Otávio Gouveia de Bulhões: diferenças entre revisões

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'''Octavio Gouvêa de Bulhões'''
'''Octavio Gouvêa de Bulhões'''


'''Nascimento'''
*'''Nascimento''': 07 de janeiro de [[1906]], [[Rio de Janeiro]] - [[Brasil]].
*'''Falecimento''': 13 de outubro de [[1990]], Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória.


==Perfil==
07 de janeiro de 1906, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.


Filho de Octavia Gouvêa de Bulhões e do diplomata Godofredo de Bulhões, passou a primeira infância na [[França]] e na [[Áustria]]. Voltou a residir no Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Homem de hábitos simples, tido como lacônico e discreto, casou-se com sua prima, dona Yedda, e teve quatro filhos. Foi um grande fã de música clássica e Presidente do Conselho da Orquestra Sinfônica Brasileira.
'''Falecimento'''
13 de outubro de 1990, Rio de Janeiro/RJ, de insuficiência respiratória.

'''Perfil'''

Filho de Octavia Gouvêa de Bulhões e do diplomata Godofredo de Bulhões, passou a primeira infância na França e na Áustria. Voltou a residir no Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Homem de hábitos simples, tido como lacônico e discreto, casou-se com sua prima, dona Yedda, e teve quatro filhos. Foi um grande fã de música clássica e Presidente do Conselho da Orquestra Sinfônica Brasileira.
Quanto a questões políticas, Octavio mantinha-se neutro. Embora tenha vivenciado anos de profundas transformações no Brasil e no mundo, preocupava-se com o desenvolvimento econômico de seu país.
Quanto a questões políticas, Octavio mantinha-se neutro. Embora tenha vivenciado anos de profundas transformações no Brasil e no mundo, preocupava-se com o desenvolvimento econômico de seu país.
Já no campo econômico defendia a corrente liderada por Eugênio Gudin, preocupando-se principalmente com a estabilidade da moeda e o combate à inflação. É classificado como neoliberal dentro do pensamento econômico brasileiro. Fora influenciado desde jovem pelos livros do economista Adam Smith.
Já no campo econômico defendia a corrente liderada por Eugênio Gudin, preocupando-se principalmente com a estabilidade da moeda e o combate à inflação. É classificado como neoliberal dentro do pensamento econômico brasileiro. Fora influenciado desde jovem pelos livros do economista Adam Smith.


'''Vida Acadêmica'''
==Vida Acadêmica==


Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais com curso de Doutorado pela Faculdade do Rio de Janeiro;
*Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais com curso de Doutorado pela Faculdade do Rio de Janeiro;
Curso de especialização em Economia na American University (Washington);
*Curso de especialização em Economia na American University (Washington);
Catedrático por concurso da Faculdade Federal de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro;
*Catedrático por concurso da Faculdade Federal de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro;
Doutor Honoris Causa em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
*''Doutor Honoris Causa'' em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
*Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


'''Histórico de Cargos Ocupados'''
==Histórico de Cargos Ocupados==


Ingressou no Ministério da Fazenda em 1926, na Seção Diretoria-Geral do Imposto de Renda;
*Ingressou no Ministério da Fazenda em 1926, na Seção Diretoria-Geral do Imposto de Renda;
Membro do Conselho Nacional de Economia, do Conselho Superior da Caixa Econômica Federal e do Primeiro Conselho de Contribuintes (1934);
*Membro do Conselho Nacional de Economia, do Conselho Superior da Caixa Econômica Federal e do Primeiro Conselho de Contribuintes (1934);
Chefe da Seção de Estudos Econômicos e Financeiros (1939-51);
*Chefe da Seção de Estudos Econômicos e Financeiros (1939-51);
Membro da Delegação do Brasil à Conferência Monetária e Financeira de Bretton Woods , EUA (1944);
*Membro da Delegação do Brasil à Conferência Monetária e Financeira de Bretton Woods , EUA (1944);
Diretor da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC ), (1954-55 e 1961-62);
*Diretor da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC ), (1954-55 e 1961-62);
Ministro da Fazenda (1964-67);
*Ministro da Fazenda (1964-67);
Presidente do Banco do Estado da Guanabara (que posteriormente tornou-se o BANERJ) e Presidente da COPEG (Companhia Progresso do Estado da Guanabara S/A) no período de 1971-73.
*Presidente do Banco do Estado da Guanabara (que posteriormente tornou-se o BANERJ) e Presidente da COPEG (Companhia Progresso do Estado da Guanabara S/A) no período de 1971-73.
Presidente do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV – pós 1967).
*Presidente do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV – pós 1967).


'''Destaques durante o cargo de Ministro da Fazenda (1964-67)'''
==Destaques durante o cargo de Ministro da Fazenda (1964-67)==


Autorização da emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro;
*Autorização da emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro;
Elaboração do projeto de sistematização tributária que encaminhado ao Congresso Nacional se converteu na Emenda Constitucional nº. 18 de 1º de dezembro de 1965 e do Anteprojeto do Código Tributário Nacional consubstanciado na Lei nº. 5.172 de 25 de outubro de 1966;
*Elaboração do projeto de sistematização tributária que encaminhado ao Congresso Nacional se converteu na Emenda Constitucional nº. 18 de 1º de dezembro de 1965 e do Anteprojeto do Código Tributário Nacional consubstanciado na Lei nº. 5.172 de 25 de outubro de 1966;
Instituição do cruzeiro novo;
*Instituição do cruzeiro novo;
Reformulação da Legislação do Imposto de Consumo que passou a se denominar Imposto sobre Produtos Industrializados, do Imposto de Renda e do Imposto de Importação;
*Reformulação da Legislação do Imposto de Consumo que passou a se denominar Imposto sobre Produtos Industrializados, do Imposto de Renda e do Imposto de Importação;
Criação do Imposto sobre Transporte Rodoviário, do Imposto único sobre Minerais e do Imposto sobre Operações Financeiras;
*Criação do Imposto sobre Transporte Rodoviário, do Imposto único sobre Minerais e do Imposto sobre Operações Financeiras;
Transformação da Superintendência da Moeda e do Crédito em autarquia federal sob a denominação de Banco Central da República do Brasil;
*Transformação da Superintendência da Moeda e do Crédito em autarquia federal sob a denominação de Banco Central da República do Brasil;
Criação do Banco Nacional da Habitação - BNH;
*Criação do Banco Nacional da Habitação - BNH;
Criação da Sociedade de Crédito Mobiliário e Letras Imobiliárias;
*Criação da Sociedade de Crédito Mobiliário e Letras Imobiliárias;
Reorganização da Divisão do Imposto de Renda e das Diretorias de Rendas Internas e Rendas Aduaneiras transformando-as em Departamentos;
*Reorganização da Divisão do Imposto de Renda e das Diretorias de Rendas Internas e Rendas Aduaneiras transformando-as em Departamentos;
Criação do Departamento de Arrecadação e recolhimento de receitas federais por intermédio de estabelecimentos bancários oficiais e privados;
*Criação do Departamento de Arrecadação e recolhimento de receitas federais por intermédio de estabelecimentos bancários oficiais e privados;
Extinção do Imposto do Selo;
*Extinção do Imposto do Selo;
Criação do Conselho Monetário Nacional;
*Criação do Conselho Monetário Nacional;
Concessão de estímulos fiscais à capitalização das empresas (Dec. - Lei n° 157/67);
*Concessão de estímulos fiscais à capitalização das empresas (Dec. - Lei n° 157/67);
Criação do Cadastro Geral de Pessoas Físicas e Jurídicas;
*Criação do Cadastro Geral de Pessoas Físicas e Jurídicas;
Criação do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados).
*Criação do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados).


'''Destaques de sua bibliografia'''
==Destaques de sua bibliografia==


Orientação e controle em economia. Rio de Janeiro /Bedeschi, 1941.
*Orientação e controle em economia. Rio de Janeiro /Bedeschi, 1941.
O banco central no Brasil [Catálogo antigo]. Rio de Janeiro: Ministério da Fazenda, 1946.
*O banco central no Brasil [Catálogo antigo]. Rio de Janeiro: Ministério da Fazenda, 1946.
A margem de um relatório: texto das conclusões da Comissão Mista Brasileiro-Americana de Estudos Econômicos (Missão Abbink). Rio de Janeiro: Ed. Financeiras, 1950.
*A margem de um relatório: texto das conclusões da Comissão Mista Brasileiro-Americana de Estudos Econômicos (Missão Abbink). Rio de Janeiro: Ed. Financeiras, 1950.
Economia e política econômica. Rio de Janeiro Agir, 1960.
*Economia e política econômica. Rio de Janeiro Agir, 1960.
Funcion de los precios en el desarrollo. Mexico: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos, 1961.
*Funcion de los precios en el desarrollo. Mexico: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos, 1961.
Educação para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Reper, 1966.
*Educação para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Reper, 1966.
Dois conceitos de lucro. Rio de Janeiro APEC, 1969.
*Dois conceitos de lucro. Rio de Janeiro APEC, 1969.
Ensaios econômicos. Rio de Janeiro: APEC, 1972.
*Ensaios econômicos. Rio de Janeiro: APEC, 1972.
O Brasil e a política monetária internacional. Rio de Janeiro, 1972.
*O Brasil e a política monetária internacional. Rio de Janeiro, 1972.
Política monetária brasileira. Brasília IPEAC, 1973.
*Política monetária brasileira. Brasília IPEAC, 1973.
Evolução do capitalismo no Brasil. Rio de Janeiro: Bloch, 1976.
*Evolução do capitalismo no Brasil. Rio de Janeiro: Bloch, 1976.


=={{links}}==
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*[http://www.fazenda.gov.br/portugues/institucional/ministros/rep044.asp, Página do Ministério da Fazenda do Brasil com biografia de Octávio Bulhões]
*[http://www.fazenda.gov.br/portugues/institucional/ministros/rep044.asp, Página do Ministério da Fazenda do Brasil com biografia de Octávio Bulhões]

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Revisão das 06h09min de 15 de fevereiro de 2007

Octavio Gouvêa de Bulhões

  • Nascimento: 07 de janeiro de 1906, Rio de Janeiro - Brasil.
  • Falecimento: 13 de outubro de 1990, Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória.

Perfil

Filho de Octavia Gouvêa de Bulhões e do diplomata Godofredo de Bulhões, passou a primeira infância na França e na Áustria. Voltou a residir no Rio de Janeiro aos oito anos de idade. Homem de hábitos simples, tido como lacônico e discreto, casou-se com sua prima, dona Yedda, e teve quatro filhos. Foi um grande fã de música clássica e Presidente do Conselho da Orquestra Sinfônica Brasileira. Quanto a questões políticas, Octavio mantinha-se neutro. Embora tenha vivenciado anos de profundas transformações no Brasil e no mundo, preocupava-se com o desenvolvimento econômico de seu país. Já no campo econômico defendia a corrente liderada por Eugênio Gudin, preocupando-se principalmente com a estabilidade da moeda e o combate à inflação. É classificado como neoliberal dentro do pensamento econômico brasileiro. Fora influenciado desde jovem pelos livros do economista Adam Smith.

Vida Acadêmica

  • Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais com curso de Doutorado pela Faculdade do Rio de Janeiro;
  • Curso de especialização em Economia na American University (Washington);
  • Catedrático por concurso da Faculdade Federal de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro;
  • Doutor Honoris Causa em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
  • Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Histórico de Cargos Ocupados

  • Ingressou no Ministério da Fazenda em 1926, na Seção Diretoria-Geral do Imposto de Renda;
  • Membro do Conselho Nacional de Economia, do Conselho Superior da Caixa Econômica Federal e do Primeiro Conselho de Contribuintes (1934);
  • Chefe da Seção de Estudos Econômicos e Financeiros (1939-51);
  • Membro da Delegação do Brasil à Conferência Monetária e Financeira de Bretton Woods , EUA (1944);
  • Diretor da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC ), (1954-55 e 1961-62);
  • Ministro da Fazenda (1964-67);
  • Presidente do Banco do Estado da Guanabara (que posteriormente tornou-se o BANERJ) e Presidente da COPEG (Companhia Progresso do Estado da Guanabara S/A) no período de 1971-73.
  • Presidente do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV – pós 1967).

Destaques durante o cargo de Ministro da Fazenda (1964-67)

  • Autorização da emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro;
  • Elaboração do projeto de sistematização tributária que encaminhado ao Congresso Nacional se converteu na Emenda Constitucional nº. 18 de 1º de dezembro de 1965 e do Anteprojeto do Código Tributário Nacional consubstanciado na Lei nº. 5.172 de 25 de outubro de 1966;
  • Instituição do cruzeiro novo;
  • Reformulação da Legislação do Imposto de Consumo que passou a se denominar Imposto sobre Produtos Industrializados, do Imposto de Renda e do Imposto de Importação;
  • Criação do Imposto sobre Transporte Rodoviário, do Imposto único sobre Minerais e do Imposto sobre Operações Financeiras;
  • Transformação da Superintendência da Moeda e do Crédito em autarquia federal sob a denominação de Banco Central da República do Brasil;
  • Criação do Banco Nacional da Habitação - BNH;
  • Criação da Sociedade de Crédito Mobiliário e Letras Imobiliárias;
  • Reorganização da Divisão do Imposto de Renda e das Diretorias de Rendas Internas e Rendas Aduaneiras transformando-as em Departamentos;
  • Criação do Departamento de Arrecadação e recolhimento de receitas federais por intermédio de estabelecimentos bancários oficiais e privados;
  • Extinção do Imposto do Selo;
  • Criação do Conselho Monetário Nacional;
  • Concessão de estímulos fiscais à capitalização das empresas (Dec. - Lei n° 157/67);
  • Criação do Cadastro Geral de Pessoas Físicas e Jurídicas;
  • Criação do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados).

Destaques de sua bibliografia

  • Orientação e controle em economia. Rio de Janeiro /Bedeschi, 1941.
  • O banco central no Brasil [Catálogo antigo]. Rio de Janeiro: Ministério da Fazenda, 1946.
  • A margem de um relatório: texto das conclusões da Comissão Mista Brasileiro-Americana de Estudos Econômicos (Missão Abbink). Rio de Janeiro: Ed. Financeiras, 1950.
  • Economia e política econômica. Rio de Janeiro Agir, 1960.
  • Funcion de los precios en el desarrollo. Mexico: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos, 1961.
  • Educação para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Reper, 1966.
  • Dois conceitos de lucro. Rio de Janeiro APEC, 1969.
  • Ensaios econômicos. Rio de Janeiro: APEC, 1972.
  • O Brasil e a política monetária internacional. Rio de Janeiro, 1972.
  • Política monetária brasileira. Brasília IPEAC, 1973.
  • Evolução do capitalismo no Brasil. Rio de Janeiro: Bloch, 1976.

Ligações externas