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Outplacement: diferenças entre revisões

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== Diferenças entre Outplacement e Recolocação Profissional ==
== Diferenças entre Outplacement e Recolocação Profissional ==
Embora compreenda também recolocação, o Outplacement é uma atividade mais abrangente. Seu escopo vai além do preparo do currículo, ao prover um trabalho fim-a-fim de assessoria e orientação durante transição de carreira do profissional.
Embora compreenda também recolocação, o Outplacement é uma atividade mais abrangente. Seu escopo vai além do preparo e distribuição do currículo, ao prover um trabalho fim-a-fim de assessoria e orientação durante transição de carreira do profissional.


A demissão costuma desestruturar o profissional, inviabilizando ou dificultando a continuidade de sua carreira. Quando uma consultoria em "outplacement" é contratada, tem como objetivo acolher o profissional desde o momento da demissão e orientá-lo sobre a melhor maneira de recomeçar, fazendo com que repense e redimensione sua carreira.
A demissão costuma desestruturar o profissional, inviabilizando ou dificultando a continuidade de sua carreira. Quando uma consultoria em "outplacement" é contratada, tem como objetivo acolher o profissional desde o momento da demissão e orientá-lo sobre a melhor maneira de recomeçar, fazendo com que repense e redimensione sua carreira.

Revisão das 01h58min de 4 de novembro de 2016

Outplacement é uma solução profissional, elaborada com o objetivo de conduzir com dignidade e respeito os processos de demissão nas companhias. É um sistema de ganha-ganha, que busca o beneficio de todos os envolvidos.

Os serviços de outplacement, no início de seu desenvolvimento, eram somente oferecidos em países mais desenvolvidos. [1]. Com o advento da globalização, a solução se tornou um produto altamente procurado, e a prática de outplacement passou a ser mais procurada e oferecida em outros mercados. Os países que, anteriormente, eram imunes a mudanças na estrutura organizacional, passaram a estar expostos as mesma práticas comuns no primeiro mundo. Começaram a ocorrer fusões e aquisições, reengenharias e reestruturações, reorganizações e reduções de efetivo em busca de mais lucratividade em uma economia aberta e competitiva. Esta mudança na ordem mundial não trouxe apenas novas oportunidades ao mercado mas também novos desafios, empresariais e profissionais, característicos deste novo mundo que se formava.

No Brasil, em meados da década de 80, as soluções de outplacement passaram a ser mais conhecidas. Surgiram as primeiras empresas nacionais prestadoras deste tipo de serviço e em meados da década de 90 começaram a chegar ao Brasil as primeiras empresas multinacionais do ramo, que aumentaram a diversidade de oferta e competitividade deste mercado. Hoje, este tipo de serviço conta com diversas empresas, nacionais e multinacionais, que oferecem serviços de todo tipo, tamanho e qualidade.

Origem do Termo

O termo outplacement foi cunhado pelo fundador da Challenger, Gray & Christmas, uma consultoria Americana de Carreiras baseada em Chicago. Com o aumento dos projetos de "downsizing" e "rightsizing" ocorrido durante os anos 1980 e 1990 [2] surgiu a necessidade de encontrar um meio de reduzir as consequências destas movimentações, para empregados (tanto para os que saiam quanto para os que permaneciam nas empresas) e para empregadores. Segundo pesquisas, perder o trabalho é uma das experiências mais estressantes pela qual uma pessoa pode passar, de forma semelhante à morte ou divórcio. [3]

Objetivos do Outplacement

Praticar o Outplacement faz bem para a saúde, tanto da empresa, quanto do executivo dispensado. Para as empresas, possibilita atuar de forma socialmente responsável e em sintonia com as novas demandas do mundo atual. Permite, ainda, garantir a qualidade do clima corporativo e fortalecer a imagem institucional perante os públicos interno e externo.

Para os executivos dispensados, representa um importante diferencial competitivo, capaz de minimizar os impactos do desligamento. Participar do programa demonstra que, mesmo não necessitando mais dos préstimos daquele funcionário, o demissor avaliza sua candidatura a um novo posto, oferecendo apoio de especialistas para que ele redefina a trajetória profissional

As consultorias de outplacement são contratadas pelas empresas que estão demitindo seus colaboradores. Elas assessoram, orientam e apoiam os profissionais demitidos na procura por um novo trabalho, na obtenção de um novo emprego ou no início de negócio próprio. Também podem apoiar profissionais que estejam para se aposentar do antigo trabalho mas queiram se manter ativos profissionalmente.

Diferenças entre Outplacement e Recolocação Profissional

Embora compreenda também recolocação, o Outplacement é uma atividade mais abrangente. Seu escopo vai além do preparo e distribuição do currículo, ao prover um trabalho fim-a-fim de assessoria e orientação durante transição de carreira do profissional.

A demissão costuma desestruturar o profissional, inviabilizando ou dificultando a continuidade de sua carreira. Quando uma consultoria em "outplacement" é contratada, tem como objetivo acolher o profissional desde o momento da demissão e orientá-lo sobre a melhor maneira de recomeçar, fazendo com que repense e redimensione sua carreira.

Depois de orientar o profissional no balanço da carreira, revendo seus objetivos pessoais e profissionais e definindo sua área de atuação, em um novo emprego ou um negócio próprio, a consultoria de outplacement auxilia o profissional a desenvolver a sua rede de contatos e relacionamento (networking), cuidar desta rede e trabalhar técnicas de marketing pessoal e negociação. Incentiva, ainda, a busca do aperfeiçoamento e do desenvolvimento contínuo do candidato.

Existem empresas especializadas em recolocação de carreira. Este serviço é, na maioria das vezes, oferecido para pessoas físicas, e envolve a revisão do currículo e divulgação do perfil de profissionais para as companhias de recrutamento e seleção, e empresas de "headhunting" e a executivos de empresas com poder de decisão.

Atividades de Outplacement

Planejamento do processo de demissão

A empresa empregadora e a consultoria contratada por ela para realizar o outplacement definem como será o processo de demissão, antecipadamente, podendo incluir até mesmo a uma análise para definição de quem fica e quem sai, alem de definir a melhor forma de fazer o desligamento do profissional, de maneira que o mesmo não permaneça nenhum minuto sem um acompanhamento e resguardo adequado.

Planejamento do dia da demissão

O dia do desligamento é planejado detalhadamente, as atividade detalhadas minuciosamente, riscos e impactos para o indivíduo e para a organização são considerados, é definido se o trabalho será em grupo ou individualmente, no caso de uma demissão de mais de uma pessoa da mesma organização. É ainda definido como ocorrerá o processo, fim-a-fim, quanto tempo levará o processo, e por exemplo se o dia não é um dia de grande importância para o demitido, tais como natal e ano novo, ou mesmo uma data familiar.

Comunicação dos benefícios

O funcionário é comunicado sobre os benefícios que vai receber da empresa, inclusive com explicação detalhada da importância da atividade da empresa que ira acompanhar seu processo de transição de carreira. Alguns exemplos são a prorrogação do seguro saúde, uma porcentagem sobre a remuneração anual e o direito de utilizar o carro da empresa por mais um período, entre outros.

A recolocação

E finalmente, a recolocação propriamente dita, na qual a empresa de consultoria trabalha para recolocar o demitido no mercado de trabalho, auxiliando-o a refazer seu currículo, aplicando avaliações para identificar seu desempenho, promovendo "workshops" e palestras sobre gestão e mercado, cursos de imersão em inglês e espanhol ou oferecendo apoio psicológico, entre outros serviços.

Ver também

Referências

  1. Doherty, Noeleen (1998). «The role of outplacement in redundancy management». Personnel Review. 27 (4). p. 343 
  2. Littler, Craig R. (2003). Understanding the HR Strategies of the 1990s. [S.l.]: University of Queensland Business School Seminar Series 
  3. Lewison, J. (2002). «From Fired to Hired». Journal of Accountancy. 193 (6): 43