Cabo de par trançado: diferenças entre revisões
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A qualidade da [[linha de transmissão]] que utiliza o par de fios depende, basicamente, da qualidade dos [[condutor]]es empregados, bitola dos fios (quanto maior a bitola, menor a resistência ôhmica por quilômetro), técnicas usadas para a transmissão dos dados através da linha e proteção dos componentes da linha para evitar a indução nos condutores. |
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A [[indução]] ocorre devido a alguma interferência elétrica externa ocasionada por centelhamentos, harmônicos, osciladores, motores ou geradores elétricos, mau contato ou contato acidental com outras linhas de transmissão que não estejam isoladas corretamente ou até mesmo tempestades elétricas ou proximidades com linhas de alta tensão. |
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Existem três tipos de cabos '''Par trançado''': |
Existem três tipos de cabos '''Par trançado''': |
Revisão das 08h02min de 29 de abril de 2016
O cabeamento por par trançado (Twisted pair) é um tipo de cabo que possui pares de fios entrelaçados um ao redor do outro para cancelar as interferências eletromagnéticas (EMI). Foi inventado por Alexander Graham Bell no final do século XIX.[1]
Taxa de transmissão
A
Existem três tipos de cabos Par trançado:
- Unshielded Twisted Pair - UTP ou Par Trançado sem Blindagem: é o mais usado atualmente tanto em redes domésticas quanto em grandes redes industriais devido ao fácil manuseio, instalação, permitindo taxas de transmissão de até 100 Mbps com a utilização do cabo CAT 5e; é o mais barato para distâncias de até 100 metros; Para distâncias maiores emprega-se cabos de fibra óptica. Sua estrutura é de quatro pares de fios entrelaçados e revestidos por uma capa de PVC. Pela falta de blindagem este tipo de cabo não é recomendado ser instalado próximo a equipamentos que possam gerar campos magnéticos (fios de rede elétrica, motores, inversores de frequência) e também não podem ficar em ambientes com umidade.
- Shielded Twisted Pair - STP ou Par Trançado Blindado (cabo com blindagem): É semelhante ao UTP. A diferença é que possui uma blindagem feita com a malha metálica em cada par. É recomendado para ambientes com interferência eletromagnética acentuada. Por causa de sua blindagem especial em cada par acaba possuindo um custo mais elevado. Caso o ambiente possua umidade, grande interferência eletromagnética, distâncias acima de 100 metros ou exposto diretamente ao sol ainda é aconselhável o uso de cabos de fibra óptica.
- Screened Twisted Pair - ScTP também referenciado como FTP (Foil Twisted Pair), os cabos são cobertos pelo mesmo composto do UTP categoria 5 Plenum, para este tipo de cabo, no entanto, uma película de metal é enrolada sobre o conjunto de pares trançados, melhorando a resposta ao EMI, embora exija maiores cuidados quanto ao aterramento para garantir eficácia frente às interferências.
CATEGORIAS
os cabos UTP foram padronizados pelas normas da EIA/TIA-568-B e são divididos em 10 categorias, levando em conta o nível de segurança e a bitola do fio, onde os números maiores indicam fios com diâmetros menores, veja abaixo um resumo simplificado dos cabos UTP.
Nome | Padrão | Largura de banda | Aplicações | Notas |
Cat.1 | 0.4 MHz | Telefonia e linhas de modem | Não é descrita nas recomendações da EIA/TIA. Obsoleto[2] | |
Cat.2 | 4 MHz | Sistemas legados, IBM 3270 | Não é descrita nas recomendações da EIA/TIA. Obsoleto.[2] | |
Cat.3 | UTP | 16 MHz | 10BASE-T e 100BASE-T4 Ethernet | Descrito na EIA/TIA-568. Não recomendado para taxas maiores que 16 Mbit/s. Cabos de telefonia. |
Cat.4 | UTP | 20 MHz | 16 Mbit/s Token Ring | Obsoleto. |
Cat.5 | UTP | 100 MHz | 100BASE-TX & 1000BASE-T Ethernet | Muito usados nas redes LAN |
Cat.5e | UTP | 125 MHz | 100BASE-TX & 1000BASE-T Ethernet | Melhoria da Cat5. |
Cat.6 | UTP | 250 MHz | 10GBASE-T Ethernet | |
Cat.6a | U/FTP, F/UTP | 500 MHz | 10GBASE-T Ethernet | Adiciona blindagem. ISO/IEC 11801:2002. |
Cat.7 | F/FTP, S/FTP | 600 MHz | Telefonia, CCTV, 1000BASE-TX no mesmo cabo. 10GBASE-T Ethernet. | Cabo blindado. ISO/IEC 11801 2nd Ed. |
Cat.7a | F/FTP, S/FTP | 1000 MHz | Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mesmo cabo. 10GBASE-T Ethernet. | Usa os 4 pares. ISO/IEC 11801 2nd Ed. Am. 2. |
Cat.8.1 | U/FTP, F/UTP | 1600-2000 MHz | Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mesmo cabo. 40GBASE-T Ethernet. | Em desenvolvimento. |
Cat.8.2 | F/FTP, S/FTP | 1600-2000 MHz | Telefonia, CATV, 1000BASE-TX no mesmo cabo. 40GBASE-T Ethernet. | Em desenvolvimento. |
Cores
A norma EIA/TIA-568-B prevê duas montagens para os cabos, denominadas T568A e T568B. A montagem T568A usa a sequência branco e verde, verde, branco e laranja, azul, branco e azul, laranja, branco e castanho, castanho.
A montagem T568B usa a sequência branco e laranja, laranja, branco e verde, azul, branco e azul, verde, branco e castanho, castanho.
As duas montagens são totalmente equivalentes em termos de desempenho, cabendo ao montador escolher uma delas como padrão para sua instalação. É boa prática que todos os cabos dentro de uma instalação sigam o mesmo padrão de montagem.
Um cabo cujas duas pontas usam a mesma montagem é denominado Direto (cabo), e serve para ligar estações de trabalho e roteadores a switches ou hubs. Um cabo em que cada ponta é usado uma das montagens é denominado Crossover, e serve para ligar equipamentos do mesmo tipo entre si.
Existem cabos com diferentes representações destes códigos de cores.
- O fio com a cor branca pode ser a cor mais clara (verde-claro, azul-claro, laranja-claro, castanho-claro);
- Fio branco com uma listra de cor;
- Fio completamente branco. Neste caso é necessário ter atenção aos cabos que estão entrelaçados;
- Fio dourado representando o fio "branco e castanho".
Existem também limites de comprimentos para esse tipo de cabo. Quando o cabo é usado para transmissão de dados em Ethernet, Fast Ethernet ou Gigabit Ethernet, o limite para o enlace (distância entre os equipamentos nas duas pontas do cabo) é de no máximo 100 metros. Caso seja necessário interligar equipamentos a distâncias maiores, é preciso usar repetidores, ou instalar uma ponte de rede ou switch no meio do caminho, de forma que cada enlace tenha no máximo 1000 metros.
A norma EIA/TIA-568-B prevê ainda que os cabos UTP sejam divididos em "sólidos" (os condutores são formados de um único filamento) e "flexíveis". O cabo "sólido" deve ser usado para instalações estáticas, onde não há movimentação do cabo. O cabo "flexível" deve ser usado para as pontas da instalação, onde há movimentações constantes do cabo. Como o cabo "flexível" tem características elétricas diferentes das do cabo "sólido", há a recomendação de que seja usado no máximo 10 metros de cabo flexível num enlace. Caso seja necessário usar cabos flexíveis numa distância maior, o tamanho do enlace deve ser diminuído proporcionalmente, para evitar perda de sinal (p.ex., com 10 metros de cabo flexível, o tamanho máximo do enlace desce para 90 metros).[3]
Outras aplicações que não a transmissão de dados em Ethernet, Fast Ethernet ou Gigabit Ethernet podem ter limites diferentes para o tamanho máximo do cabo.
Crossover (cabo) ou direto
Um cabo crossover, é um cabo de rede par trançado que permite a ligação de 2 (dois) computadores pelas respectivas placas de rede sem a necessidade de um concentrador (Hub ou Switch) ou a ligação de modems.[4]
A alteração dos padrões das pinagens dos conectores RJ45 dos cabos torna possível a configuração de cabo crossover.
A ligação é feita com um cabo de par trançado onde tem-se: em uma ponta o padrão T568A, e, em outra, o padrão T568B.
Montagem do Cabo de Rede de Par Trançado CAT3/CAT4/CAT5 ou CAT5e
- Corta-se o cabo de conexão horizontal (para ligar da tomada para o computador) no comprimento desejado (geralmente o cabo deve ter 1,5m).
- Em cada ponta, com a lamina do alicate crimpador retira-se a capa de isolamento azul com um comprimento aproximado de 2 cm.
- Prepare os oito pequenos fios para serem inseridos dentro do conector RJ45, obedecendo a sequencia de cores desejada (T568A ou T568B).
- Após ajustar os fios na posição corta-se as pontas dos mesmos com um alicate ou com a lamina do próprio crimpador para que todos fiquem no mesmo alinhamento e sem rebarbas, para que não ofereçam dificuldades na inserção no conector RJ45.
- Segure firmemente as pontas dos fios e os insira cuidadosamente dentro do conector observando que os fios fiquem bem posicionados.
- Examine o cabo percebendo que as cabeças dos fios entraram totalmente no conector RJ45. Caso algum fio ainda não esteja alinhado refaça o item 4 para realinhar.
- Inserir o conector já com os fios colocados dentro do alicate crimpador, e pressionar até o final.
- Após a crimpagem dos dois lados, use um testador de cabos para certificar que os 8 fios estão funcionando bem.