Francisco Gaudêncio Sabbas da Costa

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Francisco Gaudêncio Sabbas da Costa (São Luís, 25 de novembro de 1829 — São Luís, outubro de 1874) foi um empresário, escritor e dramaturgo brasileiro, tendo trabalhado como servidor da Alfândega em São Luís, Maranhão[1].

Biografia[editar | editar código-fonte]

Francisco Gaudêncio Sabbas da Costa era irmão do português João Gualberto, que nascera em 1793 em família nobre e instalou, em 1817, no Maranhão, a primeira fábrica a vapor para beneficiar arroz na então província, denominada Feliz Empresa. Sabbas da Costa tornou-se sócio do empreendimento em 1848[1].

Casou-se com a soprano italiana Margarida Pinelli Sachero, prima-donna da Companhia Lírica G. Marinangelli. Ela era viúva do tenor italiano Melchior Sachero, esse vítima de febre amarela, após temporada em São Luís[1].

Atividade literária[editar | editar código-fonte]

Francisco Gaudêncio Sabbas da Costa integrou o primeiro Grupo Maranhense[1], clube de escritores maranhenses de tendência eminentemente romântica, entre os quais destacam-se: Gonçalves Dias, Odorico Mendes, João Lisboa, Sotero dos Reis, Trajano Galvão, Belarmino de Matos, Sousândrade, Gentil Braga, Gomes de Sousa, Henriques Leal, César Marques e Cândido Mendes. Esse grupo de escritores conferiria a São Luís o cognome "Atenas Brasileira", representados pela constelação das Plêiades no brasão da capital maranhense.

Entre as obras de Sabbas da Costa, destacam-se[1]:

  • Francisco II ou a liberdade na Itália (1861), drama em 5 atos;
  • Pedro V ou o moço velho (1862), drama em 5 atos;
  • A buena-dicha (1862), comédia em 2 atos, prólogo e epílogo;
  • O escritor público (1862), comédia em 1 ato;
  • Garibaldi ou o seu primeiro amor;
  • O barão de Oiapoque (1863), drama em 3 atos e prólogo;
  • Beckman (1866), drama histórico em 7 atos;
  • Anjo do mal (1867), drama;
  • Os bacharéis (1870), comédia em 3 atos;
  • O amor fatal;
  • Rosina, romance;
  • Revolta, romance histórico;
  • Os amigos, romance, em 25 capítulos;
  • Jovita, novela, em 3 capítulos;
  • Jacy, a lenda maranhense, esboço de romance, em 14 capítulos.

Além disso, Sabbas da Costa teve os seguintes contos publicados em jornais da época[1]:

  • O encontro;
  • Teatro de São Luís;
  • Como nasce o amor;
  • Simão Oceano;
  • A madrugada;
  • Maria do Coração de Jesus;
  • O baile;
  • O dote;
  • O adeus;
  • Não brinques;
  • Sinfrônio;
  • O homem do mal;
  • Encontro de Ronda com a Justiça.

É o patrono da cadeira 39 do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

Referências