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Inácio Montanha

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Busto de Inácio Montanha no colégio que leva seu nome em Porto Alegre
O prédio novo do Colégio Estadual Inácio Montanha

Inácio Montanha (Jaguarão, 25 de julho de 1858 — Porto Alegre, 1933) foi um educador brasileiro.

Estudou no Seminário Episcopal de Porto Alegre, formando-se professor em 1879, ganhando renome como um dos principais mestres da cidade. Dava aulas de Português, Matemática, História e Geografia.[1] Em vista de sua reputação foi convidado a ensinar no Seminário[2] e em 1890 fundou e passou a dirigir a Escola Brasileira, que da mesma forma veio a ser uma das mais prestigiadas, considerada uma escola-modelo e frequentada pela elite. Por suas classes passaram figuras que depois se tornaram eminentes, como Nicolau de Araújo Vergueiro, Walter Jobim, Getúlio Vargas e Ildo Meneghetti. Um terço das vagas eram reservadas a alunos pobres que não podiam arcar com os estudos. Depois de deixar a direção, dedicou-se à caridade, servindo ainda como conselheiro de ex-alunos.[3]

De acordo com Raul Bittencourt, a atuação de Montanha lhe valeu um prestígio que ultrapassou largamente as fronteiras estaduais, em um momento de renovação geral das práticas educativas,[4] e marcou a paisagem cultural do estado na passagem do século XIX para o século XX.[5]

A Escola Brasileira foi encampada pelo governo estadual e continua em atividade, Colégio Estadual Inácio Montanha|rebatizada com seu nome em 1938 e desde 1943 em instalações mais amplas.[3]

Referências

  1. Cougo, Francisco. Inácio Montanha (1858-1933). Do Grupo Escolar Partenon à Frente Inaciana. Colégio Estadual Inácio Montanha, 2017
  2. Barbosa, Fidélis Dalcin. História do Rio Grande do Sul. Projeto Passo Fundo, 2013, p. 151
  3. a b Arend, Clarisse Olga. A leitura e o adolescente do ensino médio: um estudo de caso no Colégio Estadual Inácio Montanha, Porto Alegre-RS. UFRGS, 2009, p. 44
  4. Bittencourt, Raul. "A Educação Brasileira no Império e na República". In: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 1953; XIX (49):41-76
  5. "Um homem de jornal". Correio do Povo, 23/05/2001