Javé: diferenças entre revisões
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A história do surgimento do [[monoteísmo]] israelita e do culto a Javé tem sido alvo de estudos acadêmicos desde pelo menos o século XIX, e a obra ''[[Prolegomena zur Geschichte Israels|Prolegômenos à História de Israel]]'', de [[Julius Wellhausen]]; no século XX, uma obra formativa foi ''Yahweh and the Gods of Canaan – An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths'' (1968), de [[William F. Albright]],<ref>''Yahweh and the Gods of Canaan: An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths'' (9780931464010)</ref> que insistiu na diferenciação essencial de Javé dos outros deuses canaanitas já no início da história de Israel. No entanto, estudiosos do [[antigo Oriente Médio]] têm visto, desde então, o culto a Javé como tendo surgido de um contexto [[semítico ocidental]] e [[canaan]]ita.<ref name="Gnuse, Robert K 1997 p. 74-87">Gnuse, Robert K. ''No Other Gods: Emergent Monotheism in Israel'', Sheffield Academic Press (1997) p. 74–87</ref><ref name="Mark S. Smith 2002">Mark S. Smith, ''The Early History of God, Yahweh and Other Deities in Ancient Israel'', Eerdmans (2002)</ref> [[Nome teofórico|Nomes teofóricos]], nomes de divindades locais semelhantes a Javé, e evidências arqueológicas foram usadas, juntamente com as fontes bíblicas, para descrever as origens pré-israelistas do culto a Javé, a relação de Javé com os deuses locais, e o modo com o qual o culto a Javé evoluiu para o monoteísmo judaico. |
A história do surgimento do [[monoteísmo]] israelita e do culto a Javé tem sido alvo de estudos acadêmicos desde pelo menos o século XIX, e a obra ''[[Prolegomena zur Geschichte Israels|Prolegômenos à História de Israel]]'', de [[Julius Wellhausen]]; no século XX, uma obra formativa foi ''Yahweh and the Gods of Canaan – An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths'' (1968), de [[William F. Albright]],<ref>''Yahweh and the Gods of Canaan: An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths'' (9780931464010)</ref> que insistiu na diferenciação essencial de Javé dos outros deuses canaanitas já no início da história de Israel. No entanto, estudiosos do [[antigo Oriente Médio]] têm visto, desde então, o culto a Javé como tendo surgido de um contexto [[semítico ocidental]] e [[canaan]]ita.<ref name="Gnuse, Robert K 1997 p. 74-87">Gnuse, Robert K. ''No Other Gods: Emergent Monotheism in Israel'', Sheffield Academic Press (1997) p. 74–87</ref><ref name="Mark S. Smith 2002">Mark S. Smith, ''The Early History of God, Yahweh and Other Deities in Ancient Israel'', Eerdmans (2002)</ref> [[Nome teofórico|Nomes teofóricos]], nomes de divindades locais semelhantes a Javé, e evidências arqueológicas foram usadas, juntamente com as fontes bíblicas, para descrever as origens pré-israelistas do culto a Javé, a relação de Javé com os deuses locais, e o modo com o qual o culto a Javé evoluiu para o monoteísmo judaico. |
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O culto exclusivo a Javé é uma idéia central do [[judaísmo]] histórico.<ref name="Deuteronomy 6 2003 p.6">Deuteronômio, 6:4; Michael D Coogan, ''The Illustrated Guide to World Religions'', Oxford University Press (2003) p. 6</ref> Boa parte da [[Cristandade]] vê [[Jesus]] como a [[encarnação]] humana de Javé.<ref name="David B. Capes 1992 p. 164">David B. Capes, ''Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology'', J.C.B. Mohr (1992) p. 164; Walter A Elwell, Philip Wesley Comfort, ''Tyndale Bible Dictionary'', Tyndale (2001) p. 869</ref> A importância do nome divino e o caráter do "único Deus verdadeiro" revelado como Javé frequentemente são contrastadas com o caráter significativamente diferente das divindades locais, conhecidas por diferentes nomes nas religiões politeístas tradicionais.<ref>David B. Capes, ''Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology'', J.C.B. Mohr (1992) p. 49; Terry R Briley, ''Isaiah'', Volume 1, College Press (2001) p. 48</ref> |
O culto exclusivo a Javé é uma idéia central do [[judaísmo]] histórico.<ref name="Deuteronomy 6 2003 p.6">Deuteronômio, 6:4; Michael D Coogan, ''The Illustrated Guide to World Religions'', Oxford University Press (2003) p. 6</ref> Boa parte da [[Cristandade]] vê [[Jesus]] como a [[encarnação]] humana de Javé.<ref name="David B. Capes 1992 p. 164">David B. Capes, ''Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology'', J.C.B. Mohr (1992) p. 164; Walter A Elwell, Philip Wesley Comfort, ''Tyndale Bible Dictionary'', Tyndale (2001) p. 869</ref> A importância do nome divino e o caráter do "único Deus verdadeiro" revelado como Javé frequentemente são contrastadas com o caráter significativamente diferente das divindades locais, conhecidas por diferentes nomes nas religiões politeístas tradicionais.<ref>David B. Capes, ''Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology'', J.C.B. Mohr (1992) p. 49; Terry R Briley, ''Isaiah'', Volume 1, College Press (2001) p. 48</ref> |
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Revisão das 15h03min de 17 de abril de 2013
Javé (em hebraico: יהוה) é o nome de Deus na Bíblia.[1]
A palavra 'Javé' (Yahweh) é uma convenção acadêmica moderna para o hebraico יהוה, transcrito em letras romanas como YHWH, e conhecido como o Tetragrammaton, cuja pronúncia original é desconhecida. O significado mais provável de seu nome seria "aquele que traz à existência tudo que existe", porém existem diversas teorias e nenhuma é tida como conclusiva.[2]
A Bíblia descreve Javé como o Deus que libertou Israel do Egito, e deu os Dez Mandamentos.[3] e afirma que Javé se revelou a Israel como Deus que não permitiria que seu povo fizesse ídolos ou venerasse outros deuses:[4] "Eu sou Javé; este é o meu nome: a minha glória não a darei a outrem, nem o meu louvor às imagens esculpidas."[5]
A história do surgimento do monoteísmo israelita e do culto a Javé tem sido alvo de estudos acadêmicos desde pelo menos o século XIX, e a obra Prolegômenos à História de Israel, de Julius Wellhausen; no século XX, uma obra formativa foi Yahweh and the Gods of Canaan – An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths (1968), de William F. Albright,[6] que insistiu na diferenciação essencial de Javé dos outros deuses canaanitas já no início da história de Israel. No entanto, estudiosos do antigo Oriente Médio têm visto, desde então, o culto a Javé como tendo surgido de um contexto semítico ocidental e canaanita.[7][8] Nomes teofóricos, nomes de divindades locais semelhantes a Javé, e evidências arqueológicas foram usadas, juntamente com as fontes bíblicas, para descrever as origens pré-israelistas do culto a Javé, a relação de Javé com os deuses locais, e o modo com o qual o culto a Javé evoluiu para o monoteísmo judaico.
O culto exclusivo a Javé é uma idéia central do judaísmo histórico.[9] Boa parte da Cristandade vê Jesus como a encarnação humana de Javé.[10] A importância do nome divino e o caráter do "único Deus verdadeiro" revelado como Javé frequentemente são contrastadas com o caráter significativamente diferente das divindades locais, conhecidas por diferentes nomes nas religiões politeístas tradicionais.[11] Predefinição:Bíblia Sagrada
Ligações externas
- "Yahweh." Encyclopædia Britannica Online.
Referências
- ↑ The Jewish Study Bible, Oxford University Press, 2004, pp. 111–112
- ↑ "Yahweh." Encyclopædia Britannica Online. 10 de dezembro de 2009
- ↑ "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: 'Eu sou Javé teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa de servidão. Não terás outros deuses diante de mim'." Êxodo 20:1-3. Sociedade Bíblica Britânica
- ↑ Êxodo, 20:2–6
- ↑ Isaías, 42:8, Sociedade Bíblica Britânica
- ↑ Yahweh and the Gods of Canaan: An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths (9780931464010)
- ↑ Gnuse, Robert K. No Other Gods: Emergent Monotheism in Israel, Sheffield Academic Press (1997) p. 74–87
- ↑ Mark S. Smith, The Early History of God, Yahweh and Other Deities in Ancient Israel, Eerdmans (2002)
- ↑ Deuteronômio, 6:4; Michael D Coogan, The Illustrated Guide to World Religions, Oxford University Press (2003) p. 6
- ↑ David B. Capes, Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology, J.C.B. Mohr (1992) p. 164; Walter A Elwell, Philip Wesley Comfort, Tyndale Bible Dictionary, Tyndale (2001) p. 869
- ↑ David B. Capes, Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology, J.C.B. Mohr (1992) p. 49; Terry R Briley, Isaiah, Volume 1, College Press (2001) p. 48