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Ficheiro:Rui Carita e a estátua do Infante D Henrique - 2018-11-01 - Image 153103.jpg

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Descrição
Português:

Rui Carita e a estátua do Infante D. Henrique.

Bronze de Francisco Franco (1885-1955), 1931.
Trabalho para a Exposição Colonial Internacional de Vincennes, nos arredores de Paris, para o que foi passada a pedra e oferecida depois ao Estado Francês, figurou no Museu des Orangerie, no parque do Jeu de Paume e foi depois cedida à cidade de Nantes.
Fundição Fernando Lage a partir de gesso do Museu Militar de Lisboa, 2018, Vila Nova de Gaia.
Inaugurada na abertura das Comemorações dos 600 Anos do Descobrimento da Madeira e do Porto Santo pelo Professor doutor Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, 1 de novembro de 2018.
Fotografia de Virgílio Gomes, 1 de novembro de 2018

Alameda Infante D. Henrique, Porto Santo, Região Autónoma da Madeira.

Francisco Franco (Funchal, 9 out. 1885 – Lisboa, 15 fev. 1955). Escultor e um dos principais nomes modernistas portugueses da primeira geração. Após frequência da Escola Industrial do Funchal, onde o pai homónimo () era entalhador, com bolsa da Junta Geral, passa à Academia Real de Belas-Artes de Lisboa, para onde seguira da Madeira com 15 anos, em 1900 com o irmão Henrique Franco de Sousa (1883-1961). Como bolseiro do legado Visconde de Valmor, partiu para Paris (1909-11), onde ainda regressou como bolseiro entre 1919 e 1921. Em 1914 regressara à sua ilha natal, devido ao início da Primeira Guerra Mundial. Neste período realiza vários bustos e monumentos, obras marcadas pela transição de um gosto naturalista para uma estética que revela já um interesse pela valorização da componente arquitetónica da escultura e dos seus valores formais. Nos anos 1920, em Paris desenvolveu algumas das suas obras mais significativas, progressivamente abertas a uma modernizada atualização, abandonando as referências iniciais a Rodin e Bourdelle, são destes anos o Busto do pintor Manuel Jardim (1921), Busto de Polaca (1921) que, com a Cigana ou Chanteuse, teriam sido das suas mais arrojadas obras, mas também Torso de Mulher (1922), para além do Semeador (1924, fundido depois em 1936). No regresso a Portugal, Francisco Franco realizou a estátua de João Gonçalves Zarco (1918 a 1927), exposta em Lisboa em 1928, para o monumento a ser erguido no Funchal (28 de maio de 1934), que definiu um novo cânone, nas décadas seguintes utilizado nas representações oficiais do Estado Novo, inspirado nas figuras quatrocentistas de Nuno Gonçalves e numa certa monumentalidade heroica. Esta obra marcou ainda o início de um novo ciclo da carreira do escultor, em que a linguagem inovadora do experiencialismo parisiense deu lugar a um sentido oficial, celebrativo de heróis e mitos nacionais, com inúmeras esculturas de Salazar, passando a ser um dos artistas mais solicitados para a realização de estatuária do Estado Novo. O Cristo-Rei, esboçado pelo artista, quando o escultor sofrera, um desastre de viação que lhe fragilizou a saúde, vindo a falecer antes de assistir à inauguração da sua derradeira obra, o Cristo-Rei, que viria a ser inaugurado em Almada em 1959. Fecha-se assim um período onde também se referenciam as representações de Oliveira Salazar, a estátua da Rainha D. Leonor (1935, Caldas da Rainha), a representação equestre do rei D. João IV (1943, Vila Viçosa), as estátuas régias de D. Dinis e D. João III (1943 e 1948, Universidade de Coimbra), a Dor, na Panteão Nacional e nos túmulos de D. Carlos e do Príncipe Luís Filipe e o busto de D. Manuel II, tendo ficado por esboços em gesso as estátuas de D. João II e de D. Manuel I.
Apresentou-se em várias exposições, com destaque para a Exposição de Arte Livre (1911), Exposição dos Cinco Independentes (1923), I Salão dos Independentes (1930), I Exposição de Arte Moderna (SPN/SNI, 1935), Exposição Universal de Paris (1937) e I Exposição de Arte Sacra (1945). Participou em diversos salões da Sociedade Nacional de Belas-Artes (1ª medalha, 1930; 2ª medalha, 1929). Era membro da Academia Nacional de Belas-Artes. No estrangeiro, participou no Salon d’Automne (1921 e 1923), galeria Weyhe, Nova Iorque (1925), exposição de Boston, USA, com Picasso, Louvencen e Mayol (1927, onde vende 6 desenhos), Exposição Ibero-Americana de Sevilha (1929), Exposição de Vincennes (1931) e na Exposição Universal de Paris (1937), na Bienal de Veneza (1950), Bienal de São Paulo (1953), entre outras. Nos anos 1940-50, Francisco Franco e a família doaram muitos dos seus trabalhos ao Museu José Malhoa, instituição que assim reúne um núcleo de incontornável importância, dedicado à estatuária portuguesa deste período e, mais tarde, por doação e aquisição, o espólio dos irmãos Franco veio a constituir o Museu Henrique e Francisco Franco do Funchal. O Museu veio a ser instalado no antigo Dispensário Materno-Infantil de 1940, obra do eng. Raúl Andrade de Araújo (1918-1957) e construído por José Nascimento de Sousa, em julho de 1945, inaugurado a 21 de agosto de 1987, com projeto de Rui Carita e, remodelado a partir de 1996 por Francisco Clode de Sousa.

Data
Origem Arquipelagos (consultar ficha)
Autor Virgílio Gomes

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