Lagartixa-de-pedra
O réptil Phyllopezus pollicaris, pertencente ao gênero Phyllopezus e família Phyllodactylidae, é conhecido popularmente como Lagartixa-de-pedra. É um animal noturno e insetívoro que tem uma ampla distribuição no território brasileiro, ocorrendo no Chaco, Caatinga, Cerrado e no litoral da Mata Atlântica do Nordeste. Também há ocorrência dele na Bolívia, Argentina e no Paraguai. Essa lagartixa pode ser encontrada em fendas de afloramentos rochosos, troncos de árvores, arbustos e folhas.
Lagartixa-de-pedra | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Características
[editar | editar código-fonte]Essa espécie pode medir até 20 cm de comprimento. Tem uma pele fina com grânulos e tubérculos dorsais, um corpo comprimido dorso-ventralmente e uma cauda robusta, membros bem desenvolvidos e a ausência de pálpebras. Tem uma coloração acinzentada e com manchas marrons ou pretas transversais na região dorsal, e a região ventral amarelada. Ela possui um comportamento de termorregulação ectotérmica, necessidade de fontes externas de calor pra manter a temperatura corporal, dependendo de substratos aquecidos, e não apresenta dimorfismo sexual - diferença morfológica entre macho e fêmea. O comportamento predatório da Lagartixa-de-pedra é do tipo de espreita, elas passam a maior parte do tempo parado esperando a presa, e a estratégia de proteção é a de fuga para o abrigo e também autotomia caudal - desprendimento da cauda para enganar o predador. Tem um nicho amplo de alimentação por artrópodes vivos como os grilos, formigas, aranhas, cupins, besouros e etc. Possui uma reprodução continua, cerca de 2 ovos por ninhada, podendo essa ser sazonal no Cerrado. O período mais ativo dessa lagartixa é no inicio da noite.
Distribuição
[editar | editar código-fonte]Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia. Presente nos seguintes locais brasileiros: Tocantins, Sergipe, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Piauí, Bahia, Ceara e Goias.
Estado de conservação
[editar | editar código-fonte]De acordo com a IUCN, Phyllopezus pollicaris é categorizado como de menor preocupação - avaliação feita em 13/11/2014.
Referências
[editar | editar código-fonte]RECODER, Renato et al. Natural history of the tropical gecko Phyllopezus pollicaris (Squamata, Phyllodactylidae) from a sandstone outcrop in Central Brazil. Herpetology Notes, v. 5, p. 49-58, 2012.
FERREIRA, Anthony Santana et al. Ecologia Térmica, Padrão de Atividade e Uso de Hábitat pelo lagarto noturno, Phyllopezus pollicaris (Phyllodactylidae), em uma área de Caatinga no Nordeste do Brasil. Revista Nordestina de Zoologia, n. 8, p. 52-69.
FERREIRA, Vanda Lúcia et al. Reptiles of Mato Grosso do Sul, Brazil. Iheringia. Série Zoologia, v. 107, 2017.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Phyllopezus_pollicaris_(10.3897-zoologia.37.e46661)_Figures_10%E2%80%9315_(cropped).jpg https://www.iucnredlist.org/species/48443950/48443963 http://www.mvc.unb.br/pesquisa/especies/conheca-as-especies/jag/43-phyllodactylidae/115-lagartixa-de-pedra-phyllopezus-pollicaris