Plumbaginaceae: diferenças entre revisões
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Revisão das 19h25min de 12 de junho de 2013
Plumbaginaceae | |||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||
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Sinónimos | |||||||||||
Aegialitidaceae |
Com distribuição predominantemente ampla, a família Plumbaginaceae pertencente à ordem Caryophyllales possui cerca de 1000 espécies, distribuídas em 24 gêneros. No Brasil, ocorrem cerca de 2 gêneros e 2 espécies, sendo uma de cada gênero.
Trata-se de ervas (anuais ou perenes), arbustos ou lianas, com adaptações para sobreviver à ambientes montanhosos, frios e secos, ou em ambientes salinos .
Possuem grande valor ornamental com a “bela-emília” e a “lavanda-do-mar”. Além de valor medicinal, com plantas do gênero Plumbago.
Descrição
Podem ser ervas anuais ou perenes, arbustos ou lianas.
Folhas
Possuem folhas simples, alternas, com margem inteira, sem estípula (às vezes pseudoestípulas) e pecíolo curto.
Flores
Com inflorescências racemosas ou cimosas, possuem flores relativamente grandes e frequentemente vistosas, bissexuadas, actinomorfa, diclamídeas, com cálice colorido, pentâmero, gamossépalo, frequentemente com tricomas glandulosos na parte externa; corola também pentâmera, gamopétala (raramente dialipétala), às vezes protegida por bractéolas grandes e secas; estames em número igual ao das pétalas, alternissépalos (raramente epipétalos), anteras rimosas; ovário súpero, com 5 carpelos (pentacarpelar), unilocular; placentação ereta, 1 óvulo (uniovulado); estiletes livres entre si (ou apenas um).
Frutos
Fruto aquênio, envolvido pelo cálice ou cápsula; com embrião reto e endosperma farinoso.
No Brasil
Os gêneros nativos do Brasil podem ser diferenciados pela presença de inflorescência racemosa e estilete único em Plumbago e inflorescência cimosa e cinco estiletes em Limonium.
Distribuição Geográfica
A família Plumbaginaceae é formada por 24 gêneros entre 650 e 1.000 espécies, e possui distribuição ampla, porém concentrada principalmente na região desde o Mediterrâneo até a Ásia Central, preferencialmente em ambientes montanhoso, frios e secos, ou na zona costeira, sob forte influência marinha.
No Brasil, foram registradas apenas duas espécies: Plumbago scandens L. e Limonium brasiliense (Boiss.) Kuntze. Estas são encontradas no litoral sul ("Limonium" Mill.) ou estando freqüentemente associadas à borda de Florestas de Restinga ou Floresta Atlântica ("Plumbago" L.)(ROCHA, 2008).
Adaptações/Caracteres evolutivos
Espécies desta família preferem condições salinas e, na maioria das vezes, ambientes secos. Espécies de Limonium e algumas outras plantas halófitas são suculentas; também são os únicos membros da família que podem crescer em pântanos de água salgada (Hanson et al. 1994; Flowers & Colmer 2008; Ogburn & Edwards 2010 apud Mobot). Os compostos de amônia quarternário que têm sidos encontrados em praticamente todos os membros da família estão envolvidos na excreção de sal (Hanson et al. 1994, apud Mobot).
Reprodução
As flores da família Plumbaginaceae são polinizadas por insetos e o seu cálice persistente auxilia na polinização pelo vento (polinização anemófila).
Importância Econômica
Algumas espécies de Plumbaginaceae são cultivadas como plantas ornamentais. É o caso da bela-emília (Plumbago auriculata), planta originária da África do Sul, ela é um arbusto com ramos prostados, utilizado para cercas vivas e como planta pendente nos muros. Além desta espécie, destacam-se também Limonium latifolium e L. sinuatum, conhecidas como lavanda-do-mar.
E, além disso, plantas do gênero Plumbago têm sido utilizadas na medicina popular como anti-reumático, purgativo, contra sífilis e dores de dente (PAIVA et al, 2002)
Gêneros
Sinônimos
Aegialitidaceae, Armeriaceae, Limoniaceae, Staticaceae
Referências
- http://www.freewebs.com/rapinibot/embriofitas/parte7.pdf
- http://www.mobot.org/MOBOT/Research/APweb/welcome.html
- Joly, Aylthon B. (2005), Botânica, introdução à taxonomia vegetal – 13ª Edição.
- Souza, Vinicius C. & Lorenzi, Harri (2009), Botânica Sistemática – APG III, 3ª Edição.
- http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/ConsultaPublicaUC.do
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422002000500002&lng=en&nrm=iso
- Barboso, Graziela M. & Peixoto, Ariane L. (2002), Sistemática de Angiospermas do Brasil – Volume I, 2ª Edição.
- Rocha, Lamarck N. G.; Souza, Diego N. N.; Santos, Drayena A.; Melo, José I. M. & Camacho, Ramiro G. V. Flora do Rio Grande do Norte: Plumbaginaceae Juss. 59° Congresso Nacional de Botânica – Rio Grande do Norte, 2008.
Ver também
Ligações externas
- (em português) Lista da Flora do Brasil
- (em português) Alexandro Rapini. Embriófitas.pdf
- (em inglês) Chave de identificação de famílias de angiospérmicas
- (em inglês) Informação sobre Caryophyllales - Angiosperm Phylogeny Website
- (em português) Descrição botânica, ocorrência, uso paisagiístico e principais espécies
- (em inglês) Imagens e descrição de famílias de angiospérmicas - segundo sistema Cronquist
- (em português) PAIVA, Selma Ribeiro de. et al . Perfil cromatográfico de duas espécies de Plumbaginaceae: Plumbago scandens L. E Plumbago auriculata Lam. Quím. Nova, São Paulo, 2002