Marcos Pires

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Marcos Pires
Nascimento Século XV
Morte 1521
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Arquitecto; Mestre-de-obras

Marcos Pires (Batalha, século XV — 1521) foi um arquiteto e mestre-de-obras português ativo no século XVI. É considerado como um dos mais importantes "mestres de pedraria" da época manuelina.[1]

Vida e obra[editar | editar código-fonte]

Marcos Pires era filho do mestre de carpintaria Pêro Anes e de Leonor Afonso (irmã do pintor régio Jorge Afonso); duas das suas irmãs viriam a casar com João de Ruão e Cristóvão de Figueiredo. A sua formação terá sido realizada no estaleiro do Mosteiro da Batalha sob a direção de Mateus Fernandes. Realizou e dirigiu obra tanto de construção arquitetónica como de ornamento e a sua atividade foi particularmente marcante na cidade de Coimbra, tendo ficado associado às edificações do Mosteiro de Santa Cruz, que dirigiu de 1517 até à data da sua morte prematura, em 1521 (início da decoração da fachada; corpo central da igreja; Claustro do Silêncio e capelas anexas; monumentos funerários de D. Pedro Gavião e D. João de Noronha na Capela de Jesus) e do Paço das Escolas, hoje pertencente à Universidade de Coimbra, de que foi mestre-de-obras no mesmo período de tempo (responsável pela ampla reforma dos Paços Reais da Alcáçova e pelo início da construção da Capela de S. Miguel). Projetou e iniciou a construção da Igreja Matriz da Ega (concluída por Diogo de Castilho), destacando-se no programa decorativo de sua autoria o portal principal e o arco triunfal do templo.[1][2][3][4]

Desenvolveu uma obra onde pode reconhecer-se a "diversidade de soluções compositivas, decorativas e simbólicas e de referências estilísticas que estavam à disposição dos escultores manuelinos nas primeiras décadas de Quinhentos" (isto é evidente em toda a sua obra, em particular nos monumentos funerários de D. Pedro Gavião e D. João de Noronha). Empreiteiro afamado, chegou a ter ao seu serviço um elevado número de trabalhadores, como aconteceu na edificação do mosteiro crúzio, onde contou com várias dezenas de ajudantes, pedreiros e serviçais.[1]

Referências

  1. a b c Pereira, Fernando António Baptista – "Marcos Pires". In: Pereira, José Fernandes – Dicionário de Escultura Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho, SA, 2005, p. 457, 458
  2. «Marcos Pires». Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2015. Consultado em 6 de março de 2015 
  3. «Paços da Universidade de Coimbra». Sistema de informação para o património arquitetónico / SIPA; Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Consultado em 6 de março de 2015 
  4. «Igreja matriz de Ega». DGPC. Consultado em 16 de abril de 2016 
Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) arquiteto(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.