Exército de Anders: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Raimundo57br (discussão | contribs)
Raimundo57br (discussão | contribs)
Linha 43: Linha 43:
Em 1º de março de 1942, Beria relatou a Stalin que exército polonês na URSS tinha 60 mil homens.
Em 1º de março de 1942, Beria relatou a Stalin que exército polonês na URSS tinha 60 mil homens.


== Exército de Anders no Irã ==

As autoridades soviéticas não confiavam no Exército de Anders e reduziram o suprimento de alimentos, o que levou o grosso daquela formação militar a retirar-se da URSS pela fronteira com o [[Irã]].

Alguns poloneses não foram junto com Anders para o Irã e formaram Primeira Divisão de Infantaria polonês Tadeusz Kosciuszko, comandada por [[Zygmunt Berling]] e subordinada à União Soviética.





Revisão das 18h49min de 5 de junho de 2010

Exército de Anders ou Segundo Corpo do Exercito Polonês - Formação militar comandada pelo General Wladyslaw Anders entre 1941 e 1942 no território da URSS, em acordo com o governo polonês no exílio, por cidadãos poloneses que foram feitos prisioneiros na invasão da Polônia pela União soviética em 1939.


A primeira tentativa de criar uma formação polonesa na URSS

Em 2 de novembro de 1940, Laurenti Beria, seguindo ordens de Stalin, propôs a formação de uma divisão militar com os prisioneiros poloneses que estavam na URSS, para ser usada em eventual guerra contra a Alemanha.

Foram selecionados 24 ex-oficiais poloneses (3 generais, um coronel, oito tenentes-coronéis, seis majores e capitães, seis tenentes e alferes) que estavam dispostos a participar de uma possível guerra entre a URSS e a Alemanha.

Alguns destes agentes (Grupo Zygmunt Berling, General Marian Yanushaytis) consideravam-se livres de qualquer obrigação com o Governo de Wladyslaw Sikorski, enquanto outros (Generais Mieczyslaw Boruta-Spehovich e Vaclav Pshezdetsky) afirmaram que participariam na guerra ao lado da União Soviética na condição de aliados e que estariam sob as ordens do governo polonês exilado em Londres.

No entanto, por temer que a decisão soviética de criar uma divisão polonesa precipitasse um ataque pela Alemanha, tal decisão foi aprovada somente em 4 de junho de 1941.

Em 01 de julho de 1941[1] foi criada a 238ª Divisão de Infantaria do Exército Vermelho com poloneses e outros que falavam polonês, ou seja, já posteriormente à invasão da URSS pela Alemanha em 22 de junho.

O acordo sobre a formação do exército polonês na URSS

O ataque da Alemanha contra a União Soviética criou uma situação nova e levou a liderança soviética para não colaborar com qualquer grupo de oficiais poloneses, e sim com o Governo Wladyslaw Sikorski como um todo.

Em 30 de julho de 1941 em Londres, o embaixador soviético para o Reino Unido Ivan Maisky e o primeiro-ministro polonês Sikorski assinaram um acordo para restabelecer relações diplomáticas, que previa a anistia para todos os cidadãos poloneses no território soviético:

Em 12 de agosto de 1941 o Soviete Supremo da URSS emitiu um decreto de anistia.

Em 14 de agosto foi celebrado um acordo militar, que pretendia criar em um curto espaço de tempo na União Soviética um corpo do Exército polonês, que seria uma parte das forças armadas da República soberana da Polônia, que lutaria contra a Alemanha nazista e após a guerra retornaria para a Polônia.

Em 6 de agosto o General Wladyslaw Anders foi nomeado comandante do segundo corpo do exército polonês.

Formação do Exercito de Anders

Em 16 de agosto de 1941 ocorreu uma reunião com o General Alexey Pavlovich Panfilow na qual foi decidida a formação do Exercito polones na URSS por meio do recrutamento obrigatório e voluntário, que contaria com duas divisões de infantaria com entre 7.000 e 8.000 homens cada, tal formação deveria ser apressada para garantir sua entrada na zona de guerra o mais rapidamente possível.

O cronograma dependia do recebimento de armas, munições, uniformes e outros suprimentos que os generais poloneses esperavam obter da Inglaterra e dos Estados Unidos, por meio do governo soviético.

Em 19 de agosto ocorreu a segunda reunião da comissão conjunta soviético-polaca na qual ficou decidido que além das duas divisões de infantaria, haveria um regimento de reserva.

Em 01 de outubro decidiu-se que cada divisão teria 10 mil homens, e 5 mil no regimento de reserva.

Em 25 de dezembro ficou definido que teria 6 divisões, totalizando 96 mil homens, e que seria deslocado para a Ásia Central (Quirguizistão, Usbequistão e Casaquistão).

No início de 1942, durante uma visita às instalações do Exército de Anders, Sikorski disse que aquela formação estaria pronta para a batalha contra a Wehrmacht em 15 de junho.

Em 1º de março de 1942, Beria relatou a Stalin que exército polonês na URSS tinha 60 mil homens.

Exército de Anders no Irã

As autoridades soviéticas não confiavam no Exército de Anders e reduziram o suprimento de alimentos, o que levou o grosso daquela formação militar a retirar-se da URSS pela fronteira com o Irã.

Alguns poloneses não foram junto com Anders para o Irã e formaram Primeira Divisão de Infantaria polonês Tadeusz Kosciuszko, comandada por Zygmunt Berling e subordinada à União Soviética.


Referências