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07 de janeiro de 1906, Rio de Janeiro/RJ, Brasil. |
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⚫ | Filho de Octavia Gouvêa de Bulhões e do diplomata Godofredo de Bulhões, passou a primeira infância na [[França]] e na [[Áustria]]. Voltou a residir no Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Homem de hábitos simples, tido como lacônico e discreto, casou-se com sua prima, dona Yedda, e teve quatro filhos. Foi um grande fã de música clássica e Presidente do Conselho da Orquestra Sinfônica Brasileira. |
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⚫ | Filho de Octavia Gouvêa de Bulhões e do diplomata Godofredo de Bulhões, passou a primeira infância na França e na Áustria. Voltou a residir no Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Homem de hábitos simples, tido como lacônico e discreto, casou-se com sua prima, dona Yedda, e teve quatro filhos. Foi um grande fã de música clássica e Presidente do Conselho da Orquestra Sinfônica Brasileira. |
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Quanto a questões políticas, Octavio mantinha-se neutro. Embora tenha vivenciado anos de profundas transformações no Brasil e no mundo, preocupava-se com o desenvolvimento econômico de seu país. |
Quanto a questões políticas, Octavio mantinha-se neutro. Embora tenha vivenciado anos de profundas transformações no Brasil e no mundo, preocupava-se com o desenvolvimento econômico de seu país. |
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Já no campo econômico defendia a corrente liderada por Eugênio Gudin, preocupando-se principalmente com a estabilidade da moeda e o combate à inflação. É classificado como neoliberal dentro do pensamento econômico brasileiro. Fora influenciado desde jovem pelos livros do economista Adam Smith. |
Já no campo econômico defendia a corrente liderada por Eugênio Gudin, preocupando-se principalmente com a estabilidade da moeda e o combate à inflação. É classificado como neoliberal dentro do pensamento econômico brasileiro. Fora influenciado desde jovem pelos livros do economista Adam Smith. |
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==Vida Acadêmica== |
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*Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais com curso de Doutorado pela Faculdade do Rio de Janeiro; |
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*Curso de especialização em Economia na American University (Washington); |
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*Catedrático por concurso da Faculdade Federal de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro; |
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*''Doutor Honoris Causa'' em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV); |
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*Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. |
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==Histórico de Cargos Ocupados== |
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*Ingressou no Ministério da Fazenda em 1926, na Seção Diretoria-Geral do Imposto de Renda; |
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*Membro do Conselho Nacional de Economia, do Conselho Superior da Caixa Econômica Federal e do Primeiro Conselho de Contribuintes (1934); |
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*Chefe da Seção de Estudos Econômicos e Financeiros (1939-51); |
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*Membro da Delegação do Brasil à Conferência Monetária e Financeira de Bretton Woods , EUA (1944); |
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*Diretor da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC ), (1954-55 e 1961-62); |
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*Ministro da Fazenda (1964-67); |
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*Presidente do Banco do Estado da Guanabara (que posteriormente tornou-se o BANERJ) e Presidente da COPEG (Companhia Progresso do Estado da Guanabara S/A) no período de 1971-73. |
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*Presidente do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV – pós 1967). |
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==Destaques durante o cargo de Ministro da Fazenda (1964-67)== |
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*Autorização da emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro; |
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*Elaboração do projeto de sistematização tributária que encaminhado ao Congresso Nacional se converteu na Emenda Constitucional nº. 18 de 1º de dezembro de 1965 e do Anteprojeto do Código Tributário Nacional consubstanciado na Lei nº. 5.172 de 25 de outubro de 1966; |
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*Instituição do cruzeiro novo; |
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*Reformulação da Legislação do Imposto de Consumo que passou a se denominar Imposto sobre Produtos Industrializados, do Imposto de Renda e do Imposto de Importação; |
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*Criação do Imposto sobre Transporte Rodoviário, do Imposto único sobre Minerais e do Imposto sobre Operações Financeiras; |
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*Transformação da Superintendência da Moeda e do Crédito em autarquia federal sob a denominação de Banco Central da República do Brasil; |
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*Criação do Banco Nacional da Habitação - BNH; |
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*Criação da Sociedade de Crédito Mobiliário e Letras Imobiliárias; |
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*Reorganização da Divisão do Imposto de Renda e das Diretorias de Rendas Internas e Rendas Aduaneiras transformando-as em Departamentos; |
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*Criação do Departamento de Arrecadação e recolhimento de receitas federais por intermédio de estabelecimentos bancários oficiais e privados; |
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*Extinção do Imposto do Selo; |
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*Criação do Conselho Monetário Nacional; |
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*Concessão de estímulos fiscais à capitalização das empresas (Dec. - Lei n° 157/67); |
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*Criação do Cadastro Geral de Pessoas Físicas e Jurídicas; |
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*Criação do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados). |
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==Destaques de sua bibliografia== |
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*Orientação e controle em economia. Rio de Janeiro /Bedeschi, 1941. |
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*O banco central no Brasil [Catálogo antigo]. Rio de Janeiro: Ministério da Fazenda, 1946. |
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*A margem de um relatório: texto das conclusões da Comissão Mista Brasileiro-Americana de Estudos Econômicos (Missão Abbink). Rio de Janeiro: Ed. Financeiras, 1950. |
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*Economia e política econômica. Rio de Janeiro Agir, 1960. |
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*Funcion de los precios en el desarrollo. Mexico: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos, 1961. |
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*Educação para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Reper, 1966. |
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*Dois conceitos de lucro. Rio de Janeiro APEC, 1969. |
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*Ensaios econômicos. Rio de Janeiro: APEC, 1972. |
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*O Brasil e a política monetária internacional. Rio de Janeiro, 1972. |
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*Política monetária brasileira. Brasília IPEAC, 1973. |
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*Evolução do capitalismo no Brasil. Rio de Janeiro: Bloch, 1976. |
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*[http://www.fazenda.gov.br/portugues/institucional/ministros/rep044.asp, Página do Ministério da Fazenda do Brasil com biografia de Octávio Bulhões] |
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Octavio Gouvêa de Bulhões
- Nascimento: 07 de janeiro de 1906, Rio de Janeiro - Brasil.
- Falecimento: 13 de outubro de 1990, Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória.
Perfil
Filho de Octavia Gouvêa de Bulhões e do diplomata Godofredo de Bulhões, passou a primeira infância na França e na Áustria. Voltou a residir no Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Homem de hábitos simples, tido como lacônico e discreto, casou-se com sua prima, dona Yedda, e teve quatro filhos. Foi um grande fã de música clássica e Presidente do Conselho da Orquestra Sinfônica Brasileira. Quanto a questões políticas, Octavio mantinha-se neutro. Embora tenha vivenciado anos de profundas transformações no Brasil e no mundo, preocupava-se com o desenvolvimento econômico de seu país. Já no campo econômico defendia a corrente liderada por Eugênio Gudin, preocupando-se principalmente com a estabilidade da moeda e o combate à inflação. É classificado como neoliberal dentro do pensamento econômico brasileiro. Fora influenciado desde jovem pelos livros do economista Adam Smith.
Vida Acadêmica
- Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais com curso de Doutorado pela Faculdade do Rio de Janeiro;
- Curso de especialização em Economia na American University (Washington);
- Catedrático por concurso da Faculdade Federal de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro;
- Doutor Honoris Causa em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
- Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Histórico de Cargos Ocupados
- Ingressou no Ministério da Fazenda em 1926, na Seção Diretoria-Geral do Imposto de Renda;
- Membro do Conselho Nacional de Economia, do Conselho Superior da Caixa Econômica Federal e do Primeiro Conselho de Contribuintes (1934);
- Chefe da Seção de Estudos Econômicos e Financeiros (1939-51);
- Membro da Delegação do Brasil à Conferência Monetária e Financeira de Bretton Woods , EUA (1944);
- Diretor da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC ), (1954-55 e 1961-62);
- Ministro da Fazenda (1964-67);
- Presidente do Banco do Estado da Guanabara (que posteriormente tornou-se o BANERJ) e Presidente da COPEG (Companhia Progresso do Estado da Guanabara S/A) no período de 1971-73.
- Presidente do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV – pós 1967).
Destaques durante o cargo de Ministro da Fazenda (1964-67)
- Autorização da emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro;
- Elaboração do projeto de sistematização tributária que encaminhado ao Congresso Nacional se converteu na Emenda Constitucional nº. 18 de 1º de dezembro de 1965 e do Anteprojeto do Código Tributário Nacional consubstanciado na Lei nº. 5.172 de 25 de outubro de 1966;
- Instituição do cruzeiro novo;
- Reformulação da Legislação do Imposto de Consumo que passou a se denominar Imposto sobre Produtos Industrializados, do Imposto de Renda e do Imposto de Importação;
- Criação do Imposto sobre Transporte Rodoviário, do Imposto único sobre Minerais e do Imposto sobre Operações Financeiras;
- Transformação da Superintendência da Moeda e do Crédito em autarquia federal sob a denominação de Banco Central da República do Brasil;
- Criação do Banco Nacional da Habitação - BNH;
- Criação da Sociedade de Crédito Mobiliário e Letras Imobiliárias;
- Reorganização da Divisão do Imposto de Renda e das Diretorias de Rendas Internas e Rendas Aduaneiras transformando-as em Departamentos;
- Criação do Departamento de Arrecadação e recolhimento de receitas federais por intermédio de estabelecimentos bancários oficiais e privados;
- Extinção do Imposto do Selo;
- Criação do Conselho Monetário Nacional;
- Concessão de estímulos fiscais à capitalização das empresas (Dec. - Lei n° 157/67);
- Criação do Cadastro Geral de Pessoas Físicas e Jurídicas;
- Criação do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados).
Destaques de sua bibliografia
- Orientação e controle em economia. Rio de Janeiro /Bedeschi, 1941.
- O banco central no Brasil [Catálogo antigo]. Rio de Janeiro: Ministério da Fazenda, 1946.
- A margem de um relatório: texto das conclusões da Comissão Mista Brasileiro-Americana de Estudos Econômicos (Missão Abbink). Rio de Janeiro: Ed. Financeiras, 1950.
- Economia e política econômica. Rio de Janeiro Agir, 1960.
- Funcion de los precios en el desarrollo. Mexico: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos, 1961.
- Educação para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Reper, 1966.
- Dois conceitos de lucro. Rio de Janeiro APEC, 1969.
- Ensaios econômicos. Rio de Janeiro: APEC, 1972.
- O Brasil e a política monetária internacional. Rio de Janeiro, 1972.
- Política monetária brasileira. Brasília IPEAC, 1973.
- Evolução do capitalismo no Brasil. Rio de Janeiro: Bloch, 1976.