Revolução Ramadã

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Revolução Ramadã
Data 8 de Fevereiro – 10 de Fevereiro de 1963
Local Iraque República do Iraque
Desfecho Derrube do governo de Abd al-Karim Qasim
Estabelecimento do governo baathista
Purgas anti-esquerdistas
Beligerantes
Iraque Governo iraquiano
Iraque Facções do Exército do Iraque
Iraque Apoiantes de Abd al-Karim Qasim
Partido Comunista Iraquiano
Apoiado por:
 União Soviética
Partido Baath
Iraque Facções do Exército do Iraque
Apoiado por:
 Estados Unidos
Comandantes
Iraque Abd al-Karim Qasim 
Iraque Salam Adil  
Ahmed Hassan al-Bakr
Iraque Abdul Salam Arif
Baixas
Iraque 100 Iraque 80
1.500 a 5.000 mortos, na sua maioria, alegados apoiantes de Qasim e do Partido Comunista

A Revolução Ramadã ou Ramadão, também referida como a Revolução de 8 de Fevereiro ou Golpe de Estado de Fevereiro de 1963, foi um golpe de Estado orquestrado por militares iraquianos que resultou na ascensão ao poder do Partido Baath e no derrube do regime do primeiro-ministro do Iraque, brigadeiro-general Abd al-Karim Qasim, em 1963. O general Ahmed Hassan al-Bakr tornou-se o novo primeiro-ministro e o coronel Abdul Salam Arif tornou-se presidente. A mais poderosa figura do novo regime iraquiano era o secretário-geral do Partido Baath, Ali Salih al-Sa'di, que controlava a Guarda Nacional e que, após a instauração do novo regime, organizou uma campanha que levou à morte de milhares de membros do Partido Comunista Iraquiano e de outros opositores.

Alegada interferência americana[editar | editar código-fonte]

Apesar de provavelmente não ter orquestrado o golpe de estado, a reacção do administração americana foi de satisfação com o derrube do governo de Qasim, tendo aprovado um acordo de 55 milhões de dólares em armamento para o novo governo iraquiano.[1] O presidente John F. Kennedy foi informado por Robert Komer que esta revolta era uma vitória para os interesses americanos, ao consideram o Partido Baath como um movimento anti-comunista com ligações ao Exército.[2]

Interferência soviética[editar | editar código-fonte]

A reacção da União Soviética foi bastante negativa, com os soviéticos a apoiarem os curdos iraquianos no seu conflito contra o novo governo iraquiano e procurando instigar uma rebelião contra o novo regime baathista.[3]

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]