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Licantropia clínica: diferenças entre revisões

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* {{link|pt|http://alrunos.wordpress.com/2009/10/28/em-busca-dos-licantropos/|O historidor do oculto Alrunu Bader relata sua investigação sobre os licantropos.}}



[[Categoria:Folclore]]
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Revisão das 16h37min de 30 de outubro de 2009

No folclore, licantropia é a capacidade ou maldição caída sobre um homem que se transforma em um lobo. Em psiquiatria, é um distúrbio onde o indivíduo pensa ser ou ter sido transformado em qualquer animal. O termo provém do grego lykánthropos (λυκάνθρωπος): λύκος, lýkos ("lobo") + άνθρωπος, ánthrōpos ("homem").

Licantropia folclórica

Lobisomem folclórico

O lobisomem é um ser lendário, com origem em tradições européias, segundo as quais, um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo, que se transforma todos os dias as 21 horas em noites de lua cheia, só voltando à forma humana, novamente, quando o galo canta.

Tais lendas são muito antigas e encontram sua raiz na mitologia grega que relata histórias como as de Licaão ou de Damarco de Parrásia, as quais provavelmente foram influenciadas por casos reais de licantropia clínica e/ou porfiria.

Tais lendas encontram raízes na cultura da Europa Oriental principalmente, na cultura dos povos eslavos. Segundo essa cultura o primiro grande licantropo ou o eulicantropos era um Grand Duke de Podgorica, atual capital de Montenegro. Esse Grand Duke era Victor Kruschev II, segundo as lendas ele foi convocado a lutar do lado do Imperio Sérvio contra a opressao Austro-Hungara, em troca ele receberia autonomia sobre sua região. Como ele e seu exercito eram grandes guerreiros que se aproveitavam do relevo montanhoso para lutarem nas partes altas para as partes baixas e principalmente a noite para se aproveitarem das circunstancias nasceram as primeiras lendas de licantropos habitarem montanhas e atacarem vilareijos a noite. Também ao redor de Victor nasceu uma lenda de que nas noites de lua cheia ele retirava sua armadura para lutar se transformando em um grande lobo com poderes sobrenaturais. As lendas licantrópicas foram vastamente dizimadas pelo Imperio Austro-Hungaro, pois este via que essas lendas criavam esperanças de libertação para as tribos eslavas as quais o Império dominava, porém sem sucesso, pois muitas familias de eslavos no mundo todo inclusive no Brasil carregam em seus sobrenomes, nomes que fazem alusão a grandes eulicantropos que maracaram a história.

Licantropia clínica

Werwolf, Lucas Cranach der Ältere, 1512. Distúrbios psiquiátricos podem ter dado origem ao mito dos lobisomens.

No distúrbio psiquiátrico da licantropia, acredita-se que exista um transtorno do senso de identidade própria segundo a definição de Scharfetter. É encontrado principalmente em transtornos afetivos e esquizofrenia, mas pode ser encontrado em outras psicopatias. Psicodinamicamente, pode ser interpretado como uma tentativa de exprimir emoções suprimidas, especialmente de ordem agressiva ou sexual, através da figura do animal, que pode ser muito variado (lobo, cachorro, morcego, cavalo, sapo, abelha etc.). A psicoterapia e/ou o uso de medicação neuroléptica podem ser efetivos.

Porfiria

Além do distúrbio psiquiátrico, a porfiria, especialmente a porfiria cutânea tarda é uma doença hereditária que pode levar a desfigurações e distúrbios mentais em casos raros e excepcionais que podem lembrar os lobisomens.

Referências

  • Garlipp P; Godecke-Koch T; Dietrich DE; Haltenhof H. Lycanthropy--psychopathological and psychodynamical aspects. Acta Psychiatr Scand. 2004; 109(1):19-22
  • Garlipp P; Godecke-Koch T; Haltenhof H; Dietrich DE. Lycanthropy-zooanthropism--discussion of a psychopathological phenomenon. Fortschr Neurol Psychiatr. 2001; 69(5):215-20
  • Sidky, H. Witchcraft, Lycanthropy, Drugs, and Disease: An Anthropological Study of the European Witch-Hunts. New York: Peter Lang Publishing, Inc. 1997

Ligações externas