Darcy Penteado: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de Dgtrnng para a última revisão de Hipersyl, de 16h47min de 17 de setembro de 2015 (UTC)
Linha 16: Linha 16:
|prémios = [[4º Prêmio Jabuti|Prémio Jabuti 1962]]
|prémios = [[4º Prêmio Jabuti|Prémio Jabuti 1962]]
}}
}}
'''Darcy Penteado''', ([[São Roque (SP)|São Roque]], [[1926]] &mdash; [[São Paulo]], - [[2 de dezembro|de dezembro]] de [[1987]]), foi um artista plástico, [[Desenho|desenhista]], gravador, [[cenógrafo]], figurinista, literato, [[Dramaturgia|autor teatral]] e pioneiro militante dos movimentos [[LGBT]] [[brasil]]eiro.<ref>{{citar web |url=http://www.pitoresco.com.br/brasil/dpenteado/penteado.htm |publicado=Pitoresco.com.br |obra= |autor= |título=Pitoresco |data= |acessodata= }}</ref> Distinguindo-se sempre pelos elegantes desenhos a [[bico de pena]], trabalhou primeiro em [[publicidade]] e como [[figurinista]], ilustrando revistas de moda, passando logo a trabalhar em [[teatro]], como figurinista e cenógrafo, tendo participado, na [[década de 1950]], do [[TBC]].<ref>{{citar web |url=http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=727 |publicado=Itaucultural.org.br |obra= |autor= |título=Itaú Cultural |data= |acessodata= }}</ref> Participou de inúmeras exposições, ilustrou livros e foi uma figura presente na cena cultural da cidade de São Paulo entre a década de 1950 e [[década de 1980]], quando faleceu vitimado pela [[AIDS]]. Participou ativamente, durante os anos de repressão da [[Ditadura militar no Brasil|ditadura militar]], do jornal [[O Lampião]], ativo na defesa dos direitos dos [[Homossexualismo|homossexuais]].<ref>{{citar web |url=http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/se/noticias/index.php?p=11003 |publicado=Prefeitura.sp.gov.br |obra= |autor= |título=P.M. São Paulo |data= |acessodata= }}</ref> Atualmente, suas obras podem ser vistas no museu mantido pelo Centro Cultural Brasital, no município de São Roque, em São Paulo.
'''Darcy Penteado''', ([[São Roque (SP)|São Roque]], [[1926]] &mdash; [[São Paulo]], - [[2 de dezembro|de dezembro]] de [[1987]]), foi um artista plástico, [[Desenho|desenhista]], gravador, [[cenógrafo]], figurinista, literato, [[Dramaturgia|autor teatral]] e pioneiro militante dos movimentos [[LGBT]] [[brasil]]eiro.<ref>{{citar web |url=http://www.pitoresco.com.br/brasil/dpenteado/penteado.htm |publicado=Pitoresco.com.br |obra= |autor= |título=Pitoresco |data= |acessodata= }}</ref> Distinguindo-se sempre pelos elegantes desenhos a [[bico de pena]], trabalhou primeiro em [[publicidade]] e como [[figurinista]], ilustrando revistas de moda, passando logo a trabalhar em [[teatro]], como figurinista e cenógrafo, tendo participado, na [[década de 1950]], do [[TBC]].<ref>{{citar web |url=http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=727 |publicado=Itaucultural.org.br |obra= |autor= |título=Itaú Cultural |data= |acessodata= }}</ref> Participou de inúmeras exposições, ilustrou livros e foi uma figura presente na cena cultural da cidade de São Paulo entre a década de 1950 e [[década de 1980]], quando faleceu vitimado pela [[AIDS]]. Participou ativamente, durante os anos de repressão do [[Regime militar no Brasil|Regime Militar]], do jornal [[O Lampião]], ativo na defesa dos direitos dos [[Homossexualismo|homossexuais]].<ref>{{citar web |url=http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/se/noticias/index.php?p=11003 |publicado=Prefeitura.sp.gov.br |obra= |autor= |título=P.M. São Paulo |data= |acessodata= }}</ref> Atualmente, suas obras podem ser vistas no museu mantido pelo Centro Cultural Brasital, no município de São Roque, em São Paulo. E também está sendo exposto no museu da Diversidade Sexual na [[Estação República (Metrô de São Paulo)|Estação República]] entre os dias 29 de janeiro de [[8 de maio]] de [[2016]], réplicas de fragmentos de suas obras em tamanho natural humano<ref>http://infoartsp.com.br/agenda/darcy-penteado-o-observador-do-humano/#</ref>


== Biografia ==
== Biografia ==
Dedicou-se durante os anos 50 à trabalhos na área de indumentária e cenografia, trabalhando com diretores representativos do período. Após os 10 anos, muda-se para São Paulo, para concluir seus estudos. Distingue-se pelos desenhos que realiza, levando-o a trabalhar em agências de publicidade, de desenho industrial e como figurinista de magazines. Faz retratos e, tornando-se conhecido, destaca-se no meio profissional.
Dedicou-se durante a [[Década de 1950]] à trabalhos na área de indumentária e cenografia, trabalhando com diretores representativos do período. Após os 10 anos, muda-se para São Paulo, para concluir seus estudos. Distingue-se pelos desenhos que realiza, levando-o a trabalhar em agências de publicidade, de desenho industrial e como figurinista de magazines. Faz retratos e, tornando-se conhecido, destaca-se no meio profissional.


Em 1952, Darcy estréia no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, confeccionando as máscaras para [[São Roque (SP)|Antígone]], de Sófocles, direção de Adolfo Celi. No mesmo ano, está em [[São Roque (SP)|A Calça]], de Carl Sternheim; e [[São Roque (SP)|Iolanda]], de Curt Goetz, com direção de Antunes Filho, em 1954, duas montagens do grupo de Lotte Sievers. Realiza a cenografia de [[1926|É Proibido Suicidar-se na Primavera,]] para a Companhia Nicette Bruno, arrebatando o Prêmio Governador do Estado. Ainda em 1954 cenografa [[São Roque (SP)|Os Dous ]]<nowiki/>ou[[São Roque (SP)| O Inglês Maquinista]], de Martins Pena, direção de Luís de Lima, para a Escola de Arte Dramática, EAD. Para o Balé do IV Centenário cria os cenários e figurinos para [[1926|Sonata da Angústia,]] com música de Bártok, em 1954. Em 1955, idealiza os figurinos de [[1926|Santa Marta Fabril S. A.]], de Abílio Pereira de Almeida, para o TBC. Volta a trabalhar com Lotte Sievers, num texto de sua autoria, [[1926|A Morte Foi Contratada]], direção de Ruy Affonso, em 1956. No ano seguinte está em duas criações:[[1926|Casal Vinte]], de Miroel Silveira, e [[1926|Esses Maridos]], de George Axelrod, direção de Adolfo Celi e produção da Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA. Em 1958, confecciona os figurinos para[[1926|Pedreira das Almas]], de Jorge Andrade, dirigido por Alberto D'Aversa, no TBC.Desde 1955 vinha participando na televisão, como diretor de arte. Em 1960 faz os cenários e figurinos de[[1926|Um Gosto de Mel]], de Shellagh Delaney, direção de Benedito Corsi, novamente para o TBC. Em 1961, integra a produção de [[1926|Armadilha para um Homem Só]], de Robert Thomas, uma direção de Luís de Lima para o Teatro Maria Della Costa, TMDC.
Em 1952, Darcy estréia no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, confeccionando as máscaras para [[São Roque (SP)|Antígone]], de Sófocles, direção de Adolfo Celi. No mesmo ano, está em [[São Roque (SP)|A Calça]], de Carl Sternheim; e [[São Roque (SP)|Iolanda]], de Curt Goetz, com direção de Antunes Filho, em 1954, duas montagens do grupo de Lotte Sievers. Realiza a cenografia de [[1926|É Proibido Suicidar-se na Primavera,]] para a Companhia Nicette Bruno, arrebatando o Prêmio Governador do Estado. Ainda em 1954 cenografa [[São Roque (SP)|Os Dous ]]<nowiki/>ou[[São Roque (SP)| O Inglês Maquinista]], de Martins Pena, direção de Luís de Lima, para a Escola de Arte Dramática, EAD. Para o Balé do IV Centenário cria os cenários e figurinos para [[1926|Sonata da Angústia,]] com música de Bártok, em 1954. Em 1955, idealiza os figurinos de [[1926|Santa Marta Fabril S. A.]], de Abílio Pereira de Almeida, para o TBC. Volta a trabalhar com Lotte Sievers, num texto de sua autoria, [[1926|A Morte Foi Contratada]], direção de Ruy Affonso, em 1956. No ano seguinte está em duas criações:[[1926|Casal Vinte]], de Miroel Silveira, e [[1926|Esses Maridos]], de George Axelrod, direção de Adolfo Celi e produção da Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA. Em 1958, confecciona os figurinos para[[1926|Pedreira das Almas]], de Jorge Andrade, dirigido por Alberto D'Aversa, no TBC.Desde 1955 vinha participando na televisão, como diretor de arte. Em 1960 faz os cenários e figurinos de [[1926|Um Gosto de Mel]], de Shellagh Delaney, direção de Benedito Corsi, novamente para o TBC. Em 1961, integra a produção de [[1926|Armadilha para um Homem Só]], de Robert Thomas, uma direção de Luís de Lima para o Teatro Maria Della Costa, TMDC.


Afastado do teatro durante algum tempo, Darcy retorna, em 1977, como o figurinista de[[São Roque (SP)|Volpone]], de Ben Johnson, direção de Antônio Abujamra. Envolve-se, na sequência, com produções obscuras até lançar-se como autor em [[1926|A Engrenagem]], de 1978, direção de Odavlas Petti, assumindo abertamente a condição homossexual, assunto que será também explorado em sua primeira novela - [[1926|A Meta]] -, editada no ano seguinte, período em que está francamente envolvido na luta contra a discriminação.
Afastado do teatro durante algum tempo, Darcy retorna, em 1977, como o figurinista de[[São Roque (SP)|Volpone]], de Ben Johnson, direção de Antônio Abujamra. Envolve-se, na sequência, com produções obscuras até lançar-se como autor em [[1926|A Engrenagem]], de 1978, direção de Odavlas Petti, assumindo abertamente a condição homossexual, assunto que será também explorado em sua primeira novela - [[1926|A Meta]] -, editada no ano seguinte, período em que está francamente envolvido na luta contra a discriminação.

Revisão das 00h11min de 25 de fevereiro de 2016

Darcy Penteado
Nascimento 1926
São Roque, Brasil
Morte 2 de dezembro de 1987 (61 anos)
São Paulo, Brasil
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Artista plástico, desenhista, gravador, cenógrafo, figurinista, literato, autor teatral
Prémios Prémio Jabuti 1962

Darcy Penteado, (São Roque, 1926São Paulo, - de dezembro de 1987), foi um artista plástico, desenhista, gravador, cenógrafo, figurinista, literato, autor teatral e pioneiro militante dos movimentos LGBT brasileiro.[1] Distinguindo-se sempre pelos elegantes desenhos a bico de pena, trabalhou primeiro em publicidade e como figurinista, ilustrando revistas de moda, passando logo a trabalhar em teatro, como figurinista e cenógrafo, tendo participado, na década de 1950, do TBC.[2] Participou de inúmeras exposições, ilustrou livros e foi uma figura presente na cena cultural da cidade de São Paulo entre a década de 1950 e década de 1980, quando faleceu vitimado pela AIDS. Participou ativamente, durante os anos de repressão do Regime Militar, do jornal O Lampião, ativo na defesa dos direitos dos homossexuais.[3] Atualmente, suas obras podem ser vistas no museu mantido pelo Centro Cultural Brasital, no município de São Roque, em São Paulo. E também está sendo exposto no museu da Diversidade Sexual na Estação República entre os dias 29 de janeiro de 8 de maio de 2016, réplicas de fragmentos de suas obras em tamanho natural humano[4]

Biografia

Dedicou-se durante a Década de 1950 à trabalhos na área de indumentária e cenografia, trabalhando com diretores representativos do período. Após os 10 anos, muda-se para São Paulo, para concluir seus estudos. Distingue-se pelos desenhos que realiza, levando-o a trabalhar em agências de publicidade, de desenho industrial e como figurinista de magazines. Faz retratos e, tornando-se conhecido, destaca-se no meio profissional.

Em 1952, Darcy estréia no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, confeccionando as máscaras para Antígone, de Sófocles, direção de Adolfo Celi. No mesmo ano, está em A Calça, de Carl Sternheim; e Iolanda, de Curt Goetz, com direção de Antunes Filho, em 1954, duas montagens do grupo de Lotte Sievers. Realiza a cenografia de É Proibido Suicidar-se na Primavera, para a Companhia Nicette Bruno, arrebatando o Prêmio Governador do Estado. Ainda em 1954 cenografa Os Dous ou O Inglês Maquinista, de Martins Pena, direção de Luís de Lima, para a Escola de Arte Dramática, EAD. Para o Balé do IV Centenário cria os cenários e figurinos para Sonata da Angústia, com música de Bártok, em 1954. Em 1955, idealiza os figurinos de Santa Marta Fabril S. A., de Abílio Pereira de Almeida, para o TBC. Volta a trabalhar com Lotte Sievers, num texto de sua autoria, A Morte Foi Contratada, direção de Ruy Affonso, em 1956. No ano seguinte está em duas criações:Casal Vinte, de Miroel Silveira, e Esses Maridos, de George Axelrod, direção de Adolfo Celi e produção da Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA. Em 1958, confecciona os figurinos paraPedreira das Almas, de Jorge Andrade, dirigido por Alberto D'Aversa, no TBC.Desde 1955 vinha participando na televisão, como diretor de arte. Em 1960 faz os cenários e figurinos de Um Gosto de Mel, de Shellagh Delaney, direção de Benedito Corsi, novamente para o TBC. Em 1961, integra a produção de Armadilha para um Homem Só, de Robert Thomas, uma direção de Luís de Lima para o Teatro Maria Della Costa, TMDC.

Afastado do teatro durante algum tempo, Darcy retorna, em 1977, como o figurinista deVolpone, de Ben Johnson, direção de Antônio Abujamra. Envolve-se, na sequência, com produções obscuras até lançar-se como autor em A Engrenagem, de 1978, direção de Odavlas Petti, assumindo abertamente a condição homossexual, assunto que será também explorado em sua primeira novela - A Meta -, editada no ano seguinte, período em que está francamente envolvido na luta contra a discriminação.

Acervos

  • Museu de Arte de Londrina - Londrina PR

Lista de Obras no Acervo do Museu de Arte de Londrina-PR

  • Sem Título - Desenho Carvão sobre Papel

Leitura complementar

  • Carta à família Mesquita- jornal Em Tempo, nº 104, de 17 a 30 de abril de 1980, pág. 19.[5]

Referências

  1. «Pitoresco». Pitoresco.com.br 
  2. «Itaú Cultural». Itaucultural.org.br 
  3. «P.M. São Paulo». Prefeitura.sp.gov.br 
  4. http://infoartsp.com.br/agenda/darcy-penteado-o-observador-do-humano/#
  5. «Carta». Memoriamhb.blogspot.com 

Ligações Externas

Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.