Hipóstase: diferenças entre revisões

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No artigo [[Questões de Método]] que serve de Introdução ao livro [[Crítica da Razão dialética]] do filósofo francês [[Jean-Paul Sartre]] podemos obter um bom exemplo do emprego contemporaneo do termo [[hipostase]].
No artigo [[Questões de Método]] que serve de Introdução ao livro [[Crítica da Razão dialética]] do filósofo francês [[Jean-Paul Sartre]] podemos obter um bom exemplo do emprego contemporaneo do termo [[hipostase]].


"Para alguns, ''a'' Filosofia aparece como um meio homogêneo: os pensamentos nascem e morrem nele, os sistemas nele se edificam para nele desmoronar. Outros consideram-na como uma certa atitude cuja adoçao estaria sempre ao alcance de nossa liberdade. Ainda para outros, é vista como determinado setor da cultura. Em nossa opinião, ''a'' Filosfia ''não exite''; sob qualquer forma que seja considerada, essa sombra da ciência, essa eminência parda da humanidade não passa de uma abstração [[hipostasiada]]. De fato, existem ''várias'' filosofias. Ou melhor - porque nunca encontrareis, em determinado momento mais do que ''uma'' que seja viva -, em certas circunstâncias bem definidas, ''uma'' filosofia se constitui para dar expressão ao movimento geral da sociedade; e, enquanto vive, é ela que serve de meio cultural aos contemporâneos. Esse objeto desconcertante apresenta-se, ''simultaneamente'' sob aspectos profundamente distintos, cuja unificação opera constantemente."
"Para alguns, ''a'' Filosofia aparece como um meio homogêneo: os pensamentos nascem e morrem nele, os sistemas nele se edificam para nele desmoronar. Outros consideram-na como uma certa atitude cuja adoçao estaria sempre ao alcance de nossa liberdade. Ainda para outros, é vista como determinado setor da cultura. Em nossa opinião, ''a'' Filosfia ''não exite''; sob qualquer forma que seja considerada, essa sombra da ciência, essa eminência parada da humanidade não passa de uma abstração [[hipostasiada]]. De fato, existem ''várias'' filosofias. Ou melhor - porque nunca encontrareis, em determinado momento mais do que ''uma'' que seja viva -, em certas circunstâncias bem definidas, ''uma'' filosofia se constitui para dar expressão ao movimento geral da sociedade; e, enquanto vive, é ela que serve de meio cultural aos contemporâneos. Esse objeto desconcertante apresenta-se, ''simultaneamente'' sob aspectos profundamente distintos, cuja unificação opera constantemente."





Revisão das 12h19min de 5 de outubro de 2010

 Nota: Este artigo é sobre Filosofia. Para o livro Gnóstico, veja Hipóstase dos Arcontes.

Hipóstase, do grego hypostasis, significa subsistência, realidade.

Na filosofia de Plotino, Deus se deriva em três hipóstases - uno, nous (inteligência) e alma -, que ele comparava, respectivamente, à luz, ao sol e à lua. Mas o termo foi utilizada por diferentes tradições filosóficas com significados totalmente diferentes daquele adotado por Plotino. Também é encontrado entre os gnósticos. Um dos livros da biblioteca de Nag Hammadi se chama "A Hipóstase dos Arcontes".

Contemporaneamente, designa um equívoco cognitivo que consiste na atribuição de existência concreta a uma realidade fictícia, abstrata, presente apenas na razão humana.


No artigo Questões de Método que serve de Introdução ao livro Crítica da Razão dialética do filósofo francês Jean-Paul Sartre podemos obter um bom exemplo do emprego contemporaneo do termo hipostase.

"Para alguns, a Filosofia aparece como um meio homogêneo: os pensamentos nascem e morrem nele, os sistemas nele se edificam para nele desmoronar. Outros consideram-na como uma certa atitude cuja adoçao estaria sempre ao alcance de nossa liberdade. Ainda para outros, é vista como determinado setor da cultura. Em nossa opinião, a Filosfia não exite; sob qualquer forma que seja considerada, essa sombra da ciência, essa eminência parada da humanidade não passa de uma abstração hipostasiada. De fato, existem várias filosofias. Ou melhor - porque nunca encontrareis, em determinado momento mais do que uma que seja viva -, em certas circunstâncias bem definidas, uma filosofia se constitui para dar expressão ao movimento geral da sociedade; e, enquanto vive, é ela que serve de meio cultural aos contemporâneos. Esse objeto desconcertante apresenta-se, simultaneamente sob aspectos profundamente distintos, cuja unificação opera constantemente."


Nesse parágrafo, Sartre demonstra como a idéia de uma Filosofia, normalmente designada por nós como a Filosofia, na verdade, só existe em nossa mente. O que a história demonstra é que cada período possuí a sua filosofia, não podendo unificar tudo isso ao nome de a Filosofia.

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