Filhos da Liberdade (Freedomites)

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Os Filhos da Liberdade, também conhecidos como "Freedomites" ou "Svobodnikis" ("povo livre"), foram uma cisão dos "Doukhobors", que surgiu em 1902 em Saskatchewan (Canadá) e mais tarde nos Distritos de Kootenay e na fronteira da Colúmbia Britânica.

Os Doukhobors se recusavam a enviar seus filhos para escolas administradas pelo governo canadense. Esse fato gerou uma pressão das autoridades canadenses que elevou a tensão Doukhobors.

Protestos[editar | editar código-fonte]

Nesses contexto, parte dos doukhobors preferiu reagir com mais vigor às exigências governamentais, organizando protestos nos quais eles queimavam publicamente seu próprio dinheiro e posses, e desfilavam nus em público. A justificativa doutrinária para a nudez se baseava na crença de que a pele humana, enquanto criação de Deus, era mais perfeita que a roupa, produto do trabalho imperfeito das mãos humanas. A nudez pública era interpretada como uma forma de protesto contra as tendências materialistas da sociedade.

Além disso, alguns integrantes desse grupo fizeram incêndios criminosos e ataques a bomba contra escolas, estruturas de transporte e comunicações.

O primeiro uso de explosivos ocorreu em 1923[1], e dois integrantes do grupo foram mortos por suas próprias bombas em 1958 e 1962[2]

A maioria dos atentados eram praticados por pessoas nuas[3]

Em resposta, entre 1953 e 1959, autoridades do governo da Província da Colúmbia Britânica e do Canadá retiraram cerca de 200 crianças de 7 a 15 anos de idade da guarda das famílias e as internaram em uma escola em New Denver[4]. Posteriormente, foram relatados abusos contra essas crianças e, em 1999, houve um pedido formal de desculpas por parte do governo da Colúmbia Britânica[5] [6] [7].

Referências