Fëanor
Fëanor | |
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Personagem ficcional de O Silmarillion | |
Fëanor ameaça Fingolfin, seu irmão. | |
Criado(a) por | J. R. R. Tolkien |
Descrição ficcional | |
Nascimento | 1161 AA |
Morte | 1497 AA, Ered Wethrin |
Família | Finwë (pai), Míriel Serindë (mãe), Fingolfin (meio-irmão), Finarfin (meio-irmão), Nerdanel (esposa), Maedhros (filho), Maglor (filho), Celegorm (filho), Caranthir (filho), Curufin (filho), Amrod (filho), Amras (filho), Celebrimbor (neto) |
Fëanor é um personagem fictício é um personagem fictício da obra O Silmarillion, do filólogo e professor britânico J. R. R. Tolkien. Ele foi o segundo Rei dos Noldor e um dos elfos que abandonou Valinor
Fëanor foi o maior artesão dos elfos, sendo também guerreiro e joelheiro, o criador dos silmarils, jóias ao redor das quais O Silmarillion se desenrola, dos palantíri, e o inventor da escrita Tengwar.
Dentro dos Filhos de Ilúvatar, foi feito o mais poderoso de corpo e mente — de aparência, entendimento, habilidade e subtileza. No entanto, a sua personalidade estava repleta de defeitos, dos quais se destacam o egoísmo e o orgulho que fadou desgostosamente o seu povo.
Nome[editar | editar código-fonte]
Fëanor é a versão sindarin do nome quenya Fëanáro, que significa "espírito de fogo". Fëanor também é chamado de Curufinwë[1], que consiste na junção do substantivo curo ("habilidade") com o nome de seu pai, Finwë.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Primeiros anos
Fëanor nasceu durante os Anos das Árvores em Valinor, filho de Finwë e Míriel. Mas na gravidez, Míriel consumiu-se e, após o nascimento de Fëanor, ela desejou libertar-se da fadiga de viver, e o seu espírito abandonou voluntariamente o seu corpo.
Eventualmente, Finwë volta a casar e tem mais quatro filhos com Indis: Findis, Fingolfin, Irimë e Finarfin. Embora amasse o pai com o maior carinho possível a um filho, Fëanor não gostava de Indis nem dos seus filhos, e por tal vivia separado dela e dos seus meios-irmãos.
Na juventude, descobre rapidamente o seu maravilhoso talento para o artesanato e para a língua — aprimorou o sistema de escrita de Rúmil e criou o Tengwar, usado pelos Noldor na Terra-média até à Terceira Era. Também se tornou aprendiz de Mahtan, um grande ferreiro que aprendera a sua arte com o próprio Aulë. Com Mahtan muito descobriu de metalurgia, casando-se depois com a sua filha, Nerdanel, que lhe deu sete filhos: Maedhros, Maglor, Celegorm, Caranthir, Curufin, Amrod e Amras. Passava a maior parte do tempo sozinho ou com os seus filhos, e todos lhe eram absolutamente leais.
Para além do seu trabalho como artesão, ourives e linguista, Fëanor possuía uma habilidade oratória excecional, conseguindo persuadir praticamente todos através do seu discurso. Ele era também conhecido por ser inquieto e ambicioso, explorando ao máximo os recursos à sua volta e procurando sempre novos trabalhos.
A criação dos silmarils
De longe, o maior feito de Fëanor foi a criação dos silmarils. Para os fazer, Fëanor capturou luz das Duas Árvores de Valinor e, por meios desconhecidos, conteve-a, imperecível, em três grandes pedras preciosas semelhantes a diamantes. As suas criações granjearam-lhe grandes elogios e ele passou amar os silmarils com um amor sôfrego e desmedido, ignorando cada vez mais o facto de que a luz incrustada nas gemas não era sua. Fëanor alternava entre exibir pomposamente as jóias e guardá-las longe de todos, salvo da sua família mais próxima.
As artimanhas de Morgoth
Após três eras de aprisionamento, Melkor, a fonte primordial de mal no mundo, engana os Valar com uma falsa demonstração de arrependimento. Perdoado e a residir em Valinor, a sua maldade atinge, de facto, níveis sem precedentes, e os Elfos tornam-se o seu principal alvo, pois por eles tinha sido ele derrubado. Ao descobrir que, dos Elfos de Valinor, os Noldor eram os mais influenciáveis devido à sua sede de conhecimento e vontade de ouvir, Melkor começa a espalhar subtilmente entre eles que os Valar os mantinham presos em Valinor para que a raça dos Homens pudesse herdar a Terra-média e reclamar a glória que poderia ter sido deles. Embora Fëanor desconfiasse e temesse Melkor, na sua arrogância e impaciência repetiu muitas vezes, sem querer, as suas mentiras.Ele torna-se então rapidamente o mais proeminente dos Noldor revoltosos, ao ponto dos outros Valar, sem saberem das mentiras de Melkor, o verem como a fonte do mal-estar em Valinor.
Morte[editar | editar código-fonte]
A obsessão de Fëanor pelas Silmarils o levou a liderar a rebelião dos Noldor contra os Valar e a partir para a Terra-média, deixando para trás a bênção de Valinor. Durante a jornada, Fëanor liderou seus seguidores com grande habilidade e ferocidade, mas também com impetuosidade e imprudência.
Quando finalmente alcançaram a Terra-média, Fëanor liderou seus filhos em uma campanha para recuperar as Silmarils, que acabou culminando em uma sangrenta batalha. Fëanor acabou morto[2] em uma emboscada de Balrogs, mas seus filhos continuaram a busca pelas joias, levando a ainda mais conflitos e tragédias.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ Tolkien, J. R. R. (2019). «6». The Silmarillion 1ª ed. ed. Rio de Janeiro: HarperCollins. p. 98. ISBN 9788595084377
- ↑ Tolkien, J. R. R. (2019). «13». The Silmarillion 1ª ed. ed. Rio de Janeiro: HarperCollins. p. 156. ISBN 9788595084377