Teodósio I, Duque de Bragança: diferenças entre revisões

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'''D. Teodósio I de Bragança''' ([[Vila Viçosa]], cerca de {{dtlink|lang=pt|||1505}} — [[Vila Viçosa]], {{dtlink|lang=pt|22|9|1563}}) foi o quinto [[Duque de Bragança]].


== Biografia ==
Primogénito do [[Jaime I de Bragança|Duque D. Jaime I]], sucedeu-lhe no ducado após a sua morte, em [[1532]]. Teve por mestre Diogo Sigeo, varão muito erudito, considerado como um dos primeiros sábios do seu tempo. Depois do casamento de sua irmã [[Isabel de Bragança|D. Isabel]], com o infante [[Duarte de Portugal, 4.º Duque de Guimarães|D. Duarte]], a quem doou o ducado de Guimarães, instituiu com os seus bens patrimoniais um morgado importante que uniu aos que já existiam.
Primogénito do [[Jaime I de Bragança|Duque D. Jaime I]], sucedeu-lhe no ducado após a sua morte, em [[1532]]. Teve por mestre Diogo Sigeo, varão muito erudito, considerado como um dos primeiros sábios do seu tempo. Depois do casamento de sua irmã [[Isabel de Bragança|D. Isabel]], com o infante [[Duarte de Portugal, 4.º Duque de Guimarães|D. Duarte]], a quem doou o ducado de [[Guimarães]], instituiu com os seus bens patrimoniais um morgado importante que uniu aos que já existiam. O respectivo documento vem na ''Resenha das famílias titulares e grandes de Portugal'' e tem a data de [[8 de novembro]] de [[1540]].


Teodósio passa por ter sido um homem culto, típico do [[Renascimento]], amante da pintura e da escultura, e gostava de estar ao corrente do que se passava nas outras cortes europeias. Enquanto viveu, não houve guerra em Portugal. A rainha regente [[Catarina de Áustria]] nomeou-o general do exército que devia ir em socorro de Mazagão, mas ficou sem efeito, pois não se chegou a realizar a marcha destas forças para África. D. Teodósio fundou ainda alguns conventos.
Teodósio passa por ter sido um homem culto, típico do [[Renascimento]], amante da pintura e da escultura, e gostava de estar ao corrente do que se passava nas outras cortes europeias. Enquanto viveu, não houve guerra em Portugal. A rainha regente [[Catarina de Áustria]] nomeou-o general do exército que devia ir em socorro de Mazagão, mas ficou sem efeito, pois não se chegou a realizar a marcha destas forças para África. D. Teodósio fundou ainda alguns conventos.

Era curioso do que se passava nas cortes estrangeiras, sustentando em diversos países agentes que lhe remetiam notícias, que ele depois coligia em volumes, a que dava o titulo de Os ''livros de muitas cousas.''


== Casamento e descendência ==
== Casamento e descendência ==
Casou em [[25 de junho]] [[1542]] em primeiras núpcias com [[Isabel de Lencastre|D. Isabel de Lencastre]] ([[1513]]-[[1558]]), filha de D. Dinis de Portugal e Castro (1481-1516) e de D. Brites de Castro-Osório ([[1484]]-[[1560]]), de quem teve:
Casou em [[25 de junho]] [[1542]] em primeiras núpcias com a sua prima direita, [[Isabel de Lencastre|D. Isabel de Lencastre]] ([[1513]]-[[1558]]), filha de D. Dinis de Portugal e Castro (1481-1516), que era filho de [[Fernando II, Duque de Bragança|Fernando II de Bragança]], e de D. Brites de Castro-Osório ([[1484]]-[[1560]]), de quem teve:


* [[João I de Bragança|D. João I]], 6º em ordem na sua Casa.
* [[João I de Bragança|D. João I]], 6º em ordem na sua Casa.


Em [[1559]], casou-se com D. Brites ou [[Beatriz de Lencastre]] ([[1542]] - [[Leiria]], [[20 de Fevereiro]] de [[1623]]), filha de D. Luís de Lencastre, de quem teve:
Em [[4 de setembro]] de [[1559]], casou-se em segundas núpcias com D. Brites ou [[Beatriz de Lencastre]] ([[1542]] - [[Leiria]], [[20 de Fevereiro]] de [[1623]]), filha de D. Luís de Lencastre, de quem teve:


* Isabel de Bragança ([[1560]]-?) casada com [[Miguel Luís de Meneses, 1.º Duque de Caminha|D. Miguel Luís de Meneses]], (c. [[1565]] - [[10 de Agosto]] de [[1637]]), 1.º [[Duque de Caminha]], 6.º [[Marquês de Vila Real]], 5.º [[Conde de Alcoutim]] e [[Valença]], e [[Anexo:Lista de governadores de Ceuta|8.º Capitão Geral da Praça de Ceuta]], sendo filho de [[Manuel de Meneses, 5.º Marquês de Vila Real]]<ref>[[António Caetano de Sousa|Sousa, António Caetano de]], [[História Genealógica da Casa Real Portugueza|HGCRP]], Tomo II. Lisboa: Officina de Joseph Antonio da Sylva, 1736. [http://books.google.pt/books?id=vq1BAAAAcAAJ&dq=%22Provas%20da%20Historia%20Genealogica%20da%20Casa%20Real%20Portugueza%22%2C%20%22joves%22&hl=pt-PT&pg=PA516#v=onepage&q&f=false Página 516 e seguintes]</ref>;
* Jaime de Bragança (Depois de [[1559]] - [[4 de Agosto]] de [[1578]]), morto na [[Batalha de Alcácer Quibir]];
*Jaime de Bragança (Depois de [[1560]] - [[4 de Agosto]] de [[1578]]), morto na [[Batalha de Alcácer Quibir]].
* Isabel de Bragança ([[1560]]-?) casada com [[Miguel Luís de Meneses, 1.º Duque de Caminha|D. Miguel Luís de Meneses]], (c. [[1565]] - [[10 de Agosto]] de [[1637]]), 1.º [[Duque de Caminha]], 6.º [[Marquês de Vila Real]], 5.º [[Conde de Alcoutim]] e [[Valença]], e [[Anexo:Lista de governadores de Ceuta|8.º Capitão Geral da Praça de Ceuta]], sendo filho de [[Manuel de Meneses, 5.º Marquês de Vila Real]].<ref>[[António Caetano de Sousa|Sousa, António Caetano de]], [[História Genealógica da Casa Real Portugueza|HGCRP]], Tomo II. Lisboa: Officina de Joseph Antonio da Sylva, 1736. [http://books.google.pt/books?id=vq1BAAAAcAAJ&dq=%22Provas%20da%20Historia%20Genealogica%20da%20Casa%20Real%20Portugueza%22%2C%20%22joves%22&hl=pt-PT&pg=PA516#v=onepage&q&f=false Página 516 e seguintes]</ref>


Teve uma relação com uma dama solteira do Paço Ducal de [[Vila Viçosa]], da qual resultou Afonso Fayão, nascido por volta de [[1558]], filho bastardo que viria a ser Abade de [[Baltar]]. Afonso teve geração, que resultou em uma nobreza rural localizada na região do distrito do [[Porto]], cuja descendência foi estudada por um genealogista portuense, Elísio Ferreira de Sousa. Em [[1970]], apresentou o estudo no seu livro ''Os Braganças da Província do Minho''.
Teve uma relação com uma dama solteira do Paço Ducal de [[Vila Viçosa]], da qual resultou Afonso Fayão, nascido por volta de [[1558]], filho bastardo que viria a ser Abade de [[Baltar]]. Afonso teve geração, que resultou em uma nobreza rural localizada na região do distrito do [[Porto]], cuja descendência foi estudada por um genealogista portuense, Elísio Ferreira de Sousa. Em [[1970]], apresentou o estudo no seu livro ''Os Braganças da Província do Minho''.

Revisão das 19h48min de 27 de março de 2019

Teodósio I de Bragança
Duque de Bragança
Teodósio I, Duque de Bragança
Teodósio I, Paço Ducal de Vila Viçosa
Nascimento Paço Ducal de Vila Viçosa, Portugal
Morte 22 de setembro de 1563 (58 anos)
  Paço Ducal de Vila Viçosa, Portugal
Sepultado em Panteão dos Duques de Bragança, Igreja dos Agostinhos, Vila Viçosa
Nome completo Teodósio de Bragança
Cônjuge Isabel de Lencastre
Beatriz de Lencastre
Descendência João I, Duque de Bragança
Jaime de Bragança
Isabel de Bragança
Casa Bragança
Pai Jaime de Bragança
Mãe Leonor de Gusmão

D. Teodósio I de Bragança (Vila Viçosa, cerca de 1505Vila Viçosa, 22 de setembro de 1563) foi o quinto Duque de Bragança.

Biografia

Primogénito do Duque D. Jaime I, sucedeu-lhe no ducado após a sua morte, em 1532. Teve por mestre Diogo Sigeo, varão muito erudito, considerado como um dos primeiros sábios do seu tempo. Depois do casamento de sua irmã D. Isabel, com o infante D. Duarte, a quem doou o ducado de Guimarães, instituiu com os seus bens patrimoniais um morgado importante que uniu aos que já existiam. O respectivo documento vem na Resenha das famílias titulares e grandes de Portugal e tem a data de 8 de novembro de 1540.

Teodósio passa por ter sido um homem culto, típico do Renascimento, amante da pintura e da escultura, e gostava de estar ao corrente do que se passava nas outras cortes europeias. Enquanto viveu, não houve guerra em Portugal. A rainha regente Catarina de Áustria nomeou-o general do exército que devia ir em socorro de Mazagão, mas ficou sem efeito, pois não se chegou a realizar a marcha destas forças para África. D. Teodósio fundou ainda alguns conventos.

Era curioso do que se passava nas cortes estrangeiras, sustentando em diversos países agentes que lhe remetiam notícias, que ele depois coligia em volumes, a que dava o titulo de Os livros de muitas cousas.

Casamento e descendência

Casou em 25 de junho 1542 em primeiras núpcias com a sua prima direita, D. Isabel de Lencastre (1513-1558), filha de D. Dinis de Portugal e Castro (1481-1516), que era filho de Fernando II de Bragança, e de D. Brites de Castro-Osório (1484-1560), de quem teve:

Em 4 de setembro de 1559, casou-se em segundas núpcias com D. Brites ou Beatriz de Lencastre (1542 - Leiria, 20 de Fevereiro de 1623), filha de D. Luís de Lencastre, de quem teve:

Teve uma relação com uma dama solteira do Paço Ducal de Vila Viçosa, da qual resultou Afonso Fayão, nascido por volta de 1558, filho bastardo que viria a ser Abade de Baltar. Afonso teve geração, que resultou em uma nobreza rural localizada na região do distrito do Porto, cuja descendência foi estudada por um genealogista portuense, Elísio Ferreira de Sousa. Em 1970, apresentou o estudo no seu livro Os Braganças da Província do Minho.

Livraria de D. Teodósio I

A livraria do 5.º duque de Bragança foi a maior livraria nobiliárquica portuguesa do Renascimento e uma das maiores da Europa à época. Estima-se que integrava 1656 livros. Os principais temas das obras são[2]:

  • Teologia;
  • Historiadores em latim;
  • História.

Referências

  1. Sousa, António Caetano de, HGCRP, Tomo II. Lisboa: Officina de Joseph Antonio da Sylva, 1736. Página 516 e seguintes
  2. Buescu, Ana (2017). O lugar da História na livraria de D. Teodósio I, duque de Bragança, Revista Diálogos Mediterrânicos n.º 12

Ligações externas

  • Genealogia de Afonso Fayão- genealogia de uma pequena parte dos descendentes e antepassados de Afonso Fayão, Abade de Baltar e filho ilegítimo de Dom Teodósio I, que gerou descendência nos municípios vizinhos do Porto.
  • -D. Teodósio I, 5.º duque de Bragança

Precedido por
D. Jaime I

Duque de Bragança

1532 — 1563
Sucedido por
D. João I
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