Igreja Apostólica Católica Ortodoxa

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A Igreja Apostólica Católica Ortodoxa é uma confissão religiosa fundada em Portugal no ano de 1990, pelo Arcebispo Dom Armando Monteiro, para dar aos portugueses de formação Católica descontentes com a sua Igreja, uma possibilidade de conhecer a doutrina ortodoxa e por ela poder optar. Assim, Dom Armando recebeu das mãos do Arcebispo da Igreja Católica Ortodoxa Americana no Brasil, Dom Milton Cunha, a sucessão Apostólica e a sagrada ordenação Episcopal no Santuário do Menino Jesus de Praga em São Paulo tendo como Bispo acompanhante Dom João de Santo Amaro.[carece de fontes?].

Com esta sagração, recebe a dupla sucessão apostólica Romana e Ortodoxa e assim opta por criar na sua jurisdição o ritual de S. Martinho de Dume ou Bracarense, rito muito antigo e que pela influência de Frei Bartolomeu dos Mártires, Arcebispo de Braga, foi mantido pelo Concilio de Trento como rito venerável.[carece de fontes?] Assim se fundou uma igreja ortodoxa ocidental para os fiéis do ocidente que não podem ser obrigados a celebrar o rito bizantino de São João Crisóstomo, o qual desconhecem e de que que nada percebem. A igreja ortodoxa sempre respeitou a celebração da Santa Missa na língua própria de cada nação e em ritual conhecido, como o que foi criado para os eslavos por S. Cirilo e S. Metódio.[carece de fontes?]

Objetivos[editar | editar código-fonte]

Esta igreja quer-se para todos em Portugal Verdadeira Igreja de Cristo, proclamando a palavra de Jesus sem qualquer alteração como é de tradição desde a antiguidade. A fé e as verdades são sempre novas não precisam de ser alteradas por concílios particulares de Igrejas que só se representam a si próprias e não o todo ecumênico.[carece de fontes?]

Fundamentos[editar | editar código-fonte]

Esta igreja tem os ensinamentos da sua Fé, estão fundados na Fé Católica e Ortodoxa, que estão resumidos no texto inicial e inalterável do Símbolo da Fé (chamado Credo de Niceia), formulado no século IV pelos dois primeiros Concílios Ecumênicos de Niceia e Constantinopla, confessando "o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Trindade Consubstancial e Indivisível".[carece de fontes?]

  • Crença em "um só Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador dos Céus (mundo real mas invisível e imperceptível aos nossos sentidos, mundo angélico) e da Terra (mundo visível). Esta criação deve ser compreendida no sentido mais forte e mais rico do termo, não como uma organização a partir de elementos caóticos preexistentes mas como Criação pura, do nada da vontade única da Trindade.
  • Crença em "um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Único de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, gerado, não criado, consubstancial ao Pai (da mesma essência que Ele, logo Deus), por quem tudo foi criado.
  • Crença na Encarnação do Filho de Deus (o Verbo) que por nós homens (Deus fez-se Homem para que o Homem fosse deificado) e para a nossa salvação, desceu dos Céus e encarnou pelo Espírito Santo no seio de Maria, Virgem, e se fez Homem (quer dizer que assumiu, no seu Amor, a totalidade da natureza humana, exceptuando o pecado). As duas naturezas, a divina e a humana subsistem em Cristo "sem confusão nem separação" (segundo o dogma do 4º Concílio Ecumênico de Calcedónia, no século V).
  • Crença na crucifixão, na morte e na ressurreição de Cristo, acontecimentos anunciados nas Sagradas Escrituras pelos Profetas e ocorridos "sob Pôncio Pilatos", momento histórico central da nossa salvação.
  • Crença na "subida aos Céus" do Senhor, na Sua Humanidade glorificada. Sentado à direita do Pai, fonte de tudo para todos, Ele virá dos Céus em Glória (visivelmente,

Todo-Poderoso) para "julgar os vivos e os mortos" (no dia final da História do Mundo).

  • Crença no "Espírito Santo, Senhor e fonte de Vida, que procede do Pai e não do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho recebe a mesma adoração e a mesma glória. Foi Ele que falou pelos profetas (por profetas, a Igreja entende os do Antigo Testamento e igualmente os Padres da Igreja, os Santos inspirados por Deus, os Santos Concílios Ecumênicos, até aos nossos dias).
  • Crença na "Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica". Desde sempre, desde os Apóstolos até hoje, a Igreja Apostólica Católica Ortodoxa viveu sob a forma "colegial", à imagem e semelhança da Divina Trindade, donde a existência, em perfeita sintonia de Fé, de Igrejas canônicas e administrativas independentes, mas ligadas entre si pela mais estrita observância dogmática, sem nenhum outro Chefe Supremo e Infalível senão o Senhor Jesus Cristo.
  • Nós, como Igreja Católica e Ortodoxa, fiel à Tradição milenar e doutrinal evangélica, não aceitamos uma "Primazia Universal" seja que Bispo for sobre todos os outros.
  • Crença em que só o Senhor é Cabeça da Igreja e o Único Pastor Universal.
  • Crença em um só Batismo para a remissão dos pecados e espera a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir".[carece de fontes?]

Destes fundamentos dogmáticos seguem-se algumas formas essenciais de ensinamento e piedade Ortodoxa: a Veneração da Virgem Maria, "toda Santa e toda Pura, obra prima da Criação, representante da humanidade transfigurada e Mãe do Filho de Deus." Para a Igreja Ela está acima dos Querubins e dos Serafins, pois, tendo nascido com pecado original, por sua vontade livre nunca pecou. A Veneração dos Santos, imagens de Deus, chegados pelos seus esforços e pela graça (vontade livre do homem aderente à vontade de Deus) à semelhança divina. A Veneração dos Ícones, "que nos leva, pela contemplação de uma imagem, ao objecto representado." Não se trata de uma representação imitativa, mas de uma de uma "significação". O pintor de Ícones (imagens) não deve inventar (para respeitar a imagem significante tradicional) nem decalcar sobre outros já existentes (para respeitar a liberdade da arte e a sua diversidade).[carece de fontes?]

A veneração dos ícones está ligada à esperança da transfiguração da natureza visível. O Segundo Concílio de Niceia (sétimo Santo Concílio Ecuménico) em 787, aprovou contra os Iconoclastas (destruidores de imagens) a veneração dos Sagrados Ícones que enraízam a sua existência no mistério da Encarnação, condenando toda a veneração a estátuas que imitassem a natureza visível (os rostos dos Santos) como idolatria.[carece de fontes?]