Glória do Ribatejo: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Constatei factos
Etiquetas: Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel
Só constatei factos
Etiquetas: Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel
Linha 40: Linha 40:
Actualmente as mudanças sociais são bem visíveis na Glória devido à formação dos jovens, havendo agora muitas profissões liberais e cursos superiores.
Actualmente as mudanças sociais são bem visíveis na Glória devido à formação dos jovens, havendo agora muitas profissões liberais e cursos superiores.


Por fim, é por todos conhecida a frase:” A GLÓRIA É O MUNDO!”
Por fim, é por todos conhecida a frase:” A GLÓRIA É UM MUNDO!”


==População==
==População==

Revisão das 21h06min de 9 de janeiro de 2022

Portugal Glória do Ribatejo 
  Freguesia portuguesa extinta  
Gentílico Gloriano/a ou Chibo/a
Localização
Mapa
Mapa de Glória do Ribatejo
Coordenadas 39° 02' N 8° 38' O
Município primitivo Salvaterra de Magos
História
Extinção 28 de janeiro de 2013
Características geográficas
Área total 55,03 km²
Outras informações
Orago Nossa. Sra. da Glória

Glória do Ribatejo é uma antiga freguesia do concelho de Salvaterra de Magos, com 55,03 km² de área e 3224 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 58,6 hab/km².
A freguesia foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013,[1] sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Glória do Ribatejo e Granho.

É por muitos considerados a vila mais ribatejana de Portugal fica situada no concelho de Salvaterra de Magos, no distrito de Santarém e é habitada por 3224 habitantes.

A Glória ocupa uma extensão de 10 mil hectares de terra. Está situada na parte Sul do Ribatejo, entre os rios Tejo e Sorraia a 17 km de Salvaterra de Magos e 9 km de Marinhais.

Nossa Senhora da Glória do Ribatejo

Pertenceu à freguesia de Muge, mas actualmente é sede de freguesia, concelho de Salvaterra de Magos, distrito de Santarém. A localidade passou a vila em 20 de Maio de 1993.

Brasão de Glória do Ribatejo

Numa perspectiva histórica, a Glória tem provavelmente sete séculos de existência. Situada numa região plana e aberta, não teria um tipo definido de habitante.

Favorecida pela protecção real (carta de mercês), o povo da Glória voltou-se para a charneca, cultivando e criando gado. Isentos do serviço militar durante anos, este povo foi-se “fechando“ nos seus hábitos e costumes tradicionais e característicos.

Com a guerra colonial, que levou muitos jovens para fora da terra e com o aparecimento do posto emissor (Raret), muito se alterou na localidade. Houve abertura aos hábitos e costumes exteriores, mais postos de trabalho com os seus benefícios económicos, desenvolvimento escolar e possibilidade dos jovens continuarem os seus estudos.

Actualmente as mudanças sociais são bem visíveis na Glória devido à formação dos jovens, havendo agora muitas profissões liberais e cursos superiores.

Por fim, é por todos conhecida a frase:” A GLÓRIA É UM MUNDO!”

População

População da freguesia de Glória do Ribatejo [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
3 189 3 675 3 435 3 427 3 224

Criada pelo decreto lei nº 47.170, de 29 de Agosto de 1966, com lugares desanexados da freguesia de Muge

Distribuição da População por Grupos Etários
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 388 452 1 975 612 11,3% 13,2% 57,6% 17,9%
2011 350 252 1 857 765 10,9% 7,8% 57,6% 23,7%

Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4%

Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0%

Lenda

Em fins de 1366 ficou ligado à história da Glória do Ribatejo a Lenda de El-Rei D. Pedro.

Andava D. Pedro batendo os matos da charneca com séquito e matilhas quando, entusiasmado na perseguição da peça grada, se isolou da sua gente. O corcel frogoso abria clareira nas ervas, incitado pelos seus brados, e o veado, bonito exemplar, nervoso e ágil, altivo na imponência da sua armadura bem lançada de galhos, tomava-lhe a dianteira numa fuga desesperada. Mas o cavalo não cedia, antes tragava aos poucos a distância que o ruminante lhe levava.

El-Rei, embriagado pela luta travada, esporava sempre, olhos aguilhoando o objectivo da carreira, esquecido da companhia. De súbito, surge um pego enorme. E enquanto o veado o galgava, desaparecendo no cerrado da vegetação em bacanal, D. Pedro caiu-lhe dentro, tolhido o cavalo por intraduzível torpor.

De entre moitas, à sorrelpa, um bicho desconhecido, espécie de gato enorme, caminha para o atacar e, numa derradeira esperança, El–Rei invoca a Virgem da Glória. O bicho, sem mais quê, de novo se embrenha no mato e D. Pedro, livre e são, logo ali jurou erguer uma ermida a perpetuar graças. Outros não dão comparsia ao veado. O bicho perseguido salta o pego e o rei passa o mesmo momento angustioso.

História

A origem da Glória do Ribatejo remonta ao século XIV, quando o Rei D. Pedro I manda edificar em 1362 uma igreja, como demonstra a lápide medieval ainda hoje presente na fachada deste templo. Em 1364, o mesmo monarca concede-lhe uma carta de privilégios, com enormes isenções e liberdades, com o intuito de facilitar o povoamento desta nova localidade. Vivendo essencialmente da agricultura, pastorícia e outras actividades mais rudimentares, a Glória do Ribatejo desenvolveu uma cultura muito peculiar que a diferenciou das restantes freguesias do concelho.

Com uma identificação cultural muito marcante, construída no dia a dia desta população, ainda hoje é possível observar nesta povoação costumes ancestrais. Uma das razões apontadas para a preservação destes valores prende-se com a endogamia. No passado, ao evitar casamentos com outras pessoas de outras localidades, este povo conservou genuinamente os usos e costumes dos seus antepassados.

Apesar de ser assediada por outros valores, a Glória do Ribatejo soube sempre respeitar a sua identidade cultural, motivo pelo qual esta vila ainda hoje se orgulha de respirar tradição.

Pontos Turísticos

  • Casa Tradicional de Glória do Ribatejo

Casa Tradicional de Glória do Ribatejo: núcleo existente desde 1988 ,promovido pela Associação para a Defesa do Património Etnográfico e Cultural da Glória do Ribatejo. Reconstitui-se um modelo de habitação de um agricultor de poucos recursos, da década de 40. A casa é feita em adobe, constituída pelas divisões da sala e do quarto.

  • Museu Etnográfico de Glória do Ribatejo

Museu Etnográfico: edifício constituído por dois andares que funcionam como local de exposição de instrumentos agrícolas, peças de vestuário e objectos de valor arqueológico e também como espaço de exposições temáticas.

  • Igreja de Nossa Senhora da Glória

Ao longo dos tempos a igreja medieval mandada construir pelo rei D. Pedro I, sofreu inúmeras alterações. A última grande transformação ocorreu na década de 60 do séc. XX, quando se colocou o relógio, modificando por completo a antiga torre.

  • Fonte Velha

A Fonte Velha foi por muito tempo a única fonte de água existente na Glória do Ribatejo, era o meio utilizado pela população para consumo próprio. De momento encontra-se inativa, trazendo apenas a recordação de que em tempos foi o único meio de sanidade do povo gloriano. Tendo sido arranjada há pouco tempo, tendo agora melhor aspeto, é sem duvida um dos símbolos de Glória do Ribatejo.

  • Fornos de Montoia

A Junta de Freguesia da Glória do Ribatejo ambiciona pôr totalmente a descoberto os antigos fornos do Montóia que serviram, durante dezenas de anos, para produzir tijolo burro aplicado-os depois nas habitações e na construção de poços naquela vila ribatejana.

  • Igreja de Santa Luzia do Cocharro
  • Museu da Casa do Povo

Na própria casa do povo de Glória existe uma parte dedicada inteiramente ao folclore, exposição permanente e exposições temporárias tudo sobre a história do rancho e também sobre a Glória.

Clubes

Museus

Referências

  1. Diário da República, Série I, n.º 19, Reorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I. Acedido a 19/07/2013.
  2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
Ícone de esboço Este artigo sobre freguesias portuguesas é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.