Agripa Póstumo: diferenças entre revisões

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'''Marco Vipsânio Agripa Póstumo''' (em [[latim]] ''Marcus Vipsanius Agrippa Postumus''; [[12 a.C.]][[14|14 d.C.]]), também conhecido como '''Agripa Póstumo''', era um filho menor de [[Marco Vipsânio Agripa]] e de [[Júlia, a Maior]]. Os seus avôs maternos eram o imperador romano [[César Augusto]] e a sua segunda esposa [[Escribônia]]. Em [[12 a.C.]], [[Marco Vipsânio Agripa]], o seu pai, faleceu. O imperador, Augusto, adotou os seus dois irmãos maiores, [[Caio César|Caio]] e [[Lúcio César|Lúcio]], como os seus filhos e herdeiros. Augusto aparentemente não adotou Póstumo como amostra do respeito pelo seu velho amigo Marco (de modo que ele tivesse um filho para continuar a sua linhagem).
'''Marco Vipsânio Agripa Póstumo''' (em [[latim]] ''Marcus Vipsanius Agrippa Postumus''; {{dni|lang=br|26|6|12 a.C.|si}} {{morte|lang=br|20|8|14}}), também conhecido como '''Agripa Póstumo''', era um filho menor de [[Marco Vipsânio Agripa]] e de [[Júlia, a Maior]]. Os seus avôs maternos eram o imperador romano [[César Augusto]] e a sua segunda esposa [[Escribônia]]. Em [[12 a.C.]], [[Marco Vipsânio Agripa]], o seu pai, faleceu. O imperador, Augusto, adotou os seus dois irmãos maiores, [[Caio César|Caio]] e [[Lúcio César|Lúcio]], como os seus filhos e herdeiros. Augusto aparentemente não adotou Póstumo como amostra do respeito pelo seu velho amigo Marco (de modo que ele tivesse um filho para continuar a sua linhagem).


Embora haja poucas fontes sobre ele entre os seus contemporâneos, todos os historiadores romanos convêm em considerá-lo como grosseiro e brutal; apenas [[Tácito]] o trata ligeiramente bem:{{Quote|(Ele era) jovem, fisicamente vigoroso, de fato, brutal, Agripa Póstumo. Contudo, embora estivesse desprovido de bons valores, não esteve implicado em escândalos}}.
Embora haja poucas fontes sobre ele entre os seus contemporâneos, todos os historiadores romanos convêm em considerá-lo como grosseiro e brutal; apenas [[Tácito]] o trata ligeiramente bem:{{Quote|(Ele era) jovem, fisicamente vigoroso, de fato, brutal, Agripa Póstumo. Contudo, embora estivesse desprovido de bons valores, não esteve implicado em escândalos}}.

Revisão das 19h16min de 30 de março de 2012

Marco Vipsânio Agripa Póstumo (em latim Marcus Vipsanius Agrippa Postumus; 26 de junho de 12 a.C.20 de agosto de 14), também conhecido como Agripa Póstumo, era um filho menor de Marco Vipsânio Agripa e de Júlia, a Maior. Os seus avôs maternos eram o imperador romano César Augusto e a sua segunda esposa Escribônia. Em 12 a.C., Marco Vipsânio Agripa, o seu pai, faleceu. O imperador, Augusto, adotou os seus dois irmãos maiores, Caio e Lúcio, como os seus filhos e herdeiros. Augusto aparentemente não adotou Póstumo como amostra do respeito pelo seu velho amigo Marco (de modo que ele tivesse um filho para continuar a sua linhagem).

Embora haja poucas fontes sobre ele entre os seus contemporâneos, todos os historiadores romanos convêm em considerá-lo como grosseiro e brutal; apenas Tácito o trata ligeiramente bem:

(Ele era) jovem, fisicamente vigoroso, de fato, brutal, Agripa Póstumo. Contudo, embora estivesse desprovido de bons valores, não esteve implicado em escândalos

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Desterro

Nunca houve consenso claro de que sucedeu, mas por volta de 6 d.C. ou 7, Augusto mandou-o para a pequena ilha de Planasia. Tácito sugestiona que Lívia Drusila lhe tinha aversão e que o evitava, pois ele estava antes do seu filho Tibério na sucessão de César Augusto. Alguns historiadores modernos sugestionaram que poderia estar envolvido numa conspiração. Pelas mesmas datas, a mãe de Póstumo, Júlia, a Maior, casada com o que seria imperador Tibério, foi exilada por ordem do seu pai acusada de adultério. Assim mesmo, posteriormente foi abortado um plano para resgatar Póstumo e Júlia.

Em todo caso, o desterro de Póstumo assegurou a prioridade a Tibério como herdeiro de César Augusto. Tácito [1] e de Dião Cássio [2] relatam como Augusto ideou uma visita segreda à ilha em 13 d.C., para se desculpar com o seu neto e para avisar sobre os seus planos de que regressasse a Roma. Um amigo no que confiava, Fábio Máximo, acompanhou e jurou a Augusto guardar o segredo sobre o acontecido; mas Máximo contou-o à sua esposa Márcia, que pela sua vez o mencionou a Lívia Drusila. Máximo pronto foi assassinado, e Márcia acusou posteriormente Lívia de ser responsável pela morte. A veracidade desta história é duvidosa.

Morte

Independentemente da suposta visita de César Augusto, o imperador faleceu ao ano seguinte sem libertar Póstumo de Planasia, e pouco depois da sua morte, Póstumo foi executado pelos seus guardiães. As versões contraditórias sobre quem ordenou a execução, existiram quase desde o começo, quando Tibério imediatamente e em público negou de imediato as acusações de ordenar a sua morte. Enquanto alguns sugestionaram que Augusto mesmo pôde ordenar via instruções segredas que não deixassem sobreviver Póstumo, é mais provável que Tibério ou Lívia Drusila (com ou possivelmente sem o conhecimento de Tibério) dessem a ordem, aproveitando a situação política confusa à morte de César Augusto.

Ficção

Robert Graves, no seu trabalho Eu, Cláudio, sugestiona que, pela influência de Lívia Drusila, Augusto também lhe teria aversão. Graves, até mesmo, criou um incidente fictício, no qual Póstumo é desmascarado por Lívia Drusila e a sua neta Livila, para acusá-lo de violação (note-se que Eu, Cláudio fez um dano considerável à imagem de Lívia Drusila, e que os historiadores modernos discrepam da ideia da conspiração de Lívia para a sucessão).

Referências

  1. Tácito 1.3; 1.5
  2. Dião Cássio 56.30
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Póstumo César».