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Idioma alagüilac

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Idioma alagüilac
Falado(a) em: Guatemala El Salvador
Total de falantes: Língua morta
Família: Default
 Idioma alagüilac
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---

O alagüilac é uma língua indígena extinta que foi falada nas regiões onde hoje são os países de Guatemala e El Salvador.

Classificação

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Brinton (1892) considerou que o alagüilac era um idioma oriundo do idioma Náhuat, ainda que Campbell considera que dita identificação é errônea.[1] Isto poderia dever a uma confusão a partir das fontes existentes: Em 1576, Palácio informou sobre a língua de Acavastlan em Guatemala, que ele chamou tlacacebatleca.[2] Juarros menciona que em San Cristóbal de Acasaguastlán se falava "alagüilac", enquanto em San Agustín Acasaguastlán se falava "mexicano", fato que abria o debate sobre se o alagüilac não seria, na verdade, uma língua relacionada com o náhuat.[3] Uma vez que o próprio Briton achou quatro páginas manuscritas escritas entre 1610 e 1637 escritas numa dialeto nahua nos arquivos de San Cristóbal Acasaguastlán, e, ademais, Bromowicz recopilou em 1878 uma lista de palavras em San Agustín Acasaguastlán, Brinton concluiu que o agüilac não era outra coisa que uma forma de náhuatl. No entanto, a evidência arqueológica não parece apoiar a interpretação de Brinton do indocumentado alagüilac como uma forma de náhuat.[4] Outros autores têm sugerido que Acaguastlán poderia ter sido uma região bilingüe onde estivesse presente tanto o náhuat como alguma língua maia do grupo poqom.[5]

No entanto, L. Campbell argumenta que a presença do náhuat ou do náhuatl no Vale do rio Montagua, poderia se dever a movimentos forçados de população depois da Conquista espanhola. Assim por exemplo Salama, uma localidade próxima a Acaguastlán foi uma cidade náhua que foi povoada com escravos trazidos por Pedro de Alvarado. Isso contribui para a argumentação de que o alagüilac poderia ser uma língua relacionada com as línguas xinca.

Esta proposta baseia-se no fato de que muitas localidades próximas a Acasaguastlán têm nomes xincas, entre elas: Sanarate, Sansare, Sansur ou Ayampuc. Em xinca ṣan- é um locativo, assim em xinca Santa María Ixhuatán se chama ṣan-piya 'lugar de jarras (piya)' e Pasaco é ṣan-paṣaʔ. San Pedro Ayampuc prove/provem do xinca yampuki 'serpente'. Ademais Campbell argumenta que os cakchiqules e pocomames, se expandiram ao centro da Guatemala desde o norte ao área de Acaguastlán encontrando com algum povo pré-maia, que Campbell assume relacionado com os xincas. Esta proposta está corroborada pelo grande número de palavras xinca presentes nestas línguas.

A filiação filogenética do alagülac é potencialmente importante para reconstruir a pré-história linguística da Guatemala e para o conhecimento etnográfico antigo de Mesoamérica.

  1. L. Campbell, 1972, p. 203
  2. S. W. Miles "The sixteenth-century Pokom-Maya: a documentary analysis of social structure and archaeological setting", Transactions of the American Philosophical Society, 47:734-781 (1957), p. 739.
  3. D. Domingo Juarros, A statistical and commercial history of the kingdom of Guatemala, traducido por J. Baily. London, (1936), pp. 69-71.
  4. A. L. Smith and A. V. Kidder, Explorations in the Motagua Valley, Guatemala, Carnegie Institute of Washington, Publication 546, Contribution 641.
  5. Miles Op. cit.