Enfermagem forense

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Enfermagem Forense é uma especialidade da ciência forense que combina os princípios da enfermagem e da ciência forense para auxiliar na investigação de crimes[1].

Enfermagem Forense pelo Mundo[editar | editar código-fonte]

A Enfermagem Forense é uma prática globalmente reconhecida, com profissionais atuando em diversos países ao redor do mundo. Esses enfermeiros desempenham um papel crucial na coleta e preservação de evidências, bem como no tratamento e apoio a vítimas de violência e abuso[2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16][17][18].

Enfermagem Forense no Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil, a enfermagem forense é uma área em crescimento, com profissionais cada vez mais envolvidos em casos de violência e abuso, bem como em questões legais relacionadas à saúde[7][16][24][25]. No Brasil, a Enfermagem Forense foi reconhecida pelo COFEN como especialidade em 2011 por meio da Resolução 389 (COFEN, 2011).[1] Desde então, vem sendo debatida a atuação e papel do enfermeiro forense. Porém, foi no ano de 2017, por meio da Resolução Cofen nº 556 que houve a regulamentação das áreas de atuação desse profissional. No Brasil, o Enfermeiro Forense é definido, segundo o artigo 1º da Resolução Cofen nº 389/2011, que diz: “[...] bacharel em enfermagem, portador do título de especialização lato ou stricto sensu em enfermagem forense emitido por Instituição de Ensino Superior (IES) reconhecida pelo MEC, ou concedido por Sociedades, Associações ou Colégios de Especialistas, registrado no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais[2] [...]” (COFEN, 2011, 2017).

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra "forense" vem do latim "forensis", que significa "pertencente ou adequado ao fórum". Na Roma antiga, o fórum era um local onde se realizavam debates públicos, incluindo julgamentos. Portanto, o termo "forense" refere-se a qualquer trabalho ou discussão adequada para o tribunal. “[...] O especialista em enfermagem forense combina a perspicácia tradicional da enfermagem com os da ciência forense e da justiça [...].” (LYNCH; DUVAL, 2011, p. 55).[3]

História - No Mundo e no Brasil[editar | editar código-fonte]

A história da enfermagem forense é complexa e multifacetada, com raízes em várias disciplinas, incluindo medicina, enfermagem, direito e ciências sociais. No Brasil, a enfermagem forense começou a ganhar destaque no início do século XXI, com a formação de sociedades profissionais e a publicação de pesquisas na área[7][19][20].

Métodos Iniciais[editar | editar código-fonte]

O primeiro relato de enfermagem forense envolveu a coleta e preservação de evidências em casos de violência e abuso. Isso incluiu a documentação de lesões físicas, a coleta de amostras biológicas para análise e a prestação de depoimentos em tribunal[1][24][25].

Origens — No Mundo e no Brasil[editar | editar código-fonte]

A enfermagem forense tem suas origens na medicina forense, com uma longa história de uso na resolução de crimes. No Brasil, a enfermagem forense começou a ganhar destaque no início do século XXI, com a formação de sociedades profissionais e a publicação de pesquisas na área[7][19][21][24][25].

Artigos Sobre Enfermagem Forense[editar | editar código-fonte]

Existem vários artigos publicados sobre a enfermagem forense, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Estes artigos abordam uma variedade de tópicos, incluindo a coleta e preservação de evidências, o tratamento e apoio a vítimas de violência e abuso, e a formação e certificação de enfermeiros forenses[7][16][19][20][21].

Cultura Popular[editar | editar código-fonte]

A enfermagem forense também tem uma presença na cultura popular, com enfermeiros forenses aparecendo em programas de televisão, filmes e livros. Estes retratos da enfermagem forense ajudam a aumentar a conscientização sobre a profissão e o importante trabalho que os enfermeiros forenses fazem.

Referências

  1. «RESOLUÇÃO COFEN Nº 389/2011 – REVOGADA PELA RESOLUÇÃO COFEN Nº 570/2018». Cofen – Conselho Federal de Enfermagem. Consultado em 14 de junho de 2023 
  2. Bravo, Ecléa Spiridião; Almeida, Ildeberto Muniz de (2019). «Especialização em disputa: Stricto Sensu ou Lato Sensu em saúde do trabalhador». 17 - Supl.1. doi:10.5327/z16794435201917s1tl028. Consultado em 14 de junho de 2023 
  3. Duval, Guillaume (1 de julho de 2011). «Le bois, une matière première difficile à gérer». Alternatives Économiques (7): 55–55. ISSN 0247-3739. doi:10.3917/ae.304.0055. Consultado em 14 de junho de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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  • [[22]] Sociedade Brasileira de Enfermagem Forense (SOBEF). (2023). [22]
  • [[23]] Associação Brasileira de Enfermagem Forense (ABFORENSE). (2023). [23]
  • [[24]] Conselho Federal de Enfermagem - COFEN. (2017). Resolução nº 556/2017, 23 de agosto de 2017. Regulamenta a atividade do Enfermeiro Forense no Brasil, e dá outras providências. Diário Oficial da União. [24]
  • [[25]] Conselho Federal de Enfermagem - COFEN. (2011). Resolução nº 389, 18 de outubro de 2011. Conselho Federal de Enfermagem: procedimentos de título de pós-graduação lato e stricto sensu concedido a Enfermeiros e lista as Especialidades. Diário Oficial da União. [25]
  • [[26]] Academy of Forensic Nursing (AFN). (2023). [26]