Transcomunicação instrumental: diferenças entre revisões

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* Nos Estados Unidos da América: ''Em 1920 Thomas Edison disse ao repórter B.F. Forbes que ele estava trabalhando em uma máquina que poderia fazer contato com espíritos de mortos. Jornais do mundo todo noticiaram a história. Depois de alguns anos Edison admitiu que ele inventou a história toda. (Thomas Edison National Historical Park)''<ref> Links para a afirmação http://www.nps.gov/search/index.htm?page=1&query=dead&sitelimit=nps.gov/edis na Thomas Edison National Historical Park </ref>.
* Nos Estados Unidos da América: ''Em 1920 Thomas Edison disse ao repórter B.F. Forbes que ele estava trabalhando em uma máquina que poderia fazer contato com espíritos de mortos. Jornais do mundo todo noticiaram a história. Depois de alguns anos Edison admitiu que ele inventou a história toda. (Thomas Edison National Historical Park)''<ref> Links para a afirmação http://www.nps.gov/search/index.htm?page=1&query=dead&sitelimit=nps.gov/edis na Thomas Edison National Historical Park </ref>.


* No Brasil: ''o português naturalizado Augusto de Oliveira Cambraia, patenteou, em 1909, o "Telégrafo Vocativo Cambraia" de 1909, que propunha um sistema de comunicação a distância, utilizando-se 'das almas e espíritos que vagam pela estratosfera', este último referindo-se talvez aos atuais satélites de comunicação'' (RAINHO)<ref>RAINHO,Maria do Carmo Teixeira. A INVENTIVA BRASILEIRA NA VIRADA DO SÉCULO XIX PARA O XX da ''COLEÇÃO PRIVILÉGIOS INDUSTRIAIS DO ARQUIVO NACIONAL'', JUL-OUT 1996, p. 320. http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v3n2/v3n2a07.pdf - Maria do Carmo Teixeira RAINHO - Coordenadora de Pesquisa do Arquivo Nacional - Mestre em História da Cultura (PUC/RJ)</ref>. Já o escritor [[João do Rio]] de 1919, ironiza esses inventores do rádio dizendo: ''Houve um surto de inventividade no início do século XX, que traduzia o deslumbre pelas novas possibilidades técnicas, João do Rio, no livro [[Cinematographo]], narra o fascínio de pessoas pertencentes a diferentes classes sociais e profissões pela possibilidade de criar novos objetos. O cronista ironiza esse processo e chama os inventores de palermas, já que se empenhavam em criar objetos inúteis, muitas vezes inverossímeis, na busca de fama e fortuna. Como foi o caso de um cidadão que queria transformar capim em alfafa, pondo óculos verdes nos burros''(VIEIRA)<ref>JOÃO DO RIO, Cinematographo. Rio de Janeiro, Livraria Chardon, 1909, p. 10-18</ref><ref>VIEIRA,Michele Cruz. Rádio e imaginário técnico:
* No Brasil: ''o português naturalizado Augusto de Oliveira Cambraia, patenteou, em 1909, o "Telégrafo Vocativo Cambraia" de 1909, que propunha um sistema de comunicação a distância, utilizando-se 'das almas e espíritos que vagam pela estratosfera', este último referindo-se talvez aos atuais satélites de comunicação'' (RAINHO)<ref>RAINHO,Maria do Carmo Teixeira. A INVENTIVA BRASILEIRA NA VIRADA DO SÉCULO XIX PARA O XX da ''COLEÇÃO PRIVILÉGIOS INDUSTRIAIS DO ARQUIVO NACIONAL'', JUL-OUT 1996, na página 320 linhas de 33 a 36 contadas de cima para baixo. http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v3n2/v3n2a07.pdf - Maria do Carmo Teixeira RAINHO - Coordenadora de Pesquisa do Arquivo Nacional - Mestre em História da Cultura (PUC/RJ)</ref>. Já o escritor [[João do Rio]] de 1919, ironiza esses inventores do rádio dizendo: ''Houve um surto de inventividade no início do século XX, que traduzia o deslumbre pelas novas possibilidades técnicas, João do Rio, no livro [[Cinematographo]], narra o fascínio de pessoas pertencentes a diferentes classes sociais e profissões pela possibilidade de criar novos objetos. O cronista ironiza esse processo e chama os inventores de palermas, já que se empenhavam em criar objetos inúteis, muitas vezes inverossímeis, na busca de fama e fortuna. Como foi o caso de um cidadão que queria transformar capim em alfafa, pondo óculos verdes nos burros''(VIEIRA)<ref>JOÃO DO RIO, Cinematographo. Rio de Janeiro, Livraria Chardon, 1909, p. 10-18</ref><ref>VIEIRA,Michele Cruz. Rádio e imaginário técnico:
Novos horizontes da modernidade e do progresso, anais do ''XIV Encontro da Associação Nacional de História'', 19-23 Junho de 2010. p. 2. ISBN 978-85-60979-08-0 http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276636804_ARQUIVO_ArtigoMicheleCruzVieiraANPUH2010.pdf -
Novos horizontes da modernidade e do progresso, anais do ''XIV Encontro da Associação Nacional de História'', 19-23 Junho de 2010. p. 2. ISBN 978-85-60979-08-0 http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276636804_ARQUIVO_ArtigoMicheleCruzVieiraANPUH2010.pdf -
∗ Michele Cruz VIEIRA, Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora do Departamento de
∗ Michele Cruz VIEIRA, Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora do Departamento de

Revisão das 01h35min de 30 de julho de 2011

[controverso] A transcomunicação instrumental (TCI) estuda a comunicação entre vivos e mortos através de aparelhos eletrónicos como por exemplo rádio, televisão, telefone e computador.[1]

Por vezes o termo é confundido com o "Electronic Voice Phenomena" (EVP) que, por se tratar apenas da manifestação de vozes em aparelhos, está contido dentro da TCI.

História

Capa do livro de D'Argonnel (1925).

A possibilidade de comunicações com o mundo espiritual sem a interferência direta de um médium, foi considerada por diversos inventores no começo do século XX.

  • Nos Estados Unidos da América: Em 1920 Thomas Edison disse ao repórter B.F. Forbes que ele estava trabalhando em uma máquina que poderia fazer contato com espíritos de mortos. Jornais do mundo todo noticiaram a história. Depois de alguns anos Edison admitiu que ele inventou a história toda. (Thomas Edison National Historical Park)[2].
  • No Brasil: o português naturalizado Augusto de Oliveira Cambraia, patenteou, em 1909, o "Telégrafo Vocativo Cambraia" de 1909, que propunha um sistema de comunicação a distância, utilizando-se 'das almas e espíritos que vagam pela estratosfera', este último referindo-se talvez aos atuais satélites de comunicação (RAINHO)[3]. Já o escritor João do Rio de 1919, ironiza esses inventores do rádio dizendo: Houve um surto de inventividade no início do século XX, que traduzia o deslumbre pelas novas possibilidades técnicas, João do Rio, no livro Cinematographo, narra o fascínio de pessoas pertencentes a diferentes classes sociais e profissões pela possibilidade de criar novos objetos. O cronista ironiza esse processo e chama os inventores de palermas, já que se empenhavam em criar objetos inúteis, muitas vezes inverossímeis, na busca de fama e fortuna. Como foi o caso de um cidadão que queria transformar capim em alfafa, pondo óculos verdes nos burros(VIEIRA)[4][5]

A primeira obra sobre o assunto, ainda sem a moderna denominação, foi "Vozes do Além pelo Telephone (Novo e admirável system de communicação - Os espíritos fallando pelo telephone)" de Oscar D'Argonnel, publicada no Rio de Janeiro, em 1925. O autor conhecido pesquisador espírita do começo do século XX, nela reuniu diversos casos onde a comunicação com os mortos podia dar-se através do telefone. Apesar de suas ponderadas considerações, por ser um veículo particularmente propenso a fraudes e engodos, o assunto não mereceu outras abordagens mais sérias, durante décadas.

A moderna fase da TCI iniciou-se com o crítico de arte sueco Friedrich Jüergenson (1903-1987) que, em seus momentos de lazer, em sua casa de campo em Molbno, tinha o hábito de gravar o canto dos pássaros da região. Em 1959, ao escutar uma dessas gravações, deparou-se com vozes humanas entre os cantos gravados. Estranhou o fato, uma vez que estivera absolutamente só ao realizar a gravação, no meio de um bosque. Ao ouvir com mais cuidado, notou que se tratava de vozes de pessoas e que podiam ser percebidas palavras em vários idiomas, o que descartava a hipótese de interferência de alguma emissora de rádio. Aprofundando-se em novas gravações, assombrou-se ao perceber que as vozes o chamavam pelo nome, por apelidos e que podiam responder a perguntas feitas no local, o que também descartava a hipótese de captação de rádio-amador ou outro tipo de transmissão à distância. Indagando de quem seriam aquelas vozes, a resposta não tardou: "Somos os mortos...".

A partir de então, Jüergenson aprofundou-se nas pesquisas e aperfeiçoou o método de captação da vozes. Com os resultados obtidos, lançou a obra "Sprechfunk Mit Verstorbenem" (1967, publicada em língua portuguesa em 1972 sob o título "Telefone para o Além"), tornando o assunto conhecido do grande público.

Outra referência sobre a pesquisa em TCI é o trabalho do Dr. Konstantin Raudive (1909-1974) publicada sob o título "Unhörbares Wird Hörbar" (1968), publicada em língua inglesa em 1971 sob o título "Breakthrough". Nela relaciona diversos nomes de estações emissoras do além, como a "Stúdio Kelpe", "Rádio Peter", "Kegele", "Kostule", "Ponte Goethe", "Vários Transmissores", "Rádio Sigtuma", "Arvides", "Irvines", entre outras (RAUDIVE, 1971:178).

Posteriormente, em 1978 o pesquisador estadunidense George Meek, através de um aparelho de sua invenção, o "Spiricom", estabeleceu diálogo com um espírito identificado como "Dr. Muler". Na década de 1980 muitos outros contatos foram registrados por outros pesquisadores, nomeadamente na Europa.

No Brasil

O Brasil sediou um Congresso Internacional de Transcomunicação em Maio de 1992, na cidade de São Paulo, com a participação dos pesquisadores Hernani Guimarães Andrade e Sônia Rinaldi. No país, à época, a maioria das comunicações era registada através de gravadores de fita magnética.[6].

Notas

  1. ARAIA, Eduardo. A Transcomunicação Instrumental em Balanço (entrevista com Hernani Guimarães Andrade). Revista Planeta. ed. 281, ano 24, nr. 2, fevereiro de 1996. p. 14-21.
  2. Links para a afirmação http://www.nps.gov/search/index.htm?page=1&query=dead&sitelimit=nps.gov/edis na Thomas Edison National Historical Park
  3. RAINHO,Maria do Carmo Teixeira. A INVENTIVA BRASILEIRA NA VIRADA DO SÉCULO XIX PARA O XX da COLEÇÃO PRIVILÉGIOS INDUSTRIAIS DO ARQUIVO NACIONAL, JUL-OUT 1996, na página 320 linhas de 33 a 36 contadas de cima para baixo. http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v3n2/v3n2a07.pdf - Maria do Carmo Teixeira RAINHO - Coordenadora de Pesquisa do Arquivo Nacional - Mestre em História da Cultura (PUC/RJ)
  4. JOÃO DO RIO, Cinematographo. Rio de Janeiro, Livraria Chardon, 1909, p. 10-18
  5. VIEIRA,Michele Cruz. Rádio e imaginário técnico: Novos horizontes da modernidade e do progresso, anais do XIV Encontro da Associação Nacional de História, 19-23 Junho de 2010. p. 2. ISBN 978-85-60979-08-0 http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276636804_ARQUIVO_ArtigoMicheleCruzVieiraANPUH2010.pdf - ∗ Michele Cruz VIEIRA, Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Gama Filho (UGF)
  6. ARAIA, Eduardo. A Transcomunicação Instrumental em Balanço (entrevista com Hernani Guimarães Andrade). Revista Planeta. ed. 281, ano 24, nr. 2, fevereiro de 1996. p. 14-21.

  • BRUNE. François (Pe.). Os Mortos nos Falam. Sobradinho (DF): Edicel, 1991.
  • BRUNE, François; CHAUVIN, Rémy. Linha Direta com o Além. Sobradinho (DF): Edicel, 1994.
  • JÜRGENSON, Friedrich. Telefone para o Além. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
  • RAUDIVE, Konstantin. Breakthrough. New York: Taplinger, 1971.
  • SCHÄFER, Hildegard. Ponte entre o Aqui e o Além. São Paulo: Pensamento, 1992.
  • STONE, Robert B.. La Magia del Poder Psicotrônico. Madrid: Edaf, 1984.

Ligações externas

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