João de Médici (1498–1526)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Giovanni dalle Bande Nere)
João de Médici
João de Médici (1498–1526)
Retrato de Giovanni por Gian Paolo Pace, Galeria Uffizi, Florença.
Conhecido(a) por Giovanni dalle Bande Nere
Nascimento 5 de abril de 1498
Forlì
Morte 30 de novembro de 1526 (28 anos)
Mantua
Ocupação Condotiero
Serviço militar
País Estados Pontifícios
Anos de serviço 1516 - 1526
Patente condottiero
Conflitos Guerras Italianas
Batalha de Pavia

João de Médici, mais conhecido como João das Bandas Negras (em italiano: Giovanni dalle Bande Nere; 5 de Abril de 1498 - 30 de Novembro de 1526) foi um condottiero italiano do Renascimento.[1]

Inicialmente foi batizado como Ludovico mas logo após a morte de seu pai, a mãe re-batizou-o como João (em italiano: Giovanni) em memória do falecido marido.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Forlì, filho de João de Médici (il Popolano) e Catarina Sforza,[2] uma das mulheres mais famosas do Renascimento.

Já desde uma idade pequena mostrou uma grande aptidão para as atividades físicas e de combate; logo aprende a esgrima e hipismo. Aos 12 anos cometeu seu primeiro assassinato e devido ao seu comportamento foi por duas vezes expulso de Florença.

Casou-se com Maria Salviati de quem teve um filho, Cosme I de Médici (1519-1574), que foi Duque de Florença (1537) e Grão-Duque da Toscana (1569).[1]

João fez-se condottiero, prestando seus serviços ao Papa Leão X - João de Lourenço de Médici, primo de sua mãe - e recebeu seu "batismo de fogo" aos dezoito anos, na guerra contra Francisco Maria I della Rovere, Duque de Urbino, que venceu em 22 dias.

Estátua de João na Galeria Uffizi, mandada esculpir por seu filho Cosme

Em dezembro de 1521, com a morte de Leão X, João acrescentou a suas insígnias umas palas (bandas) negras, em sinal de luto por seu protetor e parente. Daí vem seu apelido, em italiano "dalle Bande Nere" e de seu batalhão de mercenários, os Bandas Negras.

Depois de uma curta mas ilustre vida militar, João morreu em consequência de uma gangrena, em Mântua, a 30 de novembro de 1526, quatro dias após ter recebido um golpe de falconete, numa batalha próximo a Governolo, contra os lansquenês do Sacro Império Romano-Germânico.

A prematura morte de João marcou o fim da era dos condottieri e suas táticas de guerra, muito focadas na cavalaria pesada, que haviam perdido para a artilharia móvel. João é lembrado, assim, como o último grande condottiero. Sua reputação deve-se, em parte, a Pietro Aretino, seu amigo íntimo e autor de versos eróticos muito comentados na época. Aretino esteve presente em seu leito de morte e numa famosa carta descreveu a cena - foram necessários 10 homens para segurá-lo enquanto lhe amputavam a perna - e a coragem do amigo ante a morte.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b The Burlington Magazine for Connoisseurs (em inglês). Londres: Savile Publishing Company. 1968. p. 207 
  2. Matthews-Grieco, SaraF (2017). "Cuckoldry, Impotence and Adultery in Europe (15th-17th century) " (em inglês). Abingdon-on-Thames: Routledge. p. 195. ISBN 9781351570459 
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.