frente do seu Renault Kerax, que a obriga a passar dois dias e duas noites junto do veículo. Este fica imobilizado em pleno deserto da Mauritânia e só é recuperado em Junho. Elisabete termina assim o seu contrato com a Renault Trucks. Associa-se à MAN Portugal e passa o ano a preparar o seu novo camião tendo em vista a sua participação no Lisboa-Dakar 2007.

No Lisboa-Dakar de 2007, Elisabete Jacinto, no seu novo camião MAN M2000, ascende ao 21º lugar da classificação geral e ao 7º da classificação dos camiões com menos de 10 litros. Nesse mesmo ano, em que a sua cor laranja representativa da marca Trifene 200 é substituída pela azul da Oleoban, consegue um 2.º lugar da geral no rali da Tunísia e um 1.º no rali de Marrocos.

Em 2008 é anulado o rali Lisboa-Dakar, facto que causa um grande dissabor à equipa. Elisabete decide, por isso, participar no rali Aicha des Gazelles, em Marrocos. Faz equipa com Sofia Carvalhosa e é com facilidade que ascendem ao segundo lugar da classificação geral. Em Abril, com Marco Cochinho e Álvaro Velhinho, vence a categoria dos camiões com menos de dez litros e é a segunda da classificação geral do rali da Tunísia, que integra pela primeira vez algumas etapas na Líbia.

No ano de 2009 o Rali Dakar realiza-se pela primeira vez no Continente Sul Americano, tomando o nome de “Dakar Argentina-Chile”. Elisabete ruma com a sua equipa ao novo continente e obtém um excelente 11º lugar à geral no primeiro dia de rali. Contudo, a sua participação ficou marcada pelo incêndio do seu camião durante a quinta etapa. As densas nuvens de pó e a degradação do piso que provocava a imobilização dos automóveis na pista, estiveram na origem do seu embate na traseira do buggy do Ivan Muller provocando o incêndio total dos dois veículos.

Elisabete adquire então um novo camião, o MAN TGS e dedica o ano de 2009 à sua preparação. Em Junho ruma a Marrocos para alguns testes mas foi no rali de Marrocos que estreou o seu TGS em competição. Ganhou duas especiais e foi a segunda classificada entre os camiões.

Em 2010 opta definitivamente por voltar a África e o rali com a designação de “Dakar” deixa de fazer parte do seu calendário de provas. Inicia assim a época com o rali Africa Race e, apesar da excelente prova e da satisfação de voltar à grande maratona africana, Elisabete acaba por desistir devido a problemas mecânicos. O início no ano é assim dedicado à fiabilização do camião e à sua adaptação à competição.

Nesse ano participa no rali da Tunísia com um dos melhores navegadores de camião do Mundo, Charly Gotlib e os seus resultados desportivos ganham visibilidade. Vence a categoria Camião e classifica-se na oitava posição entre os automóveis. No rali de Marrocos confirma o seu bom nível de condução e o excelente trabalho da sua equipa, vencendo mais uma vez entre os camiões e classificando-se entre os onze primeiros automóveis.

Em 2011 classifica-se na segunda posição entre os camiões e em sétimo na classificação conjunta auto/camião no rali o Africa Eco Race. Apesar da grande perturbação vivida nesse ano nos países do Norte de África em virtude da Primavera Árabe, o rali da Tunísia teve lugar assim mesmo e a equipa de Elisabete Jacinto obteve o primeiro lugar entre os camiões e o oitavo posição na classificação auto/camião. No rali de Marrocos a equipa foi confrontada com um vasto número de camiões protótipos e uma forte competição. Competiu lado a lado com o Team DeRooy tendo sido a terceira classificada e a primeira entre os camiões de série.

Em 2012 classifica-se em segundo lugar entre os camiões e é quarta da classificação geral Auto/Camião no Rali Sonangol Africa Eco Race. Nesse mesmo ano é convidada pela equipa Volkswagen para participar no rali de navegação Aïcha des Gazelles com a pic-up Amarock. Faz equipa mais uma vez com Sofia Carvalhosa e é a terceira classificada da categoria Auto/Camião. No rali de Marrocos, Elisabete confronta-se mais uma vez com uma série de camiões verdadeiramente competitivos e consegue, mesmo assim, ascender ao pódio e ser a sétima na classificação geral Auto/Camião.

Já em 2013 Elisabete Jacinto completa a sua quarta participação no Rali Africa Eco Race classificando-se no terceiro posto entre os camiões e em sétimo da geral auto/camião.
== Livros publicados ==
== Livros publicados ==



Revisão das 22h42min de 11 de dezembro de 2013

Elisabete Jacinto no Lisboa Dakar 2007

Elisabete dos Santos Marques Jacinto (Montijo, 8 de Junho de 1964) é uma piloto portuguesa de todo-terreno, com várias participações do ”Dakar”, entre 1998 e 2009. É professora de Geografia, autora de manuais escolares, co-autora da BD Os Portugas no Dakar e autora do livro Irina no Master Rali.

Currículo desportivo

Em Outubro de 2013, ganhou o rally de Marrocos na categoria carros. MAMA TITA.

Livros publicados

As aventuras experimentadas por Elisabete Jacinto nas suas primeiras participações no “Dakar” e as histórias contadas pelos outros pilotos portugueses, levaram-na a conceber o projecto de uma banda desenhada e escrever o seu guião. Os dois volumes de “Os Portugas no Dakar”, uma BD com texto de Elisabete Jacinto e desenhos de Luis Pinto-Coelho, contam de uma forma humorística as histórias verdadeiras dos primeiros pilotos portugueses que participaram neste rali em moto.

Em 2008 esta obra recebeu o prémio de Melhor Cartoon Nacional nos VI Troféus Central Comics, na Casa da Animação, no Porto.

Em Junho de 2010, publica o seu primeiro livro de aventuras intitulado “Irina no Master Rali”, pela Plátano Editora. Este livro, que faz sucesso entre o público juvenil é também um relato de histórias verdadeiras da piloto e tem o mérito de demonstrar aos jovens que aventuras e emoções fortes podem ser vividas na realidade e não apenas através do ecrã de um computador ou televisão.

Em 2012 publica em parceria com o fotografo Jorge Cunha, um livro de imagens intitulado “Elisabete Jacinto: 10 anos em Camião” que pretende comemorar os seus 10 anos de carreira desportiva em Camião. Tratando-se de uma edição limitada foi disponibilizado na Internet a versão digital para que todos os seus amigos e fãs pudessem fazer download do mesmo.


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