Justinópolis (Ribeirão das Neves)

Justinópolis é uma regional distrital da comarca de Ribeirão das Neves. Geograficamente está mais próxima a região norte da capital (Venda Nova).

Ribeirão das Neves cresceu à partir da Penitenciária Agrícola (PAN). Hoje em desuso no País. Porém, pelo menos seis presídios compõem o conjunto prisional da Cidade. Um fator marcante é a o número diminuto de empresas na região. O que predomina em algumas partes isoladas é o cultivo de hortaliças, destinadas ao mercado da Ceasa, bem como comércios especcializados do Centro de Belo Horizonte, tais como o Mercado Central e Mercado Novo.

O Ribeirão das Neves é quem batizou o município, cortando seu território no sentido sudeste-norte, passando por Justinópolis, Areias e seguindo para o município de Pedro Leopoldo. Nas várzeas desse ribeirão, assim como no o Riberão das Areias, a lavra de mineral classe II (areia e argila) é grande potencial gerador de renda, sendo a extração tipicamente no sistema de cava alivionar, em circuito fechado, principalmente com a lavagem de saibros advindos de barrancos próximo as baixadas. Deduz-se que deste ofício designou-se o nome do subdistrito de Areias.

Outra vocação de Ribeirão das Neves é o ramo ceramista, na fabricação de tijolos furados. Várias são as olarias de médio e grande porte. O barro é extraído, principalmente, na região do subdistrito de Arias. Hoje, as escavações obedecem a critérios ambientais, emanados pelo Governo do Estado (FEAM, IGAM, IEF).

Vários são os profissionais da área de meio ambiente em Ribeirão das Neves. Dentre esses, destaca-se o Geocientista (com formação jurídica) Nilson Jorge de Lima, autor de vários livros ambientais, perito em soluções ambientais e em resolução de conflito ambiental, pela Universidade da Pensivânia (EUA), o qual já fora consultor de legislação ambiental na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Minas Gerais.

Nilson Jorge está desenvolvendo um Projeto para terceira-idade e alunos de educandários da região, sobre o cultivo e uso de plantas medicinais (farmácia viva) e projetos técnicos de reconstituição da flora, envolvendo comunidades rurais.

Uma análise do desenvolvimento de Ribeirão das Neves.

Esta região que abriga quase 400 mil habitantes não tem uma fonte de renda autônoma, por isso se caracteriza como cidade dormitório.

O solo estava comprometido, devido a extração de areias e argilas, quando a intervenção da FEAM e o Ministério Público mudaram a realidade, por meio de TAC - Termo de Ajustamento de Conduta, junto aos extratores de minerais. Com isso, até equipamentos de proteção individual são exigidos para a continuidade das atividades minerárias. Na realidade Ribeirão das Neves não cresceu ou se desenvolveu a partir da Penitenciária Agricola. A cidade teve seu auge de crescimento caracteristicamente desordenado em virtude da crise do sistema habitacional da capital mineira, Belo Horizonte. A população mais pobre encontra na cidade terrenos a preços acessiveis, uma vez que a pewnitenciaria desvalorizou o preço das terras nevenses. A construção da penitenciaria delegou a região ao atraso,a desvalorização das terras,a fuga dos empreendimentos comerciais e industriais. Quase 95% da região urbana carece de obras de infra estrutura básica como ruas pavimentadas,esgoto sanitario,transporte adequado, hospitais e empregos. Em Ribeirão das Neves existem muitos bairros que não possuem sequer água encanada.